Situação: 5° dia de cativeiro.
- Não consigo entender como uma mulher como você está casada com um mero soldado. - Klaus comentou olhando as horas no relógio de pulso de ouro.
- Qual o fundamento para tal pensamento?- Beatrice perguntou sentada de costas para Klaus dentro da jaula.
- Você poderia ter o que quiser em suas mãos, quando quiser. Sua fama faria os homens mais ricos do país caírem aos seus pés. - Klaus respondeu.
- Não...Eles podem estar aos meus pés, mas nunca conseguiriam me ter. Nenhum deles! - Beatrice respondeu calma sem o olhar. - Meu "mero soldado" é muito mais que os homens mais ricos do país. Ele se importou com a minha segurança, antes de pensar em um encontro. Juntou as minhas fragulhas em meio a minha fragilidade antes de procurar um romance. Ele me deu um ombro amigo, antes de um beijo. Meu esposo é muito mais que os homens mais ricos deste país, porque antes de qualquer coisa, ele me colocou em primeiro lugar sem se importar de se machucar. - Beatrice sussurrou pensando com carinho em seu esposo.
- Isso parece bom. - Klaus comentou parecendo entediado. - Mas eu poderia te dar tudo isso.
- Será? - Beatrice questionou passando a olhar Klaus por cima do ombro. - Sequestrou as minhas filhas para me atingir, tirou minha paz, ameaçou a minha família... Sinto muito, mas você também não está no nível do meu marido. - Beatrice sorriu de canto para esconder sua vontade de degolar Klaus.
- Seus olhos estão em caos, baby. Amo esse olhar. Continue assim, e logo eu te terei para mim. - Klaus comentou se levantando e saindo.
Beatrice rangeu os dentes em raiva, se segurando o máximo possível para não falar nada.
Klaus saiu do quarto acenando um até logo, Beatrice apenas fechou os olhos e respirou fundo. Assim que ele se foi, ela socou o chão da jaula causando um grande barulho no cômodo.
Algumas horas depois a porta abriu, e um homem com um carrinho de limpeza entrou acompanhado por Terry. O grandalhão acenou e fechou a porta, deixando o que parecia ser o zelador e Beatrice sozinhos no cômodo. Ela olhou de relance e sorriu. O homem continuou a limpar o cômodo e acenou para Beatrice assim que terminou, e saiu.
" Zelador Ray... Apollo você está infiltrando os rapazes. Isso sim é um plano bom. " - Beatrice pensou sozinha com um sorriso de canto vitorioso.
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Ray retirou o uniforme do zelador, era fim do turno. Ele saiu e dirigiu, parou em uma esquina onde uma mulher de cabelos castanhos e olhos da mesma cor, estava a sua espera, suas vestimentas ousadas naquela hora da noite simbolizam sua profissão, uma prostituta.
Eles trocaram algumas palavras e ela entrou no carro sorridente, de lá só pararam para entrar no apartamento.
Dentro do mesmo, Ray acenou para ela não fazer nenhuma pergunta. Mônica que estava disfarçada entendeu o recado e o seguiu. Ray fechou as persianas do apartamento e de relance viu um carro vigiando sua janela. Os dois não precisaram disfarçar, logo ele despiu Mônica e se deitaram para transar, não fazia parte do plano, a relação entre os dois havia esquentado nós últimos dias. E quando Apollo comentou sobre o plano, ambos aceitaram de prontidão sem medo.
Depois da longa noite, Ray levantou embrulhado nos lençóis e passou pela janela, a vigia já não estava mais lá e ele voltou para a cama acordando Mônica.
- Escute. Beatrice está em uma jaula sendo tratada como um animal selvagem. Está no 47° andar e ela me reconheceu de prontidão. Aparentemente está sendo bem alimentada, não há sinais de machucados em seu corpo, o que descarta uma hipótese de tortura. - Ray sussurrou baixo o suficiente para o telefone para Mônica.
Ela acentiu memorizando todas as informações. Ela se vestiu e Ray a levou de volta para a esquina antes do amanhecer. De lá ela entrou em um bordel, onde Marlon havia dito que as garotas de lá os ajudariam. Ela trocou de roupa e analisou as janelas percebendo que não estava sendo vigiada. Com a companhia de uma garota loira, saíram juntas, com a desculpa de fazer compras e ir ao médico. Dentro do shopping, Mônica acenou para a garota e elas entraram no banheiro feminino a pedido da loira.
Mônica pegou o telefone e ligou para Roland, passando todas as informações que recebeu de Jackie. Assim que completou a ligação, deletou tudo do telefone, jogou o objeto dentro do vaso e deu descarga.
Retirou um novo aparelho exatamente igual e colocou no bolso da calça jeans. A garota acenou e voltaram juntas para as compras no shopping.
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Roland sacudiu o telefone para os garotos, indicando que recebeu a aguardada ligação. Os rapazes se olharam tensos diantes das novas informações.
- Aparentemente Beatrice está bem, está sendo mantida em uma jaula em um quarto com tranca automática com senha que só o chefe da guarda e próprio anjo sabem. 47° andar. Ninguém entra sem ser visto, o corredor está cheio de câmeras, mas dentro do quarto não tem nenhuma. Ela parece que tem sido alimentada corretamente e não está machucada o que descarta nossas piores hipóteses. - Roland comentou tranquilo e os garotos suspeitaram aliviados.
- Como vamos entrar sem sermos vistos? - Sam questionou preocupado.
- Podemos hackear as câmeras de segurança. - Stuart comentou.
- O sistema de segurança deve ser altamente reforçado para alguém bem influente. - Roland comentou.
- Não vamos entrar... Não exatamente para uma invasão descarada. Ela vai sair. - Apollo comentou olhando para a parede da sala.
- É bom que seu plano, não coloque a minha esposa em risco. Lembre-se, ela está desarmada. - Jackie sussurrou sério e muito preocupado.
- Ela não vai estar por muito tempo. Vamos levar uma arma. - Apollo respondeu idealizando o plano.
- Como faríamos isso?- Jackie perguntou.
- Stefan vai até o bordel, lá dentro ele entrega a arma para a Mônica. Ela por sua vez, entrega para o Ray, e ele infiltra a arma no local. - Apollo respondeu.
- Vamos agir!- Jackie ordenou calmo. Levantando do sofá ele foi até o quarto e pegou a pistola da garota e levou até Stefan.
- Está carregada. Tome cuidado! - Jackie sussurrou e Stefan acentiu guardando a arma consigo.
- Com certeza tem gente nos vigiando, cada passo nosso. Não entregue para a Mônica e nem troque olhar com ela, escolha uma outra garota e passe a arma para que uma delas entregue para a Mônica. Descrição é a nossa maior arma agora. Mônica e Roland são cartas na manga, eles não sabem sobre a existência do envolvimento de vocês. Nosso plano não vai falhar. - Apollo comentou tranquilo e os garotos aventuram.
Jackie estava extremamente preocupado com Beatrice, aquelas foram as primeiras informações que obteve depois que ela se foi, saber que ela estava presa dentro de uma jaula como um felino em um zoológico, aumento seu o ódio e a sua sede de sangue.
Klaus iria pagar por isso, pagaria com seu sangue.
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Operação BIRDS 2
RandomLivro 2 - Mexer com uma mãe normal, pode trazer grandes problemas. Mexer com os bebês de uma mãe Pantera, pode ser fatal. Após cinco anos vivendo a favor da vida de seus três filhos, Beatrice já não sente mais falta da adrenalina das missões. J...