Closer

Capítulo 51

CAROL

- Que horas são, baby? - Day pergunta com a voz sonolenta ao despertar com o carinho que faço na barriga dela.

- Hoje não tem hora não. A gente vai ficar de preguicinha - Falo engatinhando por cima dela, distribuindo vários beijos pelo seu rosto.

- Sim, eu pre-ci-so. Cê não me deixou dormir, amor.

Eu literalmente dei uma canseira na minha namorada. Sorrio orgulhosa ao lembrar de algumas cenas da noite de ontem e da madrugada.

- Então, a ideia é a gente continuar agora, talvez o dia todo - falo mordiscando o lóbulo da orelha dela.

- Meu Deus, Caroline, não! Sai! - ela fala me empurrando para o lado da cama - Você só quer usar meu corpo, eu já estou sem forças.

Resolvo continuar provocando ela.

- Como assim a minha namorada não dá conta do recado? É isso mesmo que eu entendi?

- Ei eu não disse isso não - ela fala se posicionando rapidamente em cima de mim e segurando meus pulsos - Vou te mostrar que dou conta sim.

Começo a gargalhar do desespero dela em provar que eu tô errada.

- Amor eu tô brincando. Eu sei que você dá conta.

Ela volta a deitar ao meu lado, suspirando de alívio.

- Ufa, ainda bem porque agora eu tô morta real… Preciso comer alguma coisa... Cadê minha roupa?

- Tá na sala, amor.

Levantamos e andamos nuas pelo apartamento.
Day se enrola em uma toalha e joga outra para mim. Ao passarmos pelo corredor, encontramos dois quadros no chão e na sala roupas espalhadas pelo chão e no sofá, além de almofadas… Tinha almofada até em cima da mesa.

- Tem algum lugar do apartamento que a gente não bagunçou ontem?

- Banheiro e sacada, talvez… E a gente estava sóbria, Carol. Olha o estado desse apartamento.

- Depois a gente arruma isso, eu tô com muita fome. 

- Ok. Toma seu banho que eu adianto o café aqui e depois eu vou.

Saio do banho e encontrei pão, ovos mexidos, café, iogurte e algumas frutas na mesa.

- O que você vai querer, amor? - Day pergunta ajeitando um coque no cabelo.

- Tudo. Eu quero tudo. Não demora no banho porque a fome que eu tô não dá pra explicar.

- Tá bom, meu furacão - ela aperta minhas bochechas com as duas mão e me dá um selinho.

O dia tá lindo lá fora, mas hoje eu só quero curtir a minha namorada o dia todo. Faz tempo que a gente não tem momentos assim.
Embora a gente more juntas, estamos sempre nos desencontrando por conta dos nossos compromissos e geralmente só sobram as noites.

- Que foi? - Pergunto pra Day que olha fixamente para a minha barriga.

- Nada. Só queria saber pra onde vai tanta comida. Cê é gostosa hein! Fico até intimidada.

- Eu que tô intimidada até agora com algumas coisas que você fez.

- É mesmo? Quer falar sobre as coisas que você me disse ontem? - ela levanta uma sobrancelha me encarando com um sorriso malicioso.

Engasgo com o café e ela começa a rir. Eu vou ter flashbacks disso por semanas.

Arrumamos o apê e depois caímos no sofá, cada uma deitada em um canto fazendo absolutamente nada e isso tornava tudo perfeito. Sem gravadora, sem Isa enchendo o saco, sem o Nando… somente nós duas.

Vez ou outra nos provocávamos colocando o pé no rosto da outra, tentando chamar atenção quando uma de nós parecia estar concentrada demais na TV ou no celular.

Depois do almoço, que foi preguiçosamente escolhido no ifood, Day se aconchegou na curva do meu pescoço e acabou pegando no sono de novo.

Eu queria poder guardar aquele momento pra sempre pra nunca mais esquecer como é a sensação de tê-la assim, aquecendo meu corpo e minha alma por inteiro.
Abraço ela apertado, como se fosse possível trazê-la para mais perto e deixo um beijo na testa antes de cair no sono também.