Naquela mesma noite, Antonella e Catarina seguiram viagem em um micro ônibus até o sítio, acompanhadas de mais oito seguranças armados e espalhados em carros distintos fazendo escolta, e como Jorge a conhecia bem, proibiu Antonella de ir em seu carro, evitando que em algum momento, ela resolvesse passear como se nada estivesse acontecendo. Elas aguardaram dentro do carro, até que os homens avisassem que poderiam descer em segurança.
Ella sorriu ao entrar ali, amava aquele cheirinho de infância, e o clima predominantemente ameno que aquela região trazia como característica. A casa estava um pouco diferente do que Ella se lembrava, a decoração não era mais a mesma, embora o rústico e os tons amadeirados ainda fossem predominantes.
— Senhora Antonella, deixamos as malas no andar de cima, qualquer coisa que precisar pode pedir para me chamarem. — Disse um dos seguranças mais antigos, ele era tão próximo da família, que Ella acreditou por um bom tempo, que ele era o melhor amigo de seu pai.
— Pode deixar, obrigada.
Ella subiu as escadas acompanhada por Catarina que se mantinha em silêncio, abriu a porta do quarto principal e puxou sua mala sendo observada pela mulher de olhos verdes.
— Aqui tem seis quartos, escolha o que quiser. — Disse Ella.
Catarina nada disse, abriu uma das portas e resolveu instalar-se ali mesmo, no quarto ao lado de Antonella. Apesar de não estar de muito bom humor, Catarina não gostava da ideia de ficar sozinha, se sentia totalmente insegura, mesmo sabendo que a casa era monitorada, e os seguranças estariam 24h à disposição.
Ella depois de se acomodar em seu quarto, foi até a cozinha preparar um chocolate quente para elas, pegou as duas canecas e subiu para o quarto de Catarina, empurrou a porta que estava apenas encostada, tendo uma bela visão da mulher nua, de cabelos soltos e concentrada olhando para a lua.
— Licença. — Disse Ella ainda parada fazendo-a se assustar. — Desculpa, a porta estava aberta.
Catarina se cobriu rapidamente com um roupão de seda preto, amarrando a fita na cintura deixando o vão entre os seios completamente à mostra, olhando Antonella parada ali. Pegou a xícara de sua mão e agradeceu.
— Não devia ficar nua próximo as janelas. — Disparou Antonella refletindo.
— Qual o problema? — Ella olhou e pensou bem antes de responder.
— Para mim, nenhum. É só um conselho mesmo, já que tem vários homens transitando do lado de fora da casa.
— Também não é um problema para mim. — Respondeu Catarina.
Ella encarou os lábios da mulher a sua frente e tomou um gole de sua bebida, percorrendo o olhar em seguida para seu pescoço, seios, e o restante de seu corpo perfeitamente nu, e agora coberto em um tecido fino que marcava perfeitamente seus mamilos arrepiados pelo clima frio daquela noite. Ella sorriu e saiu dali, deixando-a sozinha.
Em seu quarto, Catarina se deitou na cama após trancar a porta e ligou a televisão. Encarou seus mamilos e os beliscou por cima do tecido suspirando baixinho, fechou os olhos descendo a mão até tocar em sua intimidade que estava molhada, acariciou ali calmamente mordendo o lábio e se esfregando constantemente em sua mão, até conseguir ter um orgasmo e se acalmar.
Antonella acordou bem cedo naquela manhã, fez um café fresquinho, e preparou a mesa. Catarina não demorou muito para descer, de cabelos molhados e aparentemente com sono.
— Bom dia, dormiu bem? — Perguntou Ella.
— Bom dia, mais ou menos. Aqui é calmo de verdade.

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Sobre-viver
RomanceDuas máfias rivais estão a ponto de iniciarem uma guerra, depois que Jorge Firmino decide roubar uma carga valiosa de seu principal rival, Phelipe Zimam. Para evitar que um confronto inicie, Phelipe decide sequestrar o que Jorge tem de mais precioso...