Sobre-viver

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Quando Catarina chegou, Emily já estava pronta, ela entrou no carro e rapidamente seguiram para o restaurante. Naquela ocasião, Catarina estava mais como ouvinte, prestava atenção em como Emily conduzia a reunião com maestria e o quanto ela dominava todas as principais áreas da empresa.

Os dois homens ali presentes, eram agradáveis e objetivos, o que deixava a reunião mais simples e rápida. Entre uma taça e outra de champanhe, o jantar rapidamente se encerrou quando os dois se despediram, já que precisariam fazer uma viagem no dia seguinte. Catarina observou Emily que respirou fundo quando os homens saíram, e arqueou a sobrancelha.

— Tudo bem?

— Tudo, quer dizer, agora sim. — Respondeu tomando mais um pouco de sua bebida. — Deu para perceber que eu estava nervosa?

— Estava?

— Sim... eles me encheram de perguntas difíceis, algumas eu nem sabia bem o que responder.

— Sério? Não percebi.

— Acho que tenho um bom jogo de cintura.

Catarina sorriu encarando os olhos escuros dela, girou o líquido de sua taça e bebericou com tranquilidade se encostando confortável em sua cadeira.

— Agora posso provar com toda calma do mundo um bom cheesecake de frutas vermelhas. — Disse ela enquanto fazia sinal para que o garçom se aproximasse para pedir sua sobremesa favorita.

Emily encarou Catarina ali e sorriu, há muito tempo não conhecia alguém que fosse tão agradável quanto ela, e se cobrava mentalmente naquele instante para não parecer boba demais, atirada demais, ou tímida demais. Depois das sobremesas, elas continuaram conversando mais um pouco quando perceberam uma movimentação no restaurante, já se aproximava de 22h e o local estava fechando.

— Poxa, precisamos ir. — Resmungou Emily fazendo Catarina sorrir.

— É tão ruim assim voltar para casa?

Emily sorriu de volta enquanto pegava seus pertences se aproximando do carro de Catarina estacionado em frente ao restaurante.

— Eu gosto da minha casa, mas agora estava ficando divertido o jantar...

Catarina prendeu o cinto e colocou uma boa música para tocar, não demorou muito para que elas estivessem estacionadas em frente a casa da Emily.

— Que tal se você entrasse? Posso continuar falando sobre minhas trágicas experiências na minha mini horta de apartamento, ou melhor, posso te mostrar quantas plantas eu já consegui matar afogadas essa última semana.

— Tudo bem, você me convenceu, parece divertido. — Respondeu Catarina abrindo a porta do carro.

Antonella estava sentada olhando o céu pela janela de seu quarto quando pegou o celular vendo uma mensagem da Laura.

— Amiga, eu deixei meus óculos no escritório? Procurei por aqui e não achei.

Ella desceu e não procurou muito para encontrar, Laura tinha esquecido, e mesmo organizando a mesa, ela não tinha encontrado.

— Sim, encontrei no escritório. Está aqui. Laura, você pode me fazer um pequeno favor?

Laura demorou um pouco para responder, quase fazendo Antonella desistir da ideia.

— Oi, desculpa a demora, estava tomando banho. Claro que sim, o que é?

Ella encarou o celular em suas mãos e o Carlinhos que já dormia profundamente em sua cama, e digitou a mensagem para sua amiga.