Evellyn Kavanaugh - 16

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Observei enquanto Joshua se afastava, me indagando se aquilo realmente tinha acontecido? Será mesmo que ele tinha tentado entrar em contato comigo? E se o fez, como eu não recebi nenhuma ligação?

— Está tendo um caso com ele? — Eliza parecia ofendida quando me perguntou e eu quase ri, mas a ignorei totalmente. — Eu fiz uma pergunta, Eve! — revirei os olhos, eu não acreditava que ela estava mesmo tomando satisfações.

— Por que não vai aproveitar o buffet, Eliza?

— Está ou não tendo um caso com ele, Eve? Eu não acho justo que você me faça de boba.

— Você mesma disse que ele estava louquinho por você. Então, não entendo a razão da sua insegurança.

— Mas, ele parecia muito irritado com você, como se vocês tivessem alguma intimidade.

— Foi só uma noite, Eliza! Não se preocupe com isso. O seu bom-partido não vai fugir. Você só não pode garantir que ele lhe seja fiel!

— Posso sim! — ela riu de lado. — Afinal se um homem tem uma mulher como eu, ele não vai precisar de nenhuma outra.

— Você está certa! — concordei rindo sarcástica. — Vamos voltar ao leilão, eu preciso comprar um novo cavalo pro Aras.

Durante o resto do leilão, fiquei pensando no que Joshua havia me dito. Alguma coisa não estava batendo!

Acabei comprando um novo garanhão por 25.000 dólares e fui almoçar com Eliza depois dali.

Voltei para casa, depois de deixá-la na dela e tratei de ir falar com o meu chefe da segurança.

— Sr Elliot, como vai? — cumprimentei-o, era um negro alto e robusto na faixa dos quarenta anos de idade, eles costumavam reportar-se a Thomas, já que era meu irmão quem costumava contratar e gerenciar os empregados. — Será que o senhor poderia me fazer um favor, eu preciso que me esclareça uma coisa! — A expressão dele parecia esconder alguma coisa

— Me diga no que posso ajudá-la, senhora.

— Chegou alguma coisa pra mim nos últimos dias, que meu irmão achou que eu não devesse receber.

— Senhora, eu... — ele parecia estar medindo as palavras. Era claro que ele tinha algo a dizer, mas não queria comprometer ninguém. — Nós apenas cumprimos ordens.

— Eu entendo, obrigado por sua ajuda, Sr Elliot! — concordei sorrindo e segui para dentro, fui até o bar e me servi de uma vodca com água tônica, apanhei meu celular na bolsa e fui conferir a lista de rejeição e não me surpreendi ao ver o número de Joshua. — Ah, Tom! — ri de lado, eu não estava brava com ele, entendia aquela sua necessidade insana de me proteger. E eu precisava admitir que me sentia aliviada por não ter sido dispensada como uma meia velha.

Desbloqueei o número e mandei uma mensagem.

Eve — "O que estava escrito no bilhete que você mandou com as flores que eu não recebi?"

Enviei a mensagem e confesso que aguardei ansiosa que ele me mandasse uma resposta.

Josh — "Senti sua falta ao acordar.

Pensei em te levar em um passeio de Helicóptero, tomar café da manhã no aeroporto e planejar o próximo encontro. Senha do elevador: 030927

Respondeu ele.

Eve — "O convite ainda está de pé?"

A minha resposta foi imediata.

Josh — "Porque só agora desbloqueou o celular?"

Ele ignorou completamente a minha mensagem.

Eve — "Talvez eu sofra de bipolaridade"

Tentei brincar

Josh — "Você não tem cara de bipolar"

Ri de lado. Não adiantaria tentar fazer charme com ele.

Eve — "Foi meu irmão. Por algum motivo ele me quer longe de você." — Justifiquei.

Josh — "Eu sei que sou perigoso, mas nem tanto!"

"Vá para o ARAS. nós vemos lá"

Ignorei aquele tom insolente.

Eve — "Nos encontramos já—já!"

Josh — "Sem seguranças, por favor!"

Pediu ele assim que enviei a mensagem.

Eve — "Pretende me seqüestrar!"

Brinquei, mas a idéia não era ruim.

Josh — "Por um dia? SIM"

Respondeu ele me fazendo rir.

Eve — "Preciso levar roupa?"

Josh — "sempre é bom!"

Eve — "Tudo bem!"

Concordei e larguei o telefone no balcão, praticamenteengoli o líquido em meu copo e corri para o meu quarto, ansiosa como umaadolescente.

FINO TRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora