Me jogo direto embaixo do chuveiro, como se a água pudesse levar embora tudo o que se passou naquela cozinha.
Porém, a cada lembrança dos toques, dos beijos e dos gemidos, só fazem o meu corpo ferver e desejar reviver cada momento novamente.
Não posso me permitir sentir isso.
Ainda mais com Sr. Arthur, que além de ser meu patrão, é uma pessoa que fazia questão de demonstrar o quanto era desprezível.
Gosta de se achar superior e na certa, acha que pode ter a empregadinha a seu dispor, quando assim o desejar.
Preciso me preservar em respeito a mim mesma, como mulher e como mãe. Deixarei bem claro que não estou aqui para ser usada como ele bem entender e não permitirei jamais que me toque dessa maneira outra vez.
Respiro fundo e o dia já está clareando lá fora, quando o sono finalmente vem.
Acordo um pouco atordoada e ouço barulhos vindo da cozinha. Saio da cama num salto, pois tenho que atender as crianças para encaminhá-las para a escola e já estou mais do que atrasada.
Me visto rapidamente e a cena que vejo ao entrar no ambiente, é algo que nem em sonhos eu imaginaria.
A mesa já está posta, Miguel e Lisa já estão terminando de comer e Sr. Arthur está de costas pra mim, com a cafeteira na mão se servindo.
O cheiro do café invade todo o lugar, as crianças estão conversando sorridentes igual a um comercial de margarina.
Assim que as crianças me enxergam, seus sorrisos se alargam e soltam um sonoro " Bom dia! " Dou um beijo em cada um deles.
- Bom dia meus amores. Me desculpem, hoje perdi a hora.
Sr. Arthur escorado na bancada, pergunta num tom zombeteiro antes de me dar um piscadinha de olho e levar a xícara de café até os lábios que continham um meio sorriso:
- Não conseguiu dormir direito essa noite D. Júlia?
Viro pra ele num rompante, assustada com seu tom de voz. Ele parecia...alegre? Tinha um sorriso torto e um olhar...malicioso. Engulo em seco e uma marca no seu pescoço, me chama a atenção.
No mesmo instante, um rubor toma conta do meu rosto. " Jesus amado, eu que fiz essa marca nele."
Esse pensamento me faz querer ter o poder de desaparecer pra sempre, tal a vergonha que sinto.
Sou interrompida em minhas divagações pelo toque do interfone que avisa sobre a van escolar que aguarda por Miguel e este sai no mesmo instante. Lisa me avisa:
- Júlia, Arthur me disse que você vai me levar pra comprar roupas, eu posso ir me arrumar?
Eu olho para meu chefe buscando a confirmação e ele apenas concorda com a cabeça. Então respondo:
- Claro Querida, vá tomando banho que eu já vou ajudá-la.
Lisa sai toda serelepe em direção ao seu quarto me deixando a sós com meu chefe, ignorando totalmente o meu sentimento de completo pavor, por não saber como agir diante dele.
Sr. Arthur se aproxima e me envolve pela cintura. Afunda a cabeça no meu pescoço, inspirando profundamente sentindo o meu cheiro. Deixa um rastro de beijos até chegar em meu ouvido e murmurar:
- Precisamos terminar o que começamos Júlia...o mais rápido possível.
Então pega minha mão, leva até sua ereção e aperta. Consigo sentir o quão duro está, demonstrando todo o seu desejo.
A necessidade que eu tenho é de segurá-lo com vontade, sentir em minhas mãos o quanto está quente e a textura da sua pele.
Acariciá-lo sem pudor, arrancando os mesmos gemidos e demonstrações de prazer que fui capaz de proporcionar na noite anterior. Cerro os olhos com força na hipótese de me entregar pra ele ali mesmo, neste exato instante.
Minha respiração já está totalmente alterada. Todos os meus sentidos estão concentrados em direção ao meu ventre, enquanto minha mão é guiada pra cima e pra baixo, como se ele estivesse me ensinando a satisfazê-lo.
Meus joelhos fraquejam quando sou virada de costas. Sua ereção se encaixa em minha bunda e sua mão desce para o meio das minhas pernas.
Sinto sua língua deslizando e sugando entre meu ombro e pescoço e a respiração entrecortada no meu ouvido faz meu corpo inteiro se arrepiar.
Ele percebe e geme:
- Ahhh Júlia...que delícia...quero tanto você...
Isso me faz voltar à realidade.
Abro os olhos, preciso reagir.
Arranco sua mão do meio das minhas pernas, o empurro pra longe e grito:
- Pare já com isso!!!!
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Meu Chefe Indomável (CONCLUÍDA)
RomanceJúlia teve todos os seus sonhos interrompidos por conta de uma gravidez na adolescência.Sem ter onde morar com seu filho, ela vai trabalhar na casa de Arthur. Um homem pedante que deixa claro que despreza a sua origem humilde e não suporta crianças...