Meu Eterno Rival

O mestre deseja que eu fale?

Shoto On:

Finalmente cheguei em casa. Demorei mais do que esperava naquele teste, mas em vista da dupla de loiros que ainda estão lá fazendo, eu até que fui muito bem. Só quero ir logo para o meu quarto e ficar duas horas na banheira. Passo pela sala, vendo uma movimentação na piscina, e não dou importância. Subo as escadas com um pouco de preguiça pelo cansaço e paro em frente à porta do quarto, pegando a chave do bolso. Antes que eu virasse a chave, percebo que esta já está destrancada. Que estranho... eu tenho certeza que tranquei quando sai. Será que foram aqueles idiotas?

Penso enquanto abro a porta lentamente, me deparando com um quarto perfeitamente arrumando do jeito que estava quando saí. ESPERA! Eu tenho certeza que não deixei a janela aberta. Me aproximo para fechá-la, mas antes olho para baixo, em direção ao som de risadas e barulho da água, vendo meu pai, seu noivo e o anão dentro da piscina. Olho melhor e percebo que ele está de uniforme dentro da água. Só ele pra fazer uma idiotices dessas mesmo. Fecho a janela antes que eles me vejam e me chamem para entrar também, só falta essa.

Izuku On: 

Meu Deus do céu! Eu nunca pensei tão rápido na minha vida, nem quando eu ‘tô em missão eu ajo desse jeito. Ainda bem que eu não usei o meu poder, pois ia deixar uns rastros de raios para trás e ia ser descoberto. Bom, agora é melhor eu ir tirar essa roupa molhada, já foi difícil convencer o meu pai que eu estava testando um pulo novo. Entro em meu quarto, tiro a roupa, e entro na banheira, pegando meu celular que, graças a Deus, é de uma marca boa, pois não queimou com a água. Assim que destravo, sorrio ao ver um monte de mensagens e ligações perdidas de Uraraka. Não é para menos, ela deve estar pensando que eu ‘tô morto uma hora dessas. É melhor eu ligar para ela e dar sinal de vida, além de tirar umas dúvidas sobre o que eu ví.

                           《》

Shoto On: 

Depois de quase uma hora na banheira, me visto com uma camiseta branca simples, um shorts mole cinza e vejo uma mensagem de Bakugou avisando que vai demorar, o que me faz pensar que Denki também irá, já que os dois não se desgrudam.  Aproveito que nem um dos dois virá agora para ir atormentar um certo anão e tirar algumas dúvidas que estão na minha cabeça desde que cheguei.

Percebo que a porta está destrancada e entro sem bater mesmo, me deparando com a coisa mais sexy que já vi na minha vida. O anãozinho está apenas com uma calcinha preta de renda sentado na ponta da cama e passando creme em suas pernas. Bom, ele estava até eu entrar e ele se esconder embaixo da coberta todo vermelho e muito fofo, me fazendo parar com a cara de paisagem e focar no que havia vindo fazer, mas — no fundo — me pergunto se ele usa isso toda hora.

— V-o-cê não sa-be b-ater na po-rta? — o ouço gaguejar baixinho ainda debaixo da coberta. Confesso que vê-lo assim me deu vontade de puxá-la só para admirar mais o seu corpo.

— Pelo menos eu não entrei enquanto você não estava e fiquei mexendo nas suas coisas. — digo sério com os braços cruzados. Vejo sair uma cabeleira verde do meio das cobertas, me olhando com os olhinhos arregalados.

— Como você sabia? — pergunta surpreso.

— Além de estar tudo aberto, ninguém naquele quarto tem seu cheiro enjoativo de bebê. — o-olho sério.

— Droga! — murmura. — ‘Tá, foi mal, eu não vou mais entrar. Agora dá licença, eu preciso vestir roupa! — diz deixando apenas seus olhinhos para fora, me fazendo rir por suas palavras. — Qual é a graça?