Closer

Capítulo 42

CAROL

Permaneço um tempo olhando fixamente para o teto, pensando em como será minha vida daqui em diante.
Preciso ter muito cuidado para que tudo continue conforme planejado.
Desde que me assumi para a minha mãe, tem sido um desafio atrás do outro, mas pelo menos depois que o Nando apareceu ela tem aliviado um pouco e não tem feito chantagem emocional para me manter presa em Curitiba. 

Amo muito os meus pais, mas também preciso pensar na minha felicidade e, com toda certeza, a Day está incluída nisso.
Sei que o amanhã é incerto e não há garantias para o amor, mas o que importa é que estamos vivendo cada dia entregando o nosso melhor uma para a outra.

Ouço Day respirar mais forte e se mexer na cama. Me viro para observá-la... Tão linda!
Sua expressão serena, totalmente adormecida. 

Eu a amo tanto! Será que ela tem noção disso? Faço carinho em seu rosto, observando os traços já conhecidos mas que continuo admirando e achando incríveis nela: os cílios arrebitados, os lábios levemente desenhados e uma pintinha no canto superior direito.

Ela se mexe mais um pouco, murmurando alguma coisa inaudível e me abraça, adormecendo novamente na curva do meu pescoço. Aproveito para fazer um cafuné enquanto meu sono não chega.

…

Três da manhã e nada de sentir sono. Estou ansiosa demais para dormir devido a tudo que aconteceu nesses últimos dias.
Levanto e resolvo jogar um pouco de videogame na sala, mas isso também não resolve.

- Jogando a essa hora, gatinha? - sua voz sonolenta corta o silêncio enquanto ela caminha até a cozinha. Adoro quando ela me chama assim.

- Não consigo dormir.

- Desacostumou da minha cama é? - ela se senta ao meu lado.

- Não é isso. Acho que é ansiedade. 

- Vem, desliga isso. - ela levanta e me estende a mão - vou fazer você relaxar um pouquinho e dormir.

Desligo e vou em direção ao quarto segurando a mão dela.

Ela vai até o guarda-roupas e pega um vidrinho de óleo.

- Que tal uma massagem?

- É tudo que eu preciso, amor.

Tiro a blusa e deito de costas. Logo sinto um líquido escorrendo pela minha pele. Suas mãos espalham o óleo, evitando que escorra para a cama. Ela começa massageando meus ombros, aliviando todos os pontos de tensão. Afasta delicadamente meu cabelo e deposita um beijo no meu pescoço.
Sua respiração quente sobre aquela região faz uma onda de choque percorrer todo o meu corpo que se intensifica ainda mais quando ela senta um pouco abaixo dos meus glúteos para ter apoio suficiente e continuar a massagem.

Num movimento calmo e suave ela desce massageando minhas costas, apalpando cada centímetro de pele.
Em resposta, meu corpo reage deixando escapar pequenos gemidos de prazer da minha boca.

De repente ela sai de cima de mim e meu corpo todo esfria, reclamando a falta de contato da sua pele na minha.
Antes que eu me vire para olhar, sinto uma onda de calor me invadindo novamente quando suas mãos passeiam em toda a extensão da minha perna direita, chegando até o limite imposto pelo meu short curto.

A essa altura meu corpo já estava mais do que relaxado e a única tensão que estava presente era a sexual.
Cada vez que suas mãos chegavam na altura da minha coxa, eu fechava os olhos me deliciando com a sensação gostosa que o óleo deixava na minha pele.

- Vira, baby - ela diz num tom rouco, carregado de desejo.

Me viro para ela deixando que seus olhos caiam sobre os meus seios expostos, cujos mamilos estavam bem rígidos por sinal. 

Ela começa a massagear meu pé e ao mesmo tempo distribui beijos sobre ele, me encarando fixamente com aqueles olhos que me fazem perder todos os sentidos.
Eu não resisto! Engulo de volta o gemido que ía escapar da minha boca. Fecho os olhos tentando controlar mentalmente a quantidade de líquido que escorre do meu sexo e me agarro ao lençol com todas as forças que tenho.

