Meu Chefe Indomável (CONCLUÍDA)

Capítulo sem título 48

Antes de dormirmos, recebemos uma ligação de D. Lourdes pedindo para ficar na irmã, porque as crianças estavam realizadas na mini fazenda e queriam tirar leite das vacas nos primeiros horários da manhã.

Desconfio que tem dedo de Arthur nessa história, mas decido permitir e aproveitar a noite para ficarmos juntos,

Finalmente decidi viver esse romance. 

Assim que percebi que ia perdê-lo, senti uma dor quase insuportável. Minha vida não seria a mesma depois de tudo o que vivi até aqui.

Eu merecia viver esse amor.

Arthur merecia ser correspondido com um amor tão sincero quanto o seu.

As crianças mereciam saber o que era uma verdadeira família.

Eu não tinha o direito de privar nenhum de nós de tudo isso...

Acordei sozinha na cama e encontrei um bilhete ao meu lado, junto de um buquê de flores colhidas do jardim que dizia: " Fui buscar as crianças para tomarmos o café da manhã juntos. Obrigada pela noite. Te Amo! Arthur"

Sorrio e me apresso em levantar e tomar banho, decido caprichar nesse café. Na cozinha encontro pão, bolo, biscoitos e outras delícias que deixam a mesa linda. Assim que termino de arrumar, ouço o barulho do carro chegando e as crianças invadem a casa numa agitação desmedida.

Quase me derrubam quando pulam para me abraçar, um de cada lado e me deixam tonta com tantas novidades e histórias. Arthur e D. Lourdes entram abraçados e sorrindo e então ele organiza a bagunça:

- Crianças vamos sentar e tomar nosso café com calma, pois temos um assunto muito importante para conversar com vocês.

A ansiedade toma conta de mim. Meu coração dispara involuntariamente pela insegurança da reação dos pequenos ao que vai ser revelado pra eles naquele momento.

Todos ocupamos nosso lugar na mesa e um certo nervosismo se instala no lugar antes tão agitado e alegre. 

As crianças em silêncio, fixam seus olhares curiosos e apreensivos em nós dois.

Arthur pigarreia, segura minha mão com força e se dirige às crianças com seriedade:

- Bem, não sabemos como vão receber essa notícia, mas Júlia e eu nos amamos e decidimos ficarmos juntos. Isso significa que a partir de agora, seremos uma família de verdade. Já vivemos juntos, então não vai ser uma mudança física, mas haverá uma grande transformação no nosso convívio.

Nesse instante, Lisa dá um pulo e começa a gritar rindo e batendo palmas:

- Eu sabia, eu sabia!!!! Já havia dito pro Miguel, ele não quis acreditar.

Ela  vem correndo e me abraça. De repente, faz uma pergunta que me desarma:

- Estou tão feliz Júlia!!! Júlia, você vai ser a minha mamãe?

Aquela pergunta ingênua, com o olhar mais puro e carente que já conheci, me emocionou tanto que quando percebi, estava com o rosto banhado em lágrimas. 

Respondi com toda sinceridade:

- Eu já a amo como uma filha minha princesa.

Seus bracinhos me apertaram com ainda mais força.

Quando desviei os olhos para Miguel, seu rosto estava vermelho e os lábios trêmulos, segurando o choro. Seu olhar estava em Arthur.

Aquela reação me deixou muito apreensiva e quando ele finalmente decidiu falar, foi pra Arthur que ele se dirigiu:

- Sr. Arthur, o senhor vai ser meu pai?

Engoli em seco e antes que eu me manifestasse, Arthur acariciou o cabelo de Miguel e respondeu:

- Só se você quiser Miguel, mas tenho que te dizer que nada me deixaria mais feliz.

Miguel deu um pulo da cadeira, derrubando-a no chão e se atirou nos braços de Arthur, soluçando num pranto emocionado.

Éramos cinco pessoas visivelmente abaladas naquela cozinha, onde o amor e a felicidade eram quase palpáveis. 

D. Lourdes que até então estava em silêncio, se manifestou enquanto limpava suas lágrimas com a palma das mãos:

Bem, já chega dessa choradeira. Só temos motivos para comemorar e não poderemos fazer isso de barriga vazia não é? Então vamos logo tomar esse café.

Após todos nos recompormos, cada uma das crianças volta para o seu lugar e todos começamos a fazer planos de como será dali pra frente.

Uma coisa era certa:

Nós ficaríamos todos juntos e nada do que tivéssemos que enfrentar, mudaria isso de forma alguma.

Estávamos unidos com base em laços muito fortes. Laços esses que nenhuma cota sanguínea determina. 

É onde se forma a verdadeira família...

FIM