Como ficou assim?

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Autora On:

— Midoriya, é só você para me tirar de casa, ainda mais para fazer apenas uma massagem! — Tamaki sorri pequeno, lembrando da insistência do amigo para que saíssem.

— Primeiro, não é só "uma massagem", é A MASSAGEM! E segundo, não é porque você virou mãe que não tem mais que sair de casa. Eu entendo bem disso, afinal não paro de pensar no meu bebezinho... — suspira, melancólico. — Mas também somos seres humanos e temos que nos cuidar, você principalmente! — Aponta para o moreno, que dirige o carro. — Até porque você vai se casar em quanto tempo mesmo? Duas semanas?

— Uma semana e dois dias. — Desvia os olhos da estrada para olhar o menor sorridente. — Esses últimos dias passaram tão rápido e parece que eu só fiquei cuidando da Eri. Se não fosse pela empresa que Mirio contratou para organizar nosso casamento, com certeza nós não casaríamos por agora, afinal mal tenho tempo para fazer coisas bobas, como sair com um amigo. Não que antes eu fosse de sair, hahaha! — Ri, meigo. — Em todo caso, obrigado por se preocupar comigo, Midoriya.

— Não me agradeça, Tamaki, isso é o mínimo que eu faço sendo seu padrinho. Na verdade, eu deveria me desculpar por fazer tão pouco. — Desvia os olhos, entristecido.

— Imagina! Eu sei que está tão sem tempo quanto eu, para não dizer mais, e sei também como uma criança recém nascida dá trabalho, ainda mais quando ela é apagada a mãe. — Sorri, amável. — Não se preocupe, Midoriya, esse dia de beleza está de bom tamanho pra mim.

— Ah, Tamaki, você é mesmo um doce de pessoa. Não sei como o canalha Mirio não se envolveu com você na época de escola. — Bufa irritado, fazendo o outro rir. — Mas o que importa é que estão juntos agora e tem uma família linda. Bom, como eu conheço aquele idiota, sei que apesar de ele ter um bom coração, ainda é um idiota. Se caso ele te magoar, ou fazer qualquer outra babaquice, pode me falar que eu dou um jeito nele. — Olha para o moreno, confiante.

— Que bom saber disso, pode deixar que eu falo sim. E respondendo sua primeira dúvida, na época da escola a gente até tentou no final no nosso ano escolar, mas por conta de minhas inseguranças e outros motivos, acabamos não dando certo. O fato também de ele ter sido um "canalha", como você mesmo disse, ajudou a nas minhas inseguranças. — Suspira. — É bem chato quando seu companheiro é popular entre as pessoas. Agora eu lido bem com isso, mas na época morria de ciúmes, afinal todos da escola eram loucos por ele... Bom... — Fica pensativo —, Se eu não me engano, até você tinha um crush por ele. — Olha para Izuku, vendo-o vermelho da cabeça aos pés por conta do que acabou de escutar.

— É... é... bom... é que... era coisa de criança, sabe... — Sua voz falha por tamanha vergonha, só de lembrar que chegou a beijar o noivo do amigo. — Em minha justificativa, pelo fato de ele ter sido o discípulo do meu pai, nós éramos muito próximos e eu acabei tendo uma certa admiração por ele, mas não nesse sentido, quer dizer... hoje eu sei que não era nesse sentido, mas na época eu não sabia distinguir. Eu era muito bobinho e acabei caindo na lábia dele — murmurou, pensativo, logo arregalando os olhos, percebendo o que disse. — Quer dizer, não é bem isso que você ‘tá pensando!

— Hahahaha! Ai, Midoriya, você também é um doce de pessoa! Haha! — diz em meio ao riso. — Eu sei de tudo, não se preocupe. Sei que tudo não se passou de um beijo inocente, Mirio me contou. E não, eu não perguntei nada, ele me contou por que quis. Acho que foi para eu tirar qualquer dúvida que tivesse sobre os seus sentimentos por nós. Mesmo se tivesse acontecido mais do que isso, ou se vocês tivessem até namorado, eu não deveria ficar chateado, até porque nessa época nós nem estávamos juntos e, por mais incrível que pareça, o Mirio é o meu primeiro amor e não namorado, então ele não é o único que se envolveu com outras pessoas antes. 

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