Capítulo 25

25K 1.8K 164
                                    

A pedido da @ShirleyPeixoto e em homenagem a 1k de visualizações, os próximos capítulos serão narrados pelo Arthur, para que possamos entender ele um pouquinho. Obrigada meninas pelos comentários. Tenho muita responsabilidade com vocês e essa semana demorei a postar porque o tempo foi curto, então lá vai. Espero que estejam gostando da história.

Arthur

Finalmente estou com Júlia em meus braços. A mulher que derrubou cada pedaço da fortaleza que construí em minha volta, para evitar me envolver com alguém. Principalmente trabalhando pra mim.

Desde o primeiro dia em que a vi fragilizada e chorando por não ter onde ficar, fui incapaz de mandá-la embora. Ainda mais com uma criança junto.

 Não queria me sentir responsável por qualquer coisa de ruim que acontecesse com eles. E além do mais, realmente ia precisar de alguém para os afazeres da casa.

Fui totalmente indiferente àquela mulher o máximo que pude. Porém aos poucos no dia-a-dia, me peguei observando a maneira que tratava o garoto, com tanto carinho e dedicação. O resultado disso, é que aos poucos fui me afeiçoando ao menino. 

Sempre muito educado e dedicado. Cada vez que ele me procurava, me despertava admiração por sua vontade de crescer, estudar e através do trabalho, tirar sua mãe da vida de doméstica. 

Isso trazia me um sentimento de orgulho, eu queria dar a ele todas as oportunidades que merece e assim que tivesse idade, o levaria pra trabalhar em minha empresa.

Quando Lisa apareceu, eu queria morrer. Ela foi o fruto do meu pior pesadelo. Foi a ruína do que restava da minha família e agora seu destino estava em minhas mãos.

 No auge do meu desespero e batalha interna, foi Júlia quem me acalmou e me deu a direção a qual seguir.

Naquela noite eu não resisti. Descobri que ela não era uma acomodada e interesseira que estava disposta a arranjar algum otário rico para a sustentar, como estava acostumado a lidar. Ela estava estudando para dar um futuro melhor pro seu filho.

Apesar de ter potencial para ser muito mais do que uma empregada doméstica, ela nunca deixou a desejar ou reclamou de seus afazeres. Além de ser linda...

É claro que eu já a havia notado fisicamente, era impossível ela passar despercebida. Mas nunca me permiti qualquer tipo de aproximação. Já sabia exatamente como terminavam essas relações.

Mas naquele dia eu estava mais instável, a presença da menina relembrou todo um passado que para mim estava morto e enterrado há muito tempo. Júlia já havia mostrado como era diferente, madura, confiável e justa.

Quando demonstrou seu apoio em relação a Lisa, meu coração bateu mais lento com a calma e a força que ela demonstrava. Eu sentia que podia contar com ela. Era como uma luz no fim do túnel. Ela iria me ensinar a driblar aquela amargura dentro de mim.

E se de repente eu estivesse enganado todos esses anos?

Se realmente pudesse existir uma mulher sincera e que não estava apenas interessada em meu dinheiro e posição?

Com certeza as pessoas não eram iguais e Júlia era a prova disso. Eu precisava beijá-la e vi pelo seu olhar que ela também queria. Necessitava disso há muito tempo. Já sabia, já sentia...apenas bloqueei em minha mente.

Ela me correspondeu. Meu corpo todo se arrepiou como nunca tinha acontecido antes. Era mais que tesão...era carência...era desejo...era luxúria...era desespero...era possessividade. 

Nunca senti isso com mulher nenhuma. 

Ela precisava ser minha. Era essencial possuí-la, queria que ela gritasse meu nome, assim como o seu estava impregnado na minha pele e na minha cabeça. Tive convicção que depois de prová-la estaria perdido.

E precisava prová-la.

Provoquei, experimentei, avancei, desbravei, invadi seu corpo com vontade. Estava insaciável, nada parecia o bastante. Sua receptividade era ainda mais afrodisíaca. Chegava a ser insano o nível da ânsia que estava do seu corpo.

Apesar de estarmos apenas nas preliminares, ouvi-la no auge do prazer chamando meu nome, me levou a um estado triunfante, de vaidade, de posse.

 Puta que pariu, foi o mais absoluto prazer. Explodi em êxtase, ainda vestido como um adolescente pervertido.

Não me importei com isso, porque a satisfação de tê-la superava qualquer constrangimento. Me sentia uma alfa poderoso, marcando seu território.

Teríamos muito tempo para nos conhecermos melhor. Eu queria muito mais do que apenas tê-la na minha cama. Queria também fazer parte de sua vida mais intimamente e reviver todos esses sentimentos insanos, todos os dias se possível. 

Quando ela se afastou, decidi respeitar seu tempo. Ela foi pega de surpresa tanto quanto eu, que também precisava pensar sobre o que estava acontecendo e que ia contra todos os meus princípios. 

Mas tinha certeza que estava rendido e não queria voltar atrás...

Meu Chefe Indomável (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora