Evellyn Kavanaugh

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Joshua Grant era uma criatura realmente interessante, eu tinha de admitir.

— Eu não esperava que alguém além de você tivesse esse nível de interesse na Summer Time, sabendo o quanto ela perdeu prestígio no mercado. — Tom afirmou me trazendo um drink.

— Acho que o Sr Grant gosta de um desafio! — emendei

— E esse desafio te deixou dois milhões mais pobres. — dei de ombros e provei do drink.

— Sem álcool, Thomas? — ele riu de lado.

— É um refrescante coquetel de frutas. Não reclame, beba!

— Gosto quando cuida de mim! — busquei a mão de meu irmão que riu de lado.

— Por que deixou a festa?

— Vim tomar um pouco de ar fresco.

— Sei! — Thomas deu de ombros. — Acha que a aquisição valeu à pena?

—Você sabe que sim! Prometi ao Sr Evans que ninguém mais ficaria com a sua empresa. Devemos isso a ele!

— É, Eu Sei! Quando nosso pai faliu, ele foi o único a nos estender a mão.

— Devia voltar à festa! — meu irmão me encarou. — Vamos Tom, vá se divertir um pouco. — meu irmão sorriu e beijou minha testa. — Eu entro já!

Estava prestes a seguir meu irmão para dentro,quando a visão de Joshua Grant se debruçando no parapeito,na direção oposta a minha, chamou a minha atenção. Pensei em ignorar, mas movida por uma força maior, me peguei indo na sua direção.

— Olá, Sr Grant! — consegui surpreendê-lo.

Ele se virou e sorriu a me ver, enfiando as mãos no bolso.

— Achei que já tivesse ido embora. — Ele esperou que me aproximasse. — Feliz?

— Satisfeita!

— Muito bom. — Ele me olhou de uma forma como se esperasse uma provocação.

— E o senhor? Feliz?

Ele olhou em volta fez um bico e deu um passo a frente voltando a fazer aquele gesto sexy passando o polegar nos lábios de quem estava louco para matar a cede.

— Eu não estou feliz porque perdi uma boa oportunidade... — ele disse rouco e sexy. — Mas feliz por não ter perdido um único centavo. — ele deu de ombros soando cafajeste. — Eu faria deste último andar um ótimo apartamento com uma cama redonda bem neste ponto, transaria com uma mulher colada naquela vidraça.

— Uau! Estava disposto a pagar apenas pra comer uma mulher colada àquela vidraça? — Apontei na mesma direção que ele.

— É! — Ele deu mais um passo chegando bem perto. — Depois eu veria a implosão e 'bum'... Dinheiro rolando na minha conta. E não foi um milhão e meio e sim um milhão e oitocentos milhões. — Ele disse no meu ouvido. — Quem sabe você não me deixa realizar o sonho e ser você a mulher grudada naquela vidraça enquanto grita o meu nome.

Ri de soslaio, além de bonito, ele era intrigante, eu tinha de admitir.

— Isso acabaria com os meus planos pra esse lugar. Gosto da Summer Times de pé.

— E onde repetiríamos a dose? — Ele me encarou com seus olhos azuis vibrantes.

— E quem disse que faríamos isso?

— Eu faria. — ele sorriu arteiro, sexy demais para um único homem.

— Não sou o tipo de mulher que está acostumado, Sr Grant!

— Então me deixe tentar... — ele olhou para o pessoal que ainda tagarelavam. — Mande está gente embora e te mostrarei se dou conta. Eu gosto da proposta, você não?

Ela me puxou pra si, me beijando ousada, depois me afastou bruscamente.

— Não vou ser mais uma das suas conquistas a ser dispensada, Sr Grant!

Ele riu adorando a forma com que o beijei, passou a língua na boca.

— Eu não tenho pressa. — ele enfiou as mãos nos bolsos voltando a ter seu ar sério. — Teremos outros encontros.

Grant olhou para o senhor que fazia um sinal para ele.

— Foi um prazer. — Ele apanhou a minha mão e deu um beijo. — Até o próximo encontro.

E me deixou saindo com toda a elegância, entrou no elevador e acenou com a cabeça para mim antes das portas se fecharem.

— Ah, Tom! Entendi o que você quis dizer com "predador sexual"! — ele era gostoso demais

Voltei para dentro do salão e me juntei a Thomas.

— Aproveitando a festa, Mano?

— Adorando! — ele disse desdenhoso. — Por que não vamos para a empresa?

— Sabia que o Trovão vai correr na sexta! — emendei contente. — Você está certo! Já acabamos o que viemos fazer aqui. É hora de trabalhar e esperar que sexta seja melhor ainda. — Sorrimos uma para o outro e seguimos para a empresa.


FINO TRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora