Capítulo 8

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Beatrice estacionou o carro. Sem perder tempo saiu trancando o automóvel e entrou em uma loja de bugigangas que estava aberta no meio da madrugada. A atendente levantou, mas Beatrice apenas a ignorou passando pela porta restrita a funcionários e descendo escadas. Ela entrou em uma espécie de casa de apostas ilegal. No centro, dois galos brigavam por uma quantia absurda de dinheiro, rodeados por apostadores. Ela ignorou alguns olhares que a observava.

Um homem abriu os braços, parecendo feliz em a ver. Ela acenou e ele a seguiu até uma sala vip do lugar.

- Olha quem resolveu aparecer... A pequena Willians. _ O homem latino com idade semelhante a de Beatrice, a abraçou. _ Faz quase dez anos que eu não te vejo!

- Realmente! Seus negócios estão prosperando, Marlon..._ Beatrice comentou quando uma garota a serviu uma cerveja.

- O que te trouxe até aqui?_ Marlon perguntou bebericando a bebida.

- Você já sabe e provavelmente todo o submundo também. Eu quero nomes e não vou sair daqui sem eles! _Beatrice sussurrou encarando Marlon de relance.

    Marlon levantou a mão fazendo sinal para Beatrice esperar. Ele levantou e fechou a porta do cômodo, abafado o barulho que vinha do lado de fora.

- Sinto muito por suas filhas. _ sussurrou colocando as mãos no quadril. _ Mas eu não sei de nada. As pessoas aqui te conhecem e temem depois que você matou o Ralf e o A.S. Seu nome é uma lenda aqui dentro, não das melhores que você queira escutar, muito menos em enfrentar. Há piores é claro, mas era melhor você não ter vindo aqui ..

- É bom que seja assim..._ Beatrice sussurrou apertando as sobrancelhas.

- Todo mundo sabe da sua "marca registrada", um tiro na testa bem entre as sobrancelhas. Ninguém aqui está afim de ter uma...

- Então é melhor começar a falar...- Beatrice encarou séria com seus olhos cintilando impaciência.

- Não me olhe assim! Me dá calafrios! - esfregou os braços. " Quando elas fazem isso, me da vontade de sumir!" Marlon pensou desviando o olhar._ Eu sinto muito, não posso te ajudar.

     Beatrice virou um gole da cerveja enquanto observava a parede vermelha do cômodo.

- Você não pode me ajudar....Eu nunca achei que ouviria isso logo de você Marlon! _Voltou a encarar o homem que tremeu. _ Quando eu te conheci na Califórnia, um moleque medroso que se envolveu em uma gangue de esquina...

    Marlon abaixou a cabeça ao ouvir o tom de voz reflexivo de Beatrice. Sua calmaria o causava medo.

- Eu te ajudei! Eu matei uma gangue inteira para você gozar de liberdade. Tentar uma vida nova. Comprei uma passagem, achei um lugar para você em Nova York... Tudo por um garoto medroso que tentou me assaltar e tomou uma "coça" minha. Marlon, Marlon... _ sussurrou balançando levemente a cabeça em negativa_ Não sabe como está me magoando agora.

- Eu sei, tá legal! A minha dívida com você nunca poderia ser paga! Mas quem comprou as suas filhas vai me matar assim que você sair daqui! _ Marlon sussurrou sentando ao lado de Beatrice.

- Obrigada pela nova dica! Mas eu preciso de um nome.

   Marlon encarou Beatrice, relutante e amedrontado sobre o olhar da mulher.

- Eu não posso... Por favor!  Beatrice eu acabei de construir uma família, os negócios estão indo bem. Se eu lhe der um nome o anjo da morte virá.

    Beatrice sacudiu a cabeça positivamente enquanto pensava cuidadosamente.

- O nome de alguém que eu possa torturar até ter o que preciso! _ Beatrice sussurrou.

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