Algumas semanas depois...
DAY
Estávamos chegando na festa de encerramento do programa. Mesmo não tendo vencido, estávamos felizes por ter sido finalistas.
Quando me inscrevi, nem imaginava que chegaria tão longe em meio a tantos concorrentes.Carol e eu havíamos nos tornado ainda mais próximas durante esse tempo. Ela estava ficando em meu apartamento e juntas começamos a gravar covers para divulgar o nosso trabalho.
Era nítido o quanto a presença dela mexia comigo de inúmeras formas e eu definitivamente não estava preparada para que ela voltasse para Curitiba.Havia algo na forma que a gente se entreolhava que denunciava o quanto eu estava apaixonada e o quanto ela poderia estar também, mas ao mesmo tempo travava uma luta interna tentando entender esse sentimento.
Eu achava que estava fantasiando, até que nossos fãs também notaram a forma que ela me olhava e passaram a comentar. Havia uma possibilidade de ter algo a mais e isso me deu uma pontinha de esperança. Pensar nisso fez surgir um sorriso tímido em minha boca.- Terra chamando Day. Alôuu!
- Oi rs... Que foi?
- Eu que pergunto. Tá aí sozinha sorrindo.
- Tava aqui pensando.
- Vem! Quero te mostrar uma coisa.
Carol estava meio sorridente, levemente alterada pelos drinks que havia tomado.
Saiu me puxando pelo braço escada acima, em direção ao rooftop da casa de festas.
No último degrau ela pisou em falso e eu a segurei pela cintura, evitando que ela caísse.- Vai devagar, pelo amor de Deus!
Ela me olhou e riu. Novamente aquele olhar que desgraça minha mente de inúmeras formas.
- Chegamos, gatinha.
A vista do rooftop era linda. Dava para ver toda a orla do mar iluminado pelas luzes dos prédios e pelo céu estrelado.
Carol me puxou até uma espreguiçadeira e me fez deitar ao seu lado.- Baby, por hoje chega tá? Quando a gente descer, sua única bebida será água.
- Ah, mas eu nem tô bêbada!
Por que você não curte a festa também?- Não tô muito no clima...
Amanhã você já volta pra Curitiba né?- Então, a intenção era esquecer essa parte.
- Você sabe que pode ficar o tempo que quiser.
- Sei sim e eu te agradeço muito. Mas preciso voltar e organizar minha vida lá. Não dá pra largar tudo assim, sem planejamento.
- Eu entendo.
Carol se encolheu um pouco e eu logo percebi que ela estava com frio. A envolvi em um abraço meio que de lado e ficamos ali por um tempo olhando o céu.
Ela levantou um pouco o rosto, pensei que fosse me dizer algo, mas o silêncio continuou pairando entre nós.
Ficamos nos entreolhando até que ela lentamente foi descendo o olhar em direção a minha boca. Ela aproximou um pouco o rosto, mas hesitou como se aguardasse um sinal da minha parte.
Não pensei em mais nada. Fechei os olhos e me aproximei tocando nossos lábios.Iniciei um selinho e logo pedi passagem com a língua, o que ela prontamente cedeu.
Senti uma espécie de choque percorrer todo o meu corpo.
Em um beijo sincronizado, nossas línguas se enroscavam, num ritmo suave e gostoso. O ar foi faltando, mas eu não queria parar. Minha mão deslizou de seu ombro e parou em sua cintura, apertando como se isso fosse me dar um fôlego extra. Ela então intensificou o beijo e finalizamos entre selinhos.Um fato: Foi o melhor beijo da minha vida!
Percebi que a expressão de Carol havia mudado.
Ela levantou e ficou sentada na beira da espreguiçadeira. Levou as mãos ao rosto, apoiando os cotovelos em seus joelhos.- Desculpa, Day. Eu não deveria, eu não sei o que me deu...
Me levantei para poder sentar ao seu lado, mas rapidamente Carol levantou indo em direção ao salão dando passos incertos.
- Carol, espera!
Quando desci, havia mais gente no salão. Fiquei procurando Carol em vão até que alguém me confirmou que a viu pegando um táxi.
- Ela só pode ter ido pra casa. - Falei pedindo um uber o mais rápido possível.
Cheguei em casa e encontrei Carol debruçada sobre o vaso, vomitando horrores.
Segurei seus cabelos e quando ela terminou eu ajudei a se levantar e se apoiar na pia para se lavar.- Não faz mais isso. Eu revirei aquela festa toda procurando você! - Falei em um tom calmo.
- A gente não devia...
Desculpa, Day, mas eu não tô em condição de falar sobre isso agora.Carol foi deslizando e eu a segurei antes que ela caísse no chão.
Consegui colocá-la sentada sobre tampa do vaso e comecei a molhar seu rosto até que finalmente ela foi acordando.- Você bebeu bastante e com o estômago vazio, por isso está assim.
Vem, toma um banho e eu vou ver se acho um remédio.Ela assentiu. Tentou levantar, mas estava muito fraca. Ela mal conseguia manter os olhos abertos.
- Céus, Caroline! Eu nem sei como você conseguiu chegar sozinha aqui e graças a Deus não te aconteceu nada no trajeto. Já pensou se você pega um motorista tarado?
Carol não respondeu. Apenas levantou os braços para que eu ajudasse a se despir. Deixei-a de calcinha e sutiã e com muito esforço consegui fazê-la entrar no box.
Ela reclamava da água fria e eu a segurava, ao mesmo tempo tentava não me molhar.Coloquei um roupão em Carol e a levei para a cama. Peguei um blusão e o primeiro short que vi na gaveta dela, mas quando me virei ela já estava dormindo.
Tentei acordá-la.- Carol, então... Você precisa tirar essa lingerie molhada e colocar essa roupa aqui.
Ela nem se moveu.
Certo. O que eu faço agora? Se ela dormir assim vai adoecer.
![](https://img.wattpad.com/cover/228046715-288-k452051.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Closer
Fanfic~ CONCLUÍDA Uma amizade improvável que começou em um reality show musical, o despertar de um sentimento novo e a corrida em busca de um sonho. Só vem! ⚠️ Conteúdo adulto 🔞