Caixa apertada

307 31 4
                                    

Izuku On: 

Acho que já faz uns vinte minutos que eu estou nesse inferno. Nunca odiei tanto a minha altura como agora, pois eu estou praticante sentado no colo desse infeliz. Droga, por que essa caixa tem que ser tão apertada? Se eu não morrer agora, eu não morro nunca mais. Viro meu rosto para o lado, evitando sentir a respiração dessa coisa, que está praticante me esmagando com seu corpo enorme. Realmente pensei em apertar esse botão... bom, ainda ‘tô pensando.

— O seu silêncio é ensurdecedor. — ouço-o dizer baixo e sinto o calor do ventos de suas palavras contra a minha pele, por conta de nossos corpos unidos, mas continuo olhando para o lado, ignorando. — O que você tem? Não vai me xingar e nem tentar nada? Você ‘tá muito estranho desde ontem. — suas palavras me fazem sorrir forçado e olho para frente, encarando-o com os olhos franzidos. Por causa da aproximação, sinto sua respiração bater contra a minha.

— Eu não falo com pessoas que tentam me matar. — digo sério vendo ele arquear uma sobrancelha pelo comentário.

— É isso? 

— Como assim, é isso? Você quase me matou congelado ontem! — Como você me diz que é só isso? Idiota! — bufo, fazendo bico, e o ouvindo rir.

— Você não acha que se eu quisesse "te matar", eu já não o teria feito? 

— Não sei, eu não conheço a mente de um assassino. — digo envergonhado, desviando o olhar de si.

— Para com isso, esse personagem assustado não combina com você. Quer dizer... só quando você fica com medo dos meus toques, aí é perfeito. — vejo ele sorrir de lado.

— NÃO COMEÇA! Nós estamos na escola, dá um tempo com essa guerra. — olho-o irritado.

— Sabe, baby, desde aquele dia que você me enganou, eu ‘tô pensando em um jeito de me vingar de você, e que hora melhor para isso se não agora? — arregalo os olhos,  vendo ele sorrir safado.

— Se você tentar alguma coisa, eu juro que aperto esse botão. 

— E vai fugir como uma criancinha? Achei que tivesse falado que ia me seduzir primeiro. — seu sorriso aumenta.

— Quer saber... tudo que você fizer, eu vou fazer pior, seu tomate podre! — encaro-o sério.

— Olha aí o anãozinho que eu conheço! —  sorri convencido. — Mas eu não vou fazer nada, se... você me beijar. — olho incrédulo para ele.

— Vai sonhando! 

— ‘Tá bom, então não diga que eu não avisei. 

Após suas palavras, eu começo a sentir a caixa esquentando mais que o normal, me fazendo começar a soar, enquanto o tomate me olha pleno, sem nenhuma gota de suor no corpo. Espera, ele está fazendo isso? 

— Para com essa porra! — digo irritado, começando a sentir o suor escorrer na minha testa.

— Você sabe o que fazer para eu parar. — diz sorrindo cínico.

— Ah... é assim? ‘Tá bom, então. — levanto com um pouco de dificuldade por conta do aperto e começo a abrir minha jaqueta, tirando-a. Depois retiro a blusa do uniforme, ficando apenas com a parte de baixo da roupa.

— O QUE VOCÊ ‘TÁ FAZENDO? — olha assustado para mim.

— É que está muito calor! — mordo minha boca, tentando fazer uma cara safada. Acho que deu certo, pois ele não para de me olhar vidrado, principalmente para os meus mamilos. — Eles são rosinhas demais, você não acha? — digo manhoso, passando as mãos por cima dos bicos, que até brilham por conta do suor. Vejo ele lamber os lábios em desejo. Eu não acredito que ‘tô conseguindo! Não se desconcentra, Izuku, continua na pose!

Meu Eterno RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora