17

3.4K 309 97
                                    

Phelipe sorriu satisfeito por finalmente terem encontrado Catarina, iria trazê-la de volta, e tinha a certeza que ela nunca mais tentaria fugir, nem que para isso ele tivesse que tranca-la para sempre, fazendo-a de refém dentro de sua própria casa.

— Como a encontraram? Onde ela está? — Questionou Phelipe voltando a se sentar.

— Não foi muito difícil, ela está em uma região afastada da cidade, na altura do quilômetro 437.

— Vamos buscá-la imediatamente.

— A casa está sendo vigiada pelos seguranças do Jorge Firmino, tudo indica que a filha dele, Antonella, está no sítio com sua esposa. Iremos montar um plano e te informaremos os detalhes. Tem alguma exigência?

— Mantenham a descrição, e sobre a garota, quero ela morta!

Os homens se reuniram em uma sala para definir todas as estratégias, sabiam que tinham câmeras na estrada, precisavam mascarar o sinal também de telefonia na região, e para os oito seguranças, precisavam de no mínimo dezesseis homens para evitar que reagissem, e dessa forma, cada dois cuidaria de um.

Phelipe estava ansioso para colocar as mãos em Catarina, se sentia completamente irritado e traído após a fuga, ele pegou um copo enchendo-o de Whisky e tomando em seguida, iria castiga-lá de uma forma que ela jamais iria esquecer, e nem tampouco, voltar a desobedecer.

Ramon estava com um mapa aberto em cima de uma grande mesa de madeira, enquanto anotava algumas informações ao mesmo tempo em que explicava as ações do grupo, passava para a equipe ali reunida tudo o que planejou para aquele resgate, todos os detalhes do plano, e exatamente o que cada um deveria fazer. Sérgio ouvia com atenção, precisava mais do que urgentemente avisar a Jorge sobre os planos para invadirem o sítio, já que percebeu que não demoraria para colocarem o plano em prática, porém, precisava agir com cautela, e esperar estar completamente sozinho para fazer a ligação.

Ella estava abraçada a Catarina acariciando seus cabelos escuros, enquanto ouvia sua respiração aos poucos se acalmar, cheirou seus cabelos e a puxou para o banho. Catarina estava tímida, mal conseguia encarar Ella ali, nua em sua frente.

— Tudo bem?

— Sim. — Respondeu Catarina um pouco constrangida. Ella a beijou, e terminou o banho rapidamente.

Catarina estava arrumando a mesa naquela noite enquanto Antonella terminava o jantar, elas ouviam música, e estavam tão felizes, que era difícil esconder os sentimentos, e disfarçar aquele sorriso bobo apaixonado. Mas Catarina não se sentia bem, ela estava pressentindo que algo aconteceria, tinha medo que Phelipe aparecesse, e que tudo acabasse de forma trágica.

— Você não me parece bem, o que houve? Foi algo que fiz? — Questionou servindo o jantar.

— Não, Ella. Não é nada com você. Eu só estou... angustiada. Se Phelipe já encontrou a loja da Laura, ele deve estar bem perto de me encontrar. — Confessou sentindo um embrulho no estômago.

— Não fique pensando nessas coisas, Catarina. Meu pai tem informantes infiltrados.

— Sim, mas nem todos da equipe participam das decisões, se fosse assim, seu pai teria evitado o seu sequestro.

— Eu sei, mas não se preocupe com isso. Tem oito homens lá fora, não vamos ficar sofrendo por antecipação. E nós temos um plano B, qualquer coisa a gente se esconde.

— Tudo bem.

— Vem, vou te fazer uma massagem.

Ella puxou Catarina para o quarto, queria ajudá-la a relaxar, sabia que ela de certa forma tinha razão em estar com medo, embora acreditasse que estavam seguras ali. Elas se deitaram abraçadas, e a loira ficou fazendo carinho até que Catarina conseguisse relaxar e dormir. Porém, Antonella estava pensativa após conversarem sobre o assunto naquela noite, estava tensa, entendia os medos e receios que Catarina carregava faziam total sentido, sabia que Phelipe não mediria seus atos, ele já agrediu sua esposa uma vez, e não pensaria muito ao fazer novamente.

Sobre-viverOnde histórias criam vida. Descubra agora