Meu Chefe Indomável (CONCLUÍDA)

Capítulo 3

Flávio começou a me guiar e andei alguns passos de costas até cair em cima de uma cama e meu corpo todo reagiu tenso, com medo do que estava acontecendo.

Ele se deitou em cima de mim e senti seu membro duro por cima das minhas coxas. Sua respiração era ofegante e suas mãos passeavam por todo o meu corpo. 

Me sentia sufocada e insegura, então eu decidi me manifestar:

-Flávio por favor, eu não me sinto preparada. Nunca fiz isso.

Ele estava sugando meu pescoço e nem se deu o trabalho de levantar a cabeça quando falou:

-Relaxa Júlia, você sabia que isso ia acontecer quanto aceitou vir comigo. Fica calma que dói menos, eu sei que você também vai gostar. Deixa eu ser o seu primeiro.

Apesar de sentir vontade de chorar e saber que alguma coisa não estava certa, eu decidi ceder. Em algum momento eu teria que fazer aquilo não é mesmo?

Então podia ser com o Flávio que era o menino que eu achava que gostava e o único que havia se interessado por mim.

Tiramos a roupa e eu tentei a todo custo aproveitar aquela experiência, mas tudo o que eu senti foi uma dor intensa.

Só queria que acabasse logo para eu poder ir embora e tomar um banho pois me sentia suada, suja e babada. Assim que acabou, Flávio jogou minha roupa e disse:

-Se arruma que vou te levar pra casa, prometi a sua mãe que chegaria cedo. Vou voltar pra cá depois, tem muita festa pra curtir ainda.

Não me importei, tudo o que eu queria era sair dali. Minha mãe estava a minha espera quando cheguei, com seu sorriso doce me perguntou se havia me divertido.

Fugi de seus questionamentos com a desculpa de estar cansada. 

Deixei a água do chuveiro escorrer pelo meu corpo até relaxar um pouco, estava me sentindo toda dolorida mas sabia que a primeira vez seria assim.

Talvez como o beijo, o sexo melhoraria com o tempo. Decidi que conversaria com Flávio sobre isso assim que nos encontrássemos novamente. Afinal, agora éramos namorados não é?

No dia seguinte, aguardei que viesse me procurar e assim foram todos os próximos. Não recebi nenhum sinal de vida.

Ouvi boatos de que alguns colegas da turma foram viajar quando trabalhei na casa de uma delas.

Não tinha seu telefone e nem sabia onde ele morava.

"Na certa, só não teve tempo de me avisar."  Tentava me enganar e ficava noites sonhando com seus beijos, abraços e declarações de amor.

Os dias foram passando e eu me dediquei aos últimos preparativos para o vestibular. Com a cara enfiada nos livros, não me alimentava direito.

Passei a sentir alguns enjoos, sentia muito sono e fraqueza mas acreditei que era por causa das várias horas de estudos.

No primeiro dia do vestibular, dentro do ônibus e já a caminho do exame, senti uma náusea muito forte. Atribuí ao nervosismo pré-prova, mas ao tentar descer do coletivo, uma escuridão tomou conta de mim.

Acordei horas depois num hospital, com o motorista me fazendo companhia.

O resultado disso?

Perdi o vestibular e descobri que estava grávida.

Minha mãe se desesperou. Sofri muito por a ter decepcionado, ela também tinha muita expectativa na sua filha única prodígio. Além de estar revivendo sua própria história. 

Passado o susto, eu queria encontrar Flávio o mais rápido possível para contar a ele a "novidade".