Evellyn Kavanaugh - 21

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Acordei cedinho, observando o Deus grego deitado na minha cama, e não tive o menor pudor em admirar aquele corpo esculpido. Afaguei seus cabelos bagunçados, deslizei os dedos pela sua barba e segui contornando do seu pescoço até o tórax, sentindo a tensão do seu peito duro, desci com os dedos até a musculatura rija do seu abdômen, sentindo cada gominho bem definido entre meus dedos. Senti sua respiração acelerar e desviei meu olhar para o seu rosto, constatando então que ele estava acordado e me sorria lascivo. Antes que ele pudesse me dizer qualquer coisa, capturei seus lábios num beijo e lhe apertei seu membro que já pulsava ansioso. Passei a brincar com ele, masturbando-o devagar e fiz Josh se virar, beijei o seu pescoço enquanto me encaixava nele e gemi alto ao perceber que ele estava totalmente dentro de mim.

Josh agarrou a minha cintura, contendo os meus movimentos, me fazendo ir devagar, beijou minha boca e afastou os meus cabelos, prendeu os dedos em minha nuca e com a outra mão me fez ir mais rápido.

Ele brincava com meu corpo, ora me fazendo acelerar, ora fazendo justamente o oposto. Até que não resistiu e me virou na cama, ergueu minhas pernas, prendendo-as em sua cintura e voltou a me penetrar ousado e impetuoso, me arrancando gemidos de desejo e me calando com beijos para me conter, agarrei seus cabelos quando impulsionou mais rápido e mais forte o corpo contra o meu e gozei com ele, que se largou sobre mim na cama.

— Bom dia! — sussurrei em seu ouvido, beijando seu rosto.

— Bom dia! — Ele disse baixo acariciando meus cabelos. — Dormiu bem?

—Muito! — sorri e acariciei seu rosto. — Você é uma companhia maravilhosa

— Que bom. — Ele me beijou. — Preciso de um banho e ir trabalhar...

— Eu também! — quase pulei da cama. — O que meu irmão queria com você ontem?

— Dizer algo que não teve coragem de me contar. — Ele se levantou seguindo para o banheiro.

— E quer saber? Não estou nem aí com o que ele disse. — Ele abriu os registros do chuveiro para temperar a água. — Temos que aproveitar o que estamos vivendo. Porque eu gosto de você e gosto de ficar com você.

— O que ele te contou? — senti meu sangue gelar e minha garganta travou. — O Tom não tinha o direito de me expor! — levantei e o segui. — O que ele te contou? — repeti a pergunta

— Nada demais. — Ele sorriu para mim. — Estou esperando você me contar.

Acompanhei Josh, sentindo todo o peso do mundo nos meus ombros, e apesar da expressão serena dele,eu sentia que o Tom tinha falo demais e ele ia embora

— Você tem tempo. — Ele me puxou para dentro do box e passou a me banhar.

— Eu não sou mais aquela mulher, Josh! Eu... Não faria mais algo assim. Mas, o Tom ainda tem medo. Eu traumatizei o meu irmão, mas eu só queria que a dor acabasse. Foi demais! Minha mãe, meu pai, meu sonho de um casamento feliz... Tudo caindo por terra! Eu não agüentei.

— Entendo. — Ele disse virando-me para ele, segurou o meu rosto. — Você é uma mulher forte.

— Você pode ir sem culpa, tá? Eu não vou ficar magoada,você não precisa dessa carga nas suas costas.

— Está sendo ridícula com esse papo. — Ele me encarou. — sejamos práticos, ok! Você errou, sabe disso e não pretende repetir... Agora, se repetir vou saber que nunca foi a mulher forte e determinada que imaginei. Você não depende de um sentimento para ser feliz. Muito menos de um homem. Pessoas vêm e vão às nossas vidas... Espero que entenda o que estou querendo te passar.

Acarinhei o seu rosto e o beijei suave.

— Obrigada por me entender!

— Eu adoro você. Estou apaixonado por você, mas não quero que dependa de mim para respirar. — Ele me beijou.

— Já aprendi a minha lição! — sorri e o beijei.

Grant gargalhou e me deu a esponja para banhá-lo.

— Pode lavar as minhas costas?

FINO TRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora