Capítulo 45

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Ficamos até o meio da tarde na praia.

Foram momentos muito agradáveis e descontraídos. Arthur demonstrou ser muito paciente e dedicou atenção total às crianças. 

Evitamos qualquer tipo de intimidade, diante delas. 

Os pequenos apesar de cansados, ficaram muito empolgados pelo passeio com a Nana. 

Assim que estão arrumados, correm em direção ao carro de Arthur, que é quem vai levá-los e eu me despeço com um abraço em cada um.

No momento que me encontro sozinha, me entrego a um banho demorado e relaxante.

Mesmo com a água quase fria, sinto meu corpo febril pela lembrança do clima quente entre nós dois, na beira da praia.

Enquanto espalho o sabonete pelo meu corpo, fico imaginando que são suas mãos em mim, deslizando, acariciando e percorrendo cada centímetro dele.

Já estou totalmente entregue à este homem que me tirou toda a tranquilidade.

Não adianta mais querer lutar contra isso.

Meu corpo todo está em alerta pela expectativa de seus toques.

Tenho certeza, de que assim que ele chegar, tomará alguma iniciativa.

De forma alguma, eu penso em resistir. Muito pelo contrário, me pego ansiosa pela sua chegada.

Visto um vestido leve, desço até a cozinha, me sirvo de um suco bem gelado e sento num lindo sofá de vime, localizado na varanda.

Observo o tom alaranjado do céu, enquanto o sol se põe...

Novamente sinto aquela paz em meu peito, principalmente porque minha decisão já está tomada.

Uma leve agonia aperta meu peito, ao refletir sobre a possibilidade de desaprovação de Miguel em relação a isso.

Me assusto com a voz de Arthur que se aproximou antes que eu percebesse:

- Um centavo pelos seus pensamentos...

Ele senta ao meu lado com seu sorriso de lado e eu respondo:

- Nada demais, apenas pensando na vida...

Arthur me abraça de lado e entrelaça nossos dedos. Descanso minha cabeça no seu ombro e recebo carinhos de leve, nos meus cabelos.

Me sinto protegida, desejada e...amada?

Não, não.

Ninguém falou em amor aqui.

Mas será que as palavras ditas, são mais importantes do que tudo o que já foi demonstrado?

No fundo sabemos que não, mas precisamos ouvir a confirmação para nos agarrar a isso.

Fico em silêncio, com medo de falar alguma coisa e quebrar o encanto.

Assim que o sol baixa, o ar gelado da noite me faz estremecer de frio. Arthur levanta, esticando a mão e convida:

- Vamos entrar, está mais quente lá dentro.

Pego sua mão e o acompanho. Assim que entramos, ele fecha a porta atrás de nós, seus braços circulam minha cintura e minhas costas, se escoram no seu peito. Ele coloca meus cabelos, que estão soltos, sobre meu ombro direito. 

Deixa livre meu pescoço e deposita vários beijos, seguidas de leves sugadas. Ele sussurra em meu ouvido:

- Não via a hora de ficar sozinho com você Júlia...

Imediatamente minha garganta seca e sinto meu sangue circulando veloz pelas veias. O coração acelera pelo trabalho dobrado  de bombeá-lo tão rápido. 

Minha reação é instantânea.

Como Arthur já havia dito, bastava apenas um toque...

Sua respiração quente no meu ouvido, causa uma excitação que queima.

Suas mãos sobem até meus seios, apertando os mamilos entre os dedos, o que me faz deixar escapar um gemido, seguido por outro de Arthur. Ele Arfa:

- Puta merda Júlia...sem sutiã??! Estava me esperando né?

Fala isso e completa com uma leve mordida no lóbulo da minha orelha.

Dou um leve sorriso, porque apesar de sua presunção, ele estava certo. Coloquei esse vestido, levando em conta sua praticidade para tirá-lo.

Arthur me gira de frente pra ele, trazendo sua boca de encontro a minha num beijo profundo, faminto.

Sua língua quente, bate de frente com a minha, gelada pelo suco. Gemidos são abafados pelo beijo longo. Parece que nenhum de nós, é capaz de se sentir saciado.

Minhas mãos afundam em seus cabelos, o prendendo com força para que não se afaste.

Nosso desejo é quase animal.

Suas mãos passeiam pelo meu corpo. Em alguns momentos de forma suave, em outros pontos com uma pegada mais firme.

Arthur desce suas mãos até minhas coxas e me ergue em seu colo. Prendo minhas pernas em sua cintura sem interrompermos o beijo e ele caminha comigo, me deitando com cuidado no sofá enorme que tem na sala.

Ele se afasta um pouco e eu aspiro profundamente à procura de ar. 

As alças finas do meu vestido, escorregam pelos meus ombros, atraindo a atenção de Arthur. Ele as segura com ponta dos dedos, trazendo pra baixo e libertando meus seios que ficam à mostra, sob seu o olhar escuro de desejo.

Ele os admira fixamente, quase sem piscar por alguns instantes e murmura:

- Linda pra caralho...

Que diabos de mania que tem esse homem de me enlouquecer, sem ao menos me tocar?

Vagarosamente, ele os segura, aperta, brinca e faz círculos com os polegares em volta das aréolas.

 Depois abocanha um de cada vez, deslizando a língua de forma torturante, devagar, concentrado, demorado, me degustando, provocando, estimulando...

Minhas costas ficam arqueadas, me contorcendo para não perder o contato de sua boca em mim. 

Estou em estado de êxtase, dominada pela paixão.

Tenho certeza absoluta, que ele é capaz de me fazer gozar somente me tocando assim.

Antes que eu espere, ele se afasta. 

Solto um gemido frustrado, pela falta do calor de seu corpo.

Ele diz, já levantando:

- Não vamos fazer isso aqui. Vou te levar pro quarto, onde eu passei a noite em claro, fantasiando com você naquela cama...



Meu Chefe Indomável (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora