— Não sou sua mulher, para de fazer cena, Catarina. O que faz aqui? Deixe eu adivinhar, meu papi disse minha localização, certo?
— Quem te vê assim tão mimada, não imagina o quanto você é dominadora em quatro paredes. — Sussurrou Catarina próximo a orelha de Antonella que se arrepiou inteira. — Vamos, temos muito o que conversar.
— Só um minuto, não demoro.
Catarina permaneceu olhando para Antonella que foi até onde a Bianca estava para pedir desculpas pela forma que aconteceram as coisas, esclarecendo por fim alguns pontos. Laura tomou o restante da bebida que estava na taça pagando a conta delas para irem embora.
Catarina tocou a cintura de Antonella tirando-a de lá, enquanto Laura caminhava devagar logo atrás acompanhada de Sérgio.
— Eu vou no meu carro. Preciso levar a Laura. — Disse Antonella fazendo Catarina se virar para olhá-la.
— Sérgio leva ela. Precisamos conversar, você vai para minha casa, e Sérgio vai resolver com ela algumas pendências.
— Achei que seu segurança fosse exclusivo e insubstituível.
— Ele é, mas não é o único. Vamos.
Catarina entrou no carro de Antonella e pediu as chaves para dirigir, Ella entregou e olhou pelo retrovisor um carro sinalizando com luz alta.
— Pelo visto você é adepta a ter um monte de capangas igual o meu pai né?
— Phelipe tinha muitos inimigos, cuidado nunca é demais. — Disse ela desconversando.
Laura estava um pouco inquieta no carro de Catarina ao lado de Sérgio. Ela olhou para ele rapidamente virando o rosto.
— A Catarina quer que você decida sobre a empresa, já pensou a respeito?
— Não. Quer dizer, mais ou menos.
— Precisa de ajuda para decidir? Posso te mostrar cada uma e esclarecer suas dúvidas.
— Tudo bem.
Laura desceu do carro e abriu a porta para Sérgio entrar, ele se sentou no sofá após ela sinalizar e entrou no quarto para pegar o notebook. Ela ligou na tomada e pediu licença ao se sentar ao lado dele.
— Tudo bem, vamos resolver isso de uma vez. — Disse ligando e pegando um caderninho de anotações. — Das empresas que me mandou, tem duas lojas que me interessei bastante, mas o faturamento é muito superior ao que eu tinha, eu entraria como sócia?
— Não. A Catarina quer passar exclusivamente para o seu nome. A não ser que você queira manter a sociedade com a Antonella como era na sua loja.
— Mas...
— A Catarina é grata pelo que você fez, você arriscou sua pele mesmo sem nem conhecê-la, arriscou sua loja, e ela sabe reconhecer. Essas empresas que te mandei, são os negócios que ela está disposta a repassar, ela não tem só isso.
— Eu fiz por minha amiga.
— Eu sei. Ela também sabe.
Eles ficaram em silêncio enquanto trocavam olhares, Laura desviou o olhar constrangida e encarou a tela do notebook em seu colo, respirando fundo nervosa.
— Tudo bem, acho que já me decidi.
— Ótimo.
Ele encarou a tela do computador ao lado dela tomando o bloco de notas de sua mão, soltando um sorriso após puxar a caneta também. Ela até pensou em retrucar, mas preferiu ficar em silêncio.
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Sobre-viver
RomanceDuas máfias rivais estão a ponto de iniciarem uma guerra, depois que Jorge Firmino decide roubar uma carga valiosa de seu principal rival, Phelipe Zimam. Para evitar que um confronto inicie, Phelipe decide sequestrar o que Jorge tem de mais precioso...