Que efeito é esse que você tem sobre mim, Dayane? Me pergunto mentalmente e em vão, sabendo que meu corpo já estava todo entregue a ela.

Um sorriso de canto se forma em seus lábios e ela avança os beijos pela minha perna e coxa. Meu coração erra as batidas quando sua respiração quente estaciona na minha virilha, onde ela deposita mais um beijo e continua seu caminho, passando por entre os seios. 

Nossos rostos finalmente se encontram.
Afasto algumas mechas de cabelo dela, observando o rosto que eu tanto amo.

- Cê gostou, amor?

- Muito! Eu tenho muita sorte, mesmo. Uma namorada que sabe fazer cafuné e massagem. - brinco e ela sorri.

Eu ainda a deixo sem graça e acho lindo quando ela deixa transparecer isso. Sério! Eu não sei o que fiz para merecer essa mulher.

- Faz amor comigo. - deixo escapar enquanto meu olhos estão fixos no dela.

- Faço, meu bem… Tudo que você quiser.

Ela me beija de forma delicada, acariciando meu rosto. Peço passagem com a língua e daí em diante eu sei que ficaremos fora de controle. 

Num piscar de olhos já estamos emboladas na cama, nossas línguas praticamente disputando para assumir o controle.
Arfo baixinho quando ela aperta meus seios.

- Tinha algum afrodisíaco nesse óleo? - falo provocando enquanto mordo o ponto sensível do pescoço dela.

- Essa é a segunda parte da massagem, baby. Vou te deixar relaxada por inteiro.

Ao ouvir isso meu corpo estremece dando sinais perceptíveis de que está pronto para ela.

Arrancamos o restante das roupas na mesma velocidade em que nossas línguas se enroscam.

Me entrego, deliro, gemo com vontade quando meu seio é sugado e seus dedos entram fundo em mim.

Não tem jeito. O sexo com a Day nunca vai ser aquele clichê de filmes românticos porque naturalmente somos apimentadas.

- Dayanee! - sussurro quase sem ar enquanto ela segue vitoriosa dominando todo o meu corpo.

Minha excitação chega ao topo
quando sua língua passeia em meu sexo e acerta em cheio meu canal.

- Isso amor! - minha mão automaticamente puxa o cabelo dela enquanto me contorço o máximo que posso.

O quarto está repleto de gemidos, sussurros inaudíveis e frases incompletas que nossas vozes roucas pronunciam em vão.

Puxo ela para perto  de mim novamente, fazendo com que nossos corpos fiquem alinhados.

- Goza comigo. - minha voz sai um tanto quanto falha, mas o suficiente para que ela entenda que não é um pedido, mas sim uma ordem.

Seu rosto está suado e corado de prazer. Entrelaçamos nossas mãos enquanto fazemos um ritmo perfeito e somente nosso. Sua língua pede passagem com calma e eu aceito. Ondas de choque percorrem de um corpo a outro à medida em que o beijo se intensifica.

- Hmm, Carol. Você me enlouquece, porra!

Sua expressão denuncia que não ía demorar muito para que ela chegasse ao ápice.

Minhas mãos descem sem aviso, apertando sua cintura e em seguida espalmando a bunda, forçando o contato e aumentando a fricção.
Um gemido escapa da minha boca enquanto meu corpo dá pequenos espasmos despejando todo o meu líquido. Não demora muito, sinto seu líquido quente escorrer em mim enquanto meu sexo pulsa descontrolado. Sinto ela penetrar dois dedos e meu corpo todo se contorce.

- Mais rápido, amor! - peço e ela obedece estocando rápido até meu ventre formigar e um orgasmo me atingir com força.
Se os gemidos fossem uma espécie de exercício vocal erótico, acho que atingi todas as notas possíveis agora.

Ela cai exausta do meu lado, mantendo apenas uma mão sobre a minha barriga, acariciando de leve e eu acabo adormecendo em um sono leve e gostoso.