Capítulo 14

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CAROL 

Passei o dia todo ansiosa, daqui a pouquinho a Day chega e minha vontade é poder abraçar e beijar ela sem me importar com ninguém. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu teria que ter uma conversa séria com minha família sobre isso, mas por enquanto eu precisava de mais tempo com a Day e mais tempo para entender o que sentimos uma pela outra.

- Filha, acho melhor a gente se apressar. Ela deve estar chegando.

Eu havia combinado de buscar a Day na rodoviária. Assenti com a cabeça e minha mãe pegou as chaves do carro.

E lá estava ela. Calça jeans rasgada na altura dos joelhos, blusão, tênis da Vans e sua inseparável touca laranja.

- Oi. - Ela disse com o sorriso mais lindo do mundo.

- Oi, Day. Que bom que chegou. - Nos abraçamos e em seguida ela cumprimentou a minha mãe. 

- Oi, dona Rose. Tudo bem com a senhora?

- Só Rose. Prazer em revê-la. - Disse encarando a Day de cima abaixo.

- Vem, nós estacionamos logo ali. - Falei puxando a mão dela. 

Ao chegarmos em casa, levei Day para conhecer o meu quarto. Como não tínhamos quarto de hóspedes, minha mãe colocou um colchão ao lado da minha cama que era de solteiro. 

- Baby, que saudade. - Falei me aproximando para um beijo.

Ela hesitou olhando para a porta entreaberta.

- Melhor agora? - Empurrei a porta com o pé e me aproximei novamente.

Envolvi meus braços em volta de seu pescoço, iniciei um beijo cheio de saudade enquanto ela apertava forte minha cintura. 
Nossas línguas em perfeita sincronia, nossos corações batendo acelerados. Ela me causava tantas sensações que eu não tinha mais dúvidas do que realmente sentia.

- Carol, melhor a gente tomar cuidado gatinha.

- Cê tá muito tensa, relaxa! Vem, vamos descer pra você comer alguma coisa.

Depois de algumas horas Day já havia conhecido meu pai e meus irmãos que chegaram em casa.
Estávamos sentados na sala conversando e assistindo a TV de uma forma tão tranquila que involuntariamente eu encostei minha cabeça no ombro de Day e ela ficou fazendo cafuné.
Quando me dei conta, minha mãe que estava no sofá ao lado observava. Ajeitei minha postura e Day pigarreou tentando disfarçar.

- Você pode pegar água pra mim, Carol?

- Uhum. Já volto.

- Então Day, a quanto tempo você tá em São Paulo mesmo? Pensa em voltar pra Goiânia? - Disse Renan.

- Tem alguns anos. Já me acostumei lá e não penso em voltar não. Mas de vez em quando visito meus pais ou eles vão me visitar. Sabe como é, acho que São Paulo tem mais oportunidades.

- Carolzinha agora só fala isso. Que em São Paulo vai ser melhor pra ela. - Disse meu pai entrando na conversa. 

Trouxe a água da Day e meus pais resolveram subir pra dormir.

- Carol, acho que também vou subir.

- Tá bom. A viagem foi longa. Deixa eu levar o copo que eu subo contigo, meu bem.

- Vocês se tratam bonitinho. - Rafa comentou. 

- Coisa de amigas. - Respondi já saindo da sala para não dar motivos dele estender o assunto.

Day mexia no celular fingindo não ter ouvido.

- Não acredito que você  vai dormir aí. Nem parece que sentiu minha falta. - Resmunguei.

- Tá doida? E esse colchão aqui é pra quê? Porque não falou pra tua mãe que não precisava então? - disse sorrindo

- Mas eu falei. Disse que a gente dormia juntas em SP.

- Sério?

- Não né. Acho que ela infartaria. 

- Me dá beijinho de boa noite. - Falou com vozinha manhosa.

- Então vem aqui pra minha cama. - Respondi da mesma forma.

Ouch! Quando começamos a falar assim?

- Carool!

- Quê? A porta tá trancada. Para de ser medrosa.

Day já veio deitando por cima e deixando vários beijos no meu pescoço.
Me ajeitei de forma que nossos corpos pudessem se encaixar e a beijei, fazendo um carinho nas costas.
Intensificamos o beijo, Day passeava a mão pelo meus seios, barriga e prendendo minha perna em sua cintura.

- Tira. - Falei ofegante.

Ela levantou minha blusa e eu arqueei o corpo para ela tirar por completo. Fomos nos despindo com urgência, tomadas pela paixão e saudade que ardia em nossos corpos.
Day chupou meu seios e eu já quis gritar. Meu corpo estremecia pela forma que ela me tomava para si.
Ela colocou a mão sobre minha boca enquanto me penetrava com dois dedos. Eu arqueava meu corpo em busca de mais contato. Minhas pernas começaram a tremer e apertei mais seus dedos dentro de mim.
Eu estava chegando ao ápice e ela sabia disso. Desceu um pouco e continuou penetrando enquanto sugava meu clitóris.
Eu me desfiz em sua boca experimentando um orgasmo maravilhoso.

- Isso foi…

- Incrível. - completei a frase dela quase sem fôlego.

Ela se ajeitou ao meu lado.

Assim que recuperei meu fôlego, fiquei em cima dela. Beijei todo seu corpo e estava com pressa de chegar ao meu destino.

Uma das coisas que mais me chamavam atenção era que a Day, por baixo de todas aquelas roupas folgadas que usava, era uma mulher extremamente sexy.
Pude constatar isso desde o primeiro dia que a vi de sutiã quando por descuido entrei no quarto dela sem bater na porta. Que seios, Brasil!

Afastei suas pernas e comecei dando leves mordidas na parte interna das coxas. 
Passei a língua em sua intimidade, ela se abriu mais e eu comecei a chupar. 
Ela envolveu a mão no meu cabelo e dava leves puxões à medida que eu chupava e lambia.

- Aiii, Carol… Hmmmm. Ela gemia baixinho e se contorcia na cama.

Era uma sensação boa saber que ela estava sentindo tanto prazer.

- Baby, eu vou… Hummm… Melhor você... sair da… Hhmmm Carool. - Ela gemeu um pouco mais alto e logo puxou o lençol e mordeu para abafar o som. Penetrei com a língua e ela gozou.

Estávamos suadas e desfalecidas na cama, mas completamente satisfeitas e felizes uma no braços da outra.

- Espero que ninguém tenha ouvido. - Ela quebrou o silêncio. 

- Se alguém ouviu, amanhã a gente vai descobrir.

- Nossa. Nem fala isso que eu pego minhas coisas e sumo.

- Tô brincando, não foi tão alto assim. Boa noite, gostosa. - Falei dando um beijo nela.

- Boa noite, minha ruivinha.

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