Capítulo 32

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CAROL

Acordo bem cedo e finalizo todas as minhas tarefas às 10 horas.
Daqui a pouquinho a Day chega e vou pessoalmente buscá-la.
Eu não sei se estou tremendo de felicidade ou pela adrenalina do que estamos fazendo, mas o que importa é que finalmente vamos ter um tempo juntas.

Me arrumo e pego uma pequena bolsa com umas peças de roupa. Eu já tinha avisado em casa que passaria o final de semana na casa da Bia, então quando a hora chegou eu pude sair sem interrogatórios.

Chego um pouco antes do horário previsto para o desembarque, mas não demorou muito e logo a vi perdida no meio das pessoas que passavam. Corro até ela, o coração quase saindo do peito.

- Amor que saudade! - ela sussurra no meu ouvido e me abraça forte, colando nossos corpos.

Distribuo beijos por todo o seu rosto, passando pelas bochechas salgadas de lágrimas e selando nossos lábios. 

- Eu também, Day… muita saudade. - falo passando a mão em seu rosto tentando limpar um pouco do rímel borrado.

Estávamos a caminho da casa da Bia. Eu sentia tanta necessidade de estar perto dela que não nos desgrudamos até chegar lá. Vez ou outra o motorista do uber nos encarava pelo retrovisor e pigarreava, mas ele que lutasse pra tirar minha atenção dela.

- Day, bom te ver. - Bia a cumprimenta esticando os braços como se fossem amigas de longa data.
Ela não faria isso se não tivesse certeza de que a Day é a mulher da minha vida.

Day retribui o carinho e logo entramos.

- Day, pode ficar a vontade aqui como se fosse sua própria casa.

- Obrigada, Carol eu já ía falar isso para a minha hóspede, mas já que a casa é sua também amiga, obrigada por antecipar.

- Você sabe que eu já me sinto parte da família mesmo, 15 anos de amizade não é pra qualquer um. - falo abraçando ela.

- Obrigada por me receber, Bia. Isso que você tá fazendo pela gente eu nem tenho palavras, jamais poderei retribuir.

- Pode vir sempre que der Day. Agora sua namorada vai mostrar o restante da casa e o seu quarto. Eu vou dar uma saída agora, devo demorar um pouco. 

- Poxa, espero não estar atrapalhando, Bia…

Interrompo a fala dela.

- Não está amor, na verdade é ela que está atrapalhando. Tchau, Bia.

- Safada. - Bia me olha ofendida e logo depois solta um risinho saindo pela porta.

- Caroline, pelo amor… - me olha incrédula, o rosto vermelho pela vergonha. 

- Vem, vou te mostrar o quarto. - pego suas mãos e saio puxando pelo corredor.

Quando entramos no quarto, ela deixa a mala no canto enquanto eu fecho a porta.

- Enfim sós. - ela me olha envergonhada.

- Enfim… - caminho até ela envolvendo meus braços em seu pescoço. Suas mãos automaticamente envolvem minha cintura.

Iniciamos um beijo suave, sentindo todo aquele impacto causado pelos nossos corpos juntos, a respiração quente passando de uma para outra, nossas línguas serpenteando carregadas de saudade. Day envolve seus dedos em meu cabelo, acariciando minha nuca de leve e eu aperto mais os braços em seu pescoço, impedindo que algo nos separe. 
Ela me guia entre beijos. Mal posso acreditar que esse momento está realmente acontecendo. Deitamos sobre a cama, ela para o beijo e me fita por alguns segundos, com a mão em meu rosto.

- Você é tão linda! - diz num fio de voz.

