Evellyn Kavanaugh - 28

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Observei aquele grande cabeça-dura se afastar e sorri, abanando a cabeça em negativa.

— Meu pai costumava jogar com o senhor! — afirmei. — Ele dizia sempre que o senhor é o melhor!

— Estou velho. — disse ele verificando seu equipamento. — Naquela época eu jogava com garra e determinação... Hoje eu jogo para me sentir bem. — ele sorriu. — Você e o Sr. Grant não desistem, não é mesmo?

Simon me olhou apanhando um taco e apontando para o meu equipamento.

— Devia escolher um... O dia vai ser longo. — disse ele seguindo para o ponto de partida para a jogada.

— E quem tem as melhores chances? — eu ri de soslaio. — Aprendi a ser tão obstinada com meu pai, Sr Simon!

Grant estava de braços cruzados com o cabo do taco apoiado em suas partes baixas, deixando aquele volume marcado. Mesmo ele não ereto.

— Então, Sr Simon! — ele se preparava para dar uma tacada. — Eu tenho alguma chance de comprar, ou o senhor já fechou negócios com o Sr Grant?

— Você acabou de chegar. Porque não relaxa. — E ele deu a tacada como se não tivesse provocado, ficou olhando para ver até onde iria.

— Muito bem, meu amor! — A loura comemorou.

— O senhor continua sendo muito bom nesse jogo.

O senhor se lembra do meu pai? — tentei ganhar a simpatia dele.

— Lembro. Um maldito bêbado que adorava disputar seus bens. — Ele disse, mas não de uma forma pejorativa, como uma lembrança dos velhos tempos. — Eu gostava dele.

— Ele também gostava muito do senhor. — Ele sorriu. — Acho que adquiri esse espírito dele. Adoro uma boa disputa, mas nunca fui tão longe quanto meu pai. Ele arriscou demais até perder tudo!

— Seu pai era forte, destemido, mas... Sua mãe acabou com o homem forte que existia dentro dele. — Ele me olhou triste. — Ele depositou toda a sua confiança nela.