Ele não está morto

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Autora On: 

— Você não vai me obrigar a enfiar esse hambúrguer por sua goela abaixo, não é mesmo, Izuku? — Dabi diz irritado para um pequeno montinho verde na cama o encarando com os olhos franzidos, como se estivesse o desafiando. 

— Eu não vou comer. — Izuku fala inflando as bochechinhas.

— Eu não vou falar de novo. — diz sério.

— NÃO! — faz birra.

O moreno bufa e sobe na cama, se aproximando rápido de Izuku, esse que tenta fugir de si, mas Dabi consegue pegá-lo pela a cintura e colocá-lo sentado à contragosto como bebê em seu colo. Segura em seus braços com uma mão, imobilizando-o, e com a outra pega o hambúrguer, enfiando com certa brutalidade na boca do pequeno que, por estar se debatendo e gritando, não tem tempo de impedir o ato.

— Come! — Dabi enfia a comida na pequena boca, que mal entra um terço do pão. Izuku balança a cabeça com dificuldade, negando e fazendo o moreno fechar os olhos e suspirar irritado, antes de voltar a encarar o pequeno em seus braços, sorrindo malvado. — Se o baby não comer, vai levar choque, e eu vou garantir que seja bem forte... — Midoriya arregala os olhos por conta das palavras duras e começa a mastigar devagar, levando o maior a brotar um sorriso vitorioso no rosto.

Depois de Izuku ter comido todo o hambúrguer e algumas batatas, Dabi finalmente o soltou, esse que praticamente pulou de seu colo.

— Não me chame mais assim. — diz baixo.

— Assim como? Izuku... não... o baby? Por que não gosta de ser tratado como uma criancinha? — zomba do menor. — Ou não gosta que ninguém diga além do Todoroki? — suas palavras fazem Izuku arregalar os olhos surpreso. — HAHAHA! Olha só, foi só um palpite, mas pela sua cara parece que é verdade. Que senhorzinho pervertido você é, Midoriya. — sorri de lado.

— CALA A BOCA! — grita irritado e corado. Dabi ri baixo e começa a tirar a camisa preta, logo depois a calça, fazendo Izuku olhá-lo assustado. — O que você pensa que está fazendo? — pergunta sem entender.

— Não é óbvio? — fala cinicamente tirando a cueca, Izuku vira o rosto. — Eu vou tomar banho, afinal esse quarto também é meu. — vai até o sucinto guarda-roupa, abrindo-o. — Eu tomaria banho com você se não imaginasse o trabalho que vai me dar, e por mais que pareça interessante — sorri pegando algumas peças. —, estou atrasado para o compromisso de matar o meu irmão. 

— Irmão? — Izuku volta a olhá-lo.

— Ah, eu ainda não te disse, né? O Enji é o meu pai! O safado engravidou a minha mãe e depois sumiu, ele merece o prêmio de "pai do ano", não é mesmo? — diz enrolando a toalha na cintura.

— Você tem certeza que é filho dele? Não é como se todos esse anos eu nunca tivesse me deparado com vários "irmãos" interesseiros... 

— Bom argumento, mas... — mostra a mão em chamas azuis.

— Você não é a única pessoa no mundo que tem poder de fogo. — revira os olhos.

— A história é bem mais complicada... quem sabe mais tarde eu conto. — entra na porta do canto, ouvindo protestos do pequeno. Dabi toma um banho rápido e volta para o quarto vestindo sua roupa preta de couro. Termina de colocar o casaco e observa de canto, vendo Izuku olhando para o lado, ignorando-o e isso o faz rir baixo. — Como eu estou? Estou apresentável para um assassinato? — pergunta sorrindo de lado e o pequeno o despreza. — Eu gosto que as pessoas me respondam quando eu falo com elas. — diz sério.

— E você quer que eu diga o quê? Está lindo e boa sorte em matar o meu namorado! — sorri falso, fazendo o maior franzir o cenho e se aproximar da cama, puxando-o pela a corrente.

Meu Eterno RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora