Minha cabeça pesava uma tonelada e meu corpo parecia não querer obedecer aos meus comandos.
Estava com uma bruta ressaca e só queria continuar na cama, mas eu tinha que levantar porque o trabalho me esperava e ainda tinha de fazer uma visita à creche que havia impedido de ser demolida. Então me arrastei para fora cama e fui tomar um banho frio, para espantar aquela dor chata do meu corpo.
Algum tempo depois já estava sentada a mesa do café.
—Bom dia, minha irmã! — Thomas cumprimentou-me com um beijinho na testa e sentou á minha frente na mesa. — Como está se sentindo depois da festa de ontem?
—Eu fui atropelada? — perguntei manhosa.
—Não! Só exagerou na bebida. — eu ri de soslaio. — O que Joshua Grant queria com você? — meu irmão indagou enquanto passava manteiga em uma torrada.
—Jogar conversa fora! — respondi, dando de ombros e me lembrando do louro quente naquele bar.
—Tome cuidado com ele, Eve! O homem é um predador sexual.
—Relaxa Tom! — eu ri diante da sua preocupação. — Não vou cair na conversa do Sr. Grant!
—Então, ele realmente tentou alguma coisa? —Não! — Thomas me encarou com aquela expressão desconfiada que deixava um vinco na sua testa. — Tom, deixa de ser paranoico!
—Eu tenho que cuidar de você! — meu irmão se sentia na obrigação de cuidar de mim desde que o nosso pai morreu.
—Eu sei me cuidar muito bem! — busquei a mão dele sobre a mesa, apertando-a num gesto carinhoso. — Só relaxe! — Ele assentiu com um abano de cabeça. — Estou indo a creche, você me acompanha?
—Achei que a Eliza iria com você! —Ela não gosta muito de crianças! —Ela não gosta muito de pessoas pobres! — Thomas soou arrogante. — Sua amiga é uma patricinha sem cérebro que acha que o mundo é um arco-íris cor-de-rosa. —Tom! Não seja tão malvado. — Eu ri daquela expressão desdenhosa em seu rosto.
—Me desculpe, Eve! É que suas amigas são tão... Ocas! — eu ri de lado, mas concordava com ele.
—Eu sinto saudades da Paige! — afirmei e a expressão dele mudou.
—Eu também! — havia uma nostalgia na sua voz.
Terminamos de tomar o nosso café e Tom me ajudou a pôr os brinquedos que eu havia comprado na mala do carro.
Fazer aquelas crianças felizes, me fazia um pouco feliz também e amenizava um pouco aquela sensação de vazio que eu sentia.
Depois da visita a creche, segui com meu irmão para o ARAS. Cavalos era uma das minhas paixões.
Eu iria me divertir um pouco pra variar, minha vida andava bem sem emoção, ultimamente!

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FINO TRATO
RomanceJoshua Grant e Evellyn Kavanaugh, dois empresários destemidos que apostam todas as suas fichas no poder e na sedução. O que começou com uma atração terminou em um romance para lá de fino TRATO, tanto no amor como nos negócios.