Sinto meu sexo quente, encharcando involuntariamente só pelo peso do seu corpo sobre o meu. Passo o polegar contornando seus lábios, meus olhos fixos em tamanha perfeição. Para minha surpresa ela beija a ponta do meu dedo e eu me vejo forçando um pouco mais, fissurada pelo movimento que ela faz quando resolve chupá-lo.
Tão sexy, me encarando com aqueles olhos castanhos intensos.
Desço a mão para a barra da sua blusa, puxando para cima e ela se levanta um pouco para que eu tire. Seus cabelos negros desarmam caindo sobre mim como uma cortina. Ela me puxa e ficamos sentadas de frente. Tiro minha blusa e seus olhos caem para o sutiã preto de renda que estou usando. Percorre os dedos delicadamente pelo vale dos meus seios. Me aproximo, capturando seus lábios enquanto tiramos o sutiã uma da outra. Suas mãos forçam minha cintura e eu cedo, sentando em seu colo. Ela gruda a boca sem piedade no meu pescoço enquanto enche a mão no meu seio direito, apertando e puxando de leve meu mamilo. Porra, ela me enlouquece. Começo a rebolar em seu colo louca pelo seu toque. Puxo ela para deitar de novo em cima de mim, intensificando o beijo. Sua mão desce pelo meu ventre, os dedos tateando por dentro da calcinha até alcançar os lábios molhados e pulsantes. Gememos juntas e ela puxa a calcinha de mim tão rápido quanto penetra dois dedos me fazendo arquear o corpo em busca de mais prazer. Seu polegar massageia meu clitóris enquanto recebo estocadas deliciosas. Meu corpo convulsiona mais ainda quando sua voz rouca geme no meu ouvido mordiscando o lóbulo da minha orelha.

- Gostosa. - ela sussurra e eu estremeço, deixando meu corpo mole e totalmente entregue a ela.

Os lábios úmidos arrepiando cada centímetro de pele que toca. Sua língua chega em meus seios e eu fecho os olhos delirando pelo contato. Ela lambe, suga e mordisca deixando-os sensíveis.
Ofego enquanto ela vai descendo, afastando meus lábios e lambe toda a extensão. Se concentra em sugar meu clitóris me deixando a ponto de gozar.

- Ah Dayane! - choramingo seu nome num último fio de bom senso que ainda me impede de gritar feito louca. 

- Fala o que você quer, amor. - seu queixo está apoiado em meu ventre enquanto ela me encara e continua estocando.

Me contorço na cama com o ventre formigando e meu canal pulsando sem sentido.

- Eu vou gozar, amor. - falo ofegante.

Ela estoca com mais força, chegando no meu ponto G e me fazendo soltar um gemido sexy que eu nem sabia que tinha em alto e bom som.

Tento recuperar meu fôlego e o movimento das minhas pernas que estão bambas pelo orgasmo.

- Tava com saudade, amor? - Day fala beijando o cantinho da minha boca. Um sorriso sapeca está em seus lábios.

- Sabe que sim. Mas eu quero a minha morena agora. - digo invertendo nossas posições. 

Eram quase 21h. Resolvemos pedir nosso jantar e depois ficamos no sofá assistindo TV.

- Oi casal. - Bia entra com dificuldade segurando uma caixa de pizza - trouxe o jantar.

- Acabamos de pedir. - respondo

- Sim, a gente pediu comida japonesa.

- Cancela que dá tempo - Bia faz uma cara de nojo - Quem consegue ser feliz comendo peixe cru gente?

Rimos juntas.

Em minha última tentativa de fazê-la apreciar a comida japonesa ela quase vomitou no prato. Estávamos em um restaurante chique e ainda consigo lembrar a expressão de pânico e nojo das pessoas que perceberam. Esse dia rendeu muitas risadas e acabamos comendo hambúrguer sentadas na praça.

- Ok. Pizza é melhor. -  falo enquanto pego o celular para cancelar o pedido.

- Mas cê já provou aqueles hot? - Day pergunta.

- Amiga o único hot que aprecio é na cama. Aliás, espero não ter que ouvir nada de madrugada. Não precisam me fazer inveja com a transa de vocês. 

Day, que estava bebendo água, se engasga.

- Eu sei, já aconteceu né, danadas? - Bia dá um tapinha em suas costas, enquanto rimos da situação.

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