Não toque no que é meu!

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Izuku On: 

— Muito bom. Agora faz os mesmos movimentos com mais "suavidade". — faço aspas com os dedos. — Tente acionar a sua individualidade sem forçar tantos os músculos. 

— Isso é impossível! A minha individualidade faz literalmente o chão tremer, não tem como deixar isso suave. — Shindo diz indignado com a minha ordem, me fazendo rir baixo de seu drama. — Não ri não, eu ‘tô falando sério.

— Eu também, e não sei se você esqueceu, mas os meus poderes também não são nada "suaves", só que eu consigo deixá-los menos agressivos sem mudar a potência dos golpes, então não é impossível. Vamos, faça de novo.

— Ah, mas para você é fácil falar, já que é o "menino prodígio". — fala zombeteiro. — O todo poderoso Deku, futuro número um... — o interrompo.

— Nem vem que, para eu ser tudo isso, eu só tive que treinar, MUITO! E até um aluno reclamão como você — aponto. —, também pode ser um herói foda. ENTÃO SEM MAIS RECLAMAÇÕES! — digo em tom autoritário, vendo-o rir de minha atitude.

— Sim senhor, professor. — brinca enquanto tira a camisa do uniforme, me fazendo arregalar os olhos e olhar para o lado, sem graça. — Você não se incomoda, né? Daqui a pouco ela ia virar uma esponja de tanto suor.

— Nã-o, tu-do bem. — gaguejo envergonhado. — Eu vou ficar no centro da área e você tentar tremer tudo em volta, menos aonde eu estou. — ele arregala os olhos com minhas palavras.

— Tem certeza? 

— Sim. — digo sorridente. — Você consegue.

Mesmo que discretamente eu o vi corar com o meu incentivo — o'que foi bem fofo — segui o que eu disse e fui para o centro da área de treinamento, esperando o seu tremor. Como seu poder atinge em larga escala, ele vai precisar ter um foco para não acertar, caso precise proteger e atacar ao mesmo tempo. Agora eu entendo porque o Aizawa colocou ele como o meu parceiro; por mais que as nossas individualidades não tenham nada a ver, ao mesmo tempo elas são muito parecidas, talvez por ter uma alta proporção.

Meio receoso, ele coloca a mão no chão e me encara um pouco tenso. Faço sinal de positivo, sorrindo amigável, tentando passar o máximo de confiança que consigo. Ele inspira e expira devagar, olha sério para mim e ativa seu poder. Começa com leves ondas pelo chão, mas logo elas aumentam, vindo com tudo em minha direção. Continuo firme, mesmo vendo uma grande onda de terra; se eu demonstrar medo, ele pode se desconcentrar. As ondulações me atingem, quebrando tudo em minha volta, menos a mim. Sorrio feliz por ele ter conseguido e o vejo com um sorriso maior ainda, vindo em minha direção correndo depois de finalizar as ondas.

— PARABÉNS! Você consegui... — sou interrompido por um abraço apertado.

— Obrigado por me ajudar. — diz ainda me apertando.

— Não foi nada... é... Shindo, você... pode me soltar... é que você está apertando a minha barriga. — ele me solta na mesma hora, olhando preocupado para mim.

— Me desculpe, Midoriya! Eu te machuquei? — bate a mão na testa. — Eu sou um idiota mesmo, as vezes eu me esqueço que você está grávido, como agora.

— Hahaha! Não sei como, olha o tamanho dessa barriga! Não se preocupe, eu estou bem, e o aperto foi por um bom motivo. — sorrio e ele suspira aliviado.

— É verdade, eu consegui. — murmura. — Graças a você! — olha sorrindo em minha direção e depois desvia o olhar para a minha barriga, que no momento estou acariciando. — É... eu posso tocar? — pergunta envergonhado, desviando os olhos.

Meu Eterno RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora