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Naquela noite, elas resolveram sair para jantar em um clima completamente romântico, sem deixar o pequeno de fora, claro.

Ella fechou os olhos enquanto cantarolava uma canção baixinho acariciando o corpinho de seu filho depois de dar o leite para ele. Ela aspirava seu cheiro, como se sua vida dependesse daquilo, como se não soubesse mais viver sem ele, era um sentimento inexplicável. Mesmo depois dele dormir, ela continuou com ele em seus braços, as vezes sentia que precisava muito mais dele, do que ele dela. Vencida pelo cansaço, Ella beijou sua cabeça levando-o até o berço, colocando uma música calma e deixando a babá eletrônica ligada.

— Ele demorou a dormir? — Questionou Catarina ao ver Ella entrar no quarto.

— Mais ou menos. Estava babando mesmo. — Confessou com um sorriso.

— Você é a mãe mais linda e dedicada que o Carlinhos poderia ter.

— Confesso que ele é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

— E é? — Perguntou fingindo ciúmes.

— Sim. — Respondeu beijando-a. — Você também, mas são amores diferentes.

— Ele pode, mas só ele. — Respondeu com um sorriso bobo.

Ella beijou com carinho Catarina, puxou sua roupa com calma e acariciou sua pele macia, ela sentiu o cheio de sua esposa, beijou seu pescoço deslisando os dedos em seus cabelos sedosos. Beijos, carícias, entrega. Aquela noite foi especial, foi mais do que pele, ou tesão, foi amor, foi a entrega de corpo e alma.

— Eu te amo. — Disse Ella nos braços de Catarina enquanto recuperava o fôlego.

— Eu também te amo, e acho que vou te amar para sempre.

Elas tomaram banho juntas, como se fosse impossível se desgrudarem nem que fosse por alguns minutos, e depois do banho, foram buscar Carlinhos como em todas as noites, para dormir entre elas.

Apesar de completamente relaxada, Ella não conseguia dormir, observava Catarina e Carlinhos dormindo, e sentia uma felicidade tão grande ao tê-los ali, que parecia que ia explodir.

Amanheceu, e Ella se forçou a abrir os olhos ao sentir Carlinhos se mexendo enquanto balançava os bracinhos, brincando com os próprios pés. Ela sorriu, e percebeu que Catarina já tinha cuidado dele antes de se levantar.

— Sua mãe já te deu banho? Você está lindo e cheiroso, meu amor.

— Bom dia. — Disse Catarina entrando com um buquê e o café da manhã.

— Você não se cansa de me surpreender, não é? Só faltou a panqueca da dona Dolores.

— Dona Dolores está de folga, lembra?— Respondeu beijando-a.

— Verdade, amor.

Elas tomaram café da manhã juntas, e Ella continuou na cama, feliz e sorridente, ao lado de Carlinhos que estava a cada dia mais esperto.

Cecília estava do lado de fora da casa nervosa, suas mãos estavam frias, e seu rosto completamente pálido. Ela tocou a campainha e ficou aguardando alguém abrir, assim que o portão foi aberto, um homem se aproximou colando a arma em seu pescoço e a fazendo de refém. Cecília seguiu para dentro da casa, enquanto um dos seguranças de Catarina também era feito refém, todos os homens seguiam os dois invasores, a tensão estava completamente instalada.

Catarina se assustou ao ver seu escritório ser invadido daquela forma pegando a arma por reflexo, não se preocuparia em fazer daquela invasão uma chacina, se não fosse o fato de seu filho e sua esposa estarem naquela casa.

Sobre-viverOnde histórias criam vida. Descubra agora