Greve

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Shoto On: 

Ligação On:

— Mas você tem certeza que não tem problema? — pergunto pela segunda vez num tom angustiado.

— Sim, meio a meio de merda, se fosse assim tão fácil o Denki já era para estar no quarto filho! — Bakugou zomba do outro lado da linha, me fazendo sorrir pequeno imaginando.

Coloco o celular no viva voz e termino de fazer o café, o-colocando na bandeja recheada.

— Eu espero que seja mesmo... — suspiro. — Só me faltava essa, um filho aos dezessete anos de idade, hahaha! — rio de nervoso.

— HAHAHAHA! Já pensou? O playboy Todoroki com um pirralhinho, eu ia pagar para ver! Mas me surpreende que você não tenha se cuidado, logo você... 

— Nem eu sei como isso aconteceu. Ah, esse baixinho me tira a cabe... — paro de falar ao sentir um abraço por trás, sorrio ao reconhecer as mãozinhas.

— Bom dia, daddy... eu espero que esse "baixinho" não seja eu. — diz sonolento e brincalhão contra as minhas costas.

— Com certeza não é você, baby, até porque se fosse eu diria anãozinho. 

Me viro o encarando e vendo um anjinho com a minha blusa, que mais lhe parece um vestido, cabelos bagunçados e algumas gazes enfaixadas pela coxa junto de roxos pelo pescoço. Seria uma perfeita perdição se não fosse extremamente fofo, com ele coçando os olhos e bocejando a cada segundo. Não aguento apenas o admirar e o puxo pela cintura, invadindo a sua boca urgentemente. O pequeno responde a altura, puxando os meus cabelos com uma mão enquanto passa as unhas da outra pelo meu tronco o arranhando e me fazendo grunhir rouco.

Sem parar o beijo, seguro firme em seu pequeno corpo e o levanto, colocando-o sentado no balcão. Assim que ele percebe estar apoiado, cruza as pernas em minha cintura e separa o beijo devagar, puxando meus lábios enquanto me fita com sua cara safada e fofa ao mesmo tempo. Como ele consegue?

Saio de meu breve pensamento ao notá-lo chupando meu pescoço; eu posso até não sentir calor, mas essa boquinha com certeza me faz pegar fogo. Gemo rouco ao sentir uma forte mordida, me fazendo mover ambas as mãos até sua bunda e segurá-la com vontade, ouvindo-o suspirar contra meu ouvido. Aperto com mais força, apalpando-o, e ele se afasta devagar enquanto me olha com os olhinhos vermelhos.

— Daddy, não faz assim! Seu baby ainda está dodói. — diz fazendo biquinho e com a voz dengosa.

— Eu machuquei muito o meu bebezinho, foi? — acaricio suas bochechinhas vendo ele inflá-las, aumentando o bico.

— Sim, o daddy foi muito mal! — cruza os braços como uma criança birrenta, me fazendo rir baixo.

— Dizendo assim parece até que não gostou. — digo sorrindo de lado.

— É, bem... — desvia o olhar, envergonhado. — Você sabe que eu gostei. — cora. 

Sua atitude fofa me faz morder os lábios e aproximar para beijá-lo. Vejo ele fechar os olhos e me esperar, mas paro bruscamente ao ouvir o som de Bakugou gritando do outro lado da linha, me fazendo voltar a realidade e lembrar que estamos no meio de uma conversa, ou estávamos...

— EU AINDA ESTOU AQUI, MERDA! SE COMAM OUTRA HORA, MEU DEUS! AINDA É DE MANHÃ! E que porra é essa de baby e daddy? — esbraveja e eu reviro os olhos. Izuku se encolhe em meus braços envergonhado como se estivesse se escondendo.

— Primeiro, não é da sua conta, e segundo, eu transo a hora que eu quiser... Se você estivesse tão incomodado, teria gritado antes, por que não fez isso? Ficou com tesão, é? — sorrio sarcástico, e sinto um tapa no ombro vindo de Izuku.

Meu Eterno RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora