Thomas Kavanaugh - 25

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Eu estava ansioso para encontrar uma mulher, como ha muito tempo não me sentia. Christina tinha aquele diferencial que me encantava. Era uma mulher doce e ao mesmo tempo forte e dona de si. O tipo de atributo em uma mulher que me fascinava.

Finalmente a noite caiu e eu aproveitei para passar numa floricultura e comprar lírios antes de ir buscá-la, optei por esse tipo de flor para fugir do clichê. Eu não queria parecer muito previsível.

Optei também por um traje mais informal com calça jeans desbotada, camisa pólo, jaqueta preta de couro e camisa pólo

Como eu costumava ser pontual, buzinei na porta da casa dela faltando poucos minutos para as 20 horas.

A porta se abriu e Christina saiu trajando um lindo vestido azul-marinho e salto alto, na mão a bolsa e um casaquinho, caminhou até o carro e entrou.

— Boa noite! — ela sorriu. — Que pontual! Diria que você é pontual como um britânico.

— Você está linda hoje, sabia?

— Obrigada! Você também não é de se jogar fora. — Ela sorriu animada. — Estou animada com este jantar. Há muito tempo não sei o que é sair com um homem para ter uma noite agradável.

— Então vamos fazer com que essa noite seja memorável. Onde gostaria de ir para jantar?

— Surpreenda-me. — disse ela. — Deixo em suas mãos para escolher o melhor lugar.

— Alguma alergia?

— Só de pessoas invejosas! — ela me fez rir. — Não tenho nenhuma alergia a alimentos, pode ficar tranqüilo.

— Vamos ao restaurante de um amigo meu. Ele faz o melhor risoto de camarão da cidade

— Hum! Com vinho branco para acompanhar! — ela fechou os olhos e os abriu. — Adorei!

— Ótimo! — sorri feliz por agradar e dei partida no carro. — E como está seu filho?

— Ele está bem. Hoje é dia de acampamento no jardim. — Ela riu. — Papai monta uma tenda no jardim e vai dormir com ele. Aproveitam para ler um livro ou ficar olhando as estrelas. August é o filho homem que papai não teve.

— E o pai dele? — perguntei cauteloso. — Perdoe a intromissão, é só curiosidade

— Ele não conhece o pai. Nem meus pais sabem. — Ela me olhou constrangida. — Espero que isso não seja um problema entre nós. Mas eu optei para que August não tivesse o desprazer em conhecê-lo.

— Foi tão traumatizante assim?

— Você não sabe como. — Ela riu. — Um dia te conto. Agora quero apenas me divertir e te conhecer melhor.

— Eu sou chato! — ele me advertiu rindo.

— Me conte mais sobre a sua chatice! — Ela jogou os cabelos para o lado.

— Eu tenho fama de festeiro, porque estou sempre em coquetéis, eventos beneficentes, leilões, saraus... Mas, é tudo pela empresa! Pra estreitar os laços,os contatos. A festeira da família é a Eve. Minha idéia de diversão é ficar em casa assistindo Supernatural! — ele riu

— Também gosto da calmaria da casa, apesar de que quem tem criança nunca é monótono. — Ela riu. — Gosto de festas, mas se não tem, não reclamo.

Ela tinha a voz doce e calma, de alguém que decidia as coisas com a mesma leveza de sua voz.

— E o que você realmente gosta de fazer

— trabalhar, viajar, brincar com meu filho, andar de bicicleta. — Ela riu. — Amadureci rápido demais. Fui obrigada por August. Então não tenho aquele fogo de viver a vida como às moças da minha idade.

FINO TRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora