Capítulo 79

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DAY

Já tinha algumas semanas que eu tentava chegar em Carol. Qualquer coisa era motivo para abraços, olhadas indiscretas e sussurros ao pé do ouvido e justo hoje que eu resolvi tomar uma atitude, Vitão me liga. De início até relevei, pois fui eu que pedi para ele me avisar assim que chegasse em casa. Mas depois ele desatou a falar sobre coisas aleatórias e eu me limitei a responder monossilabicamente, tamanha era minha impaciência.
Carol se ajeitou no sofá e começou a prestar atenção na série e a partir daí eu sabia que tinha perdido a oportunidade.

- Conversa comigo direito, Day. Atrapalhei alguma coisa?

- Meio que sim, né? - estalei os lábios.

Vitão gargalhou do outro lado da linha.

- Puts. Foi mal, nenis. Amanhã a gente se fala então. Beijos.

Desliguei o celular e Carol me olhou de lado.

- Quer mais pipoca?

- Não… Queria outra coisa - respondi olhando pra TV.

- O quê?

- Deixa quieto - mordi os lábios sorrindo da minha própria ousadia.

Carol deitou a cabeça no meu colo e continuamos assistindo até eu perceber que ela havia dormido. Eu poderia ter ficado brava por Vitão ter ligado na hora errada ou por ela ignorar completamente a parte que eu quis beijá-la e simplesmente voltou a assistir TV, mas não consigo. Olhando para ela dormindo tranquilamente assim no meu colo só me faz sentir mais amor.
Toquei de leve no ombro dela para que acordasse.

- Baby.

- Hum.

- Levanta pra você ir dormir no quarto. Já pausei a série, amanhã a gente continua.

Carol se espreguiçou e fez um biquinho de raiva, mas logo levantou.

- Vai ficar aqui na sala?

- Sim, vou procurar outra coisa pra ver.

- Ok então, boa noite - Carol disse se aproximando e eu me preparei para um beijo no rosto, como sempre fazíamos, mas ela segurou no meu queixo e foi direto ao ponto. Não deu tempo de pensar em mais nada, a respiração quente no meu rosto já foi suficiente para que eu cedesse a passagem. Nossas línguas se enroscaram, ao passo que as mãos de Carol abriram espaço pela minha nuca e eu automaticamente a puxei de volta para o meu colo.

Carol me beijava com devoção e eu ía correspondendo aos movimentos, me deliciando com aquela sensação de prazer e saudade que explodia dentro de mim. Difícil foi nossas bocas se separarem quando o ar já estava fazendo falta. Carol mantinha meu lábio inferior preso delicadamente entre os dentes dela, enquanto ela tomava fôlego e continuava. Não lembro de Carol ter me beijado assim antes com tanta volúpia como agora, mas eu estava adorando.
Prendi suas pernas em volta da minha cintura e levantei com ela no meu colo. Andei com um pouco de dificuldade, mas já que estava acontecendo eu deveria aproveitar ao máximo. Quando chegamos perto do quarto, deixei seu corpo deslizar devagar pelo meu até seus pés tocarem o chão. Imprensei Carol na parede, chupando cada área de seu pescoço e ela correspondia me puxando cada vez mais para ela, se é que ainda havia algum espaço entre nós.
Foi quando um estalo na mente, esfriou meu corpo bruscamente e eu rapidamente parei o beijo.

- Desculpa, eu acho melhor a gente não…

Não consegui concluir a frase. Carol me encarava ofegante, com os olhos espantados. Eu queria continuar… Eu desejava Carol mais do que tudo, mas não estava sabendo lidar com aquela porra de sentimento dentro de mim dizendo que eu estava agindo errado. Seria medo da gente voltar e eu reviver as mesmas decepções de antes? Talvez.

Embora eu não tenha falado nada, o olhar de Carol pareceu entender o que eu estava pensando, pois ela apenas assentiu e cada uma foi para o seu quarto.

Meia hora depois e eu ainda revirava na cama, travando uma disputa interna para saber o que fazer. Não é justo! Carol me deixa sem controle, chega invadindo a minha mente e eu me sinto de mãos atadas sempre que preciso tomar alguma atitude em relação a nós duas.

Eu tô querendo mentir pra quem? Eu sou louca por essa mulher!

Num impulso saí do meu quarto e estiquei a mão para abrir a porta do quarto de Carol, mas antes que eu tocasse a maçaneta a porta se abriu.

- Day? - Disse esperançosa.

- Caroline, eu juro que tentei. Mas porra, parece que você tem um imã que vive me atraindo - falei desabafando.

Carol não disse nada, apenas me puxou pela gola da camisa e me beijou ferozmente, não dando mais espaço pra que eu falasse.
Uma das coisas que mais me intrigam na Carol é a velocidade com que ela muda aquela feição angelical para uma totalmente predadora em questão de segundos. Jogada ali naquela cama pequena, com Carol em cima de mim, eu já sabia que tinha perdido tudo.
Carol explorou cada canto do meu pescoço, beijando, chupando e mordiscando… a filha da mãe ainda fazia questão de gemer, me deixando a ponto de entrar no clímax antes mesmo do previsto. Tiramos a roupa com desespero, arfando e gemendo com impaciência.
Eu realmente não quero me preocupar com o que vai acontecer amanhã, tudo que importa é o que estamos sentindo agora.
Céus, como eu sentia falta desse toque. Fechei os olhos e me entreguei, arqueando meu corpo embaixo dela enquanto seus dedos hábeis dentro de mim faziam o percurso como nenhuma outra foi capaz de fazer.
Sinto meu corpo dar pequenos espamos à medida em que sua língua deslizava da barriga em direção ao meu sexo pulsante.

- Porra, que saudade de você! - O sussurro de Carol ecoou pelo quarto e eu quase engasguei quando ela começou a me chupar estalando os lábios de forma provocadora.

Mais uma onda de choques veio com tudo pelo meu corpo, meus dedos se embolaram nos cabelos de Carol e eu a puxei implorando para que ela não parasse de fazer aquilo nunca mais.

- Meu Deus! - Gritei em vão, sabendo que o momento era inapropriado, mas foi a única coisa que saiu quando Carol começou a bombear mais rápido e eu involuntariamente tentei fechar minhas pernas em volta dela em busca de mais prazer. 

- Hmmm! Carol eu vou… - Falei ofegante, quase choramingando por sentir aquele formigamento contraindo as minhas paredes. Me desfiz na boca de Carol e ela gentilmente recebeu todo o meu líquido, lambendo e me deixando ainda sensível enquanto subia beijos pelo meu corpo até chegar na minha boca.
Carol tinha um sorriso nos lábios, como se soubesse o que eu estava pensando naquele exato momento: Que eu era só dela e de mais ninguém.

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Roi, trouxe esse capítulo mais ou menos só pra vocês não ficarem sem atualização. Amanhã desenvolvo um pouco mais.

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