Capítulo 52

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DAY

- Então está tudo bem, né? Você e Carol se entenderam…

- Sim, mano. Aliás, obrigada pelos conselhos - falo abraçando ele.

- Ah nenis, graças a Deus! Quando vocês brigam eu fico mal também.

Isa estava ao lado prestando atenção na nossa conversa e quando Vitão saiu ela sentou ao meu lado.

- Você e a Carol brigaram por minha causa?

- Foi todo um conjunto, Isa. Não foi só por esse motivo.

- Eu achei que ela soubesse que eu tinha ido lá e enfim… Não imaginei que ela fosse achar ruim a nossa amizade.

- Não, ela não sabia. Mas o problema não é você ter ido lá é a forma que você falou, sabe? Ficou parecendo que tinha rolado alguma coisa entre a gente - abaixo a cabeça envergonhada por falar isso.

- Desculpa! Vou tomar mais cuidado com as minhas palavras.

- Bom, acho que você não falou por mal. Esquece isso, tá bom?

- Day, eu gosto de você!

Congelo quando ela fala.

- Isa… 

Tento falar mas ela me interrompe.

- Eu gosto da nossa amizade e não gostaria que você se afastasse de mim por causa da Carol, mas vou entender se você fizer isso.

De repente todo o ar que eu estava prendendo é expirado e começo a respirar aliviada.

- Ah sim! Você gosta como amiga - sorrio nervosa - Olha, Isa, isso nem passou pela minha cabeça e a Carol também não é assim. Mas preciso te falar que eu entendo as coisas que ela reclama. Sabe, eu no lugar dela também teria ciúmes de algumas coisas.

Isa continua me olhando, percebo os olhos cor de mel observando meus olhos e minha boca à medida que falo e começo a ficar nervosa.

- E-er mas enfim… Eu preciso ir gravar agora.

Levanto rápido e ela sorri ao perceber meu nervosismo.

- Ok então, Day... Vai lá.


CAROL

- Nossa, Carol, é realmente ótimo que vocês tenham se acertado. Que continue assim, né?

- Sim, Nando. Acho que perdi tempo demais me preocupando com a Isa. É óbvio que ela não tem poder nenhum de atrapalhar a gente. Pra isso acontecer ía depender da Day né e eu não tenho dúvidas do que ela sente por mim.

- Claro, Ca… Pra acontecer algo tem que depender da Day. Digo, teria que depender.

- Sim, teria… O que não vai acontecer.

- Bom, vamos falar de trabalho né? - ele fala colocando a mão nas minhas costas e me conduzindo até a sala dele - quero te mostrar como ficou a sua gravação de voz.

Ficamos algumas horas acertando o som até ficar do jeito que eu queria.

- Assim tá perfeito, Nando. Nossa, imagina se eu consigo grana pra lançar esse EP logo?

- E quem disse que você não vai lançar logo?

- Como assim? Fala! Eu sou cardíaca, garoto!

- Eu tenho meus contatos… Você sabe - ele diz todo convencido - Mas espera eu resolver tudo e aí depois te conto. Ok?

- Aii! Você nem é amigo, é um anjo! - falo abraçando ele.

- Eu faço qualquer coisa por você, Carol… Qualquer coisa!

Nando me abraça mais forte e eu me afasto.

- Nossa, Nando. Também não é pra tanto - falo sem graça - Eu quero conquistar as coisas pelo meu esforço mesmo e você já tá me ajudando muito.

- Eu sei que você tem talento e capacidade, não me entenda mal. Mas não vai custar nada fazer isso, confia em mim.

- Bem, se você diz…

- Que tal a gente terminar aquele jogo hoje depois que saírmos daqui?

- Hum... Sabe o que é Nando, eu quero passar mais tempo com a Day. Deixa pra outro dia…

- Ah sim, claro… a Day! - ele faz uma cara de desapontado - Tudo bem, então. Quando você quiser é só me avisar.

- Claro, pode deixar!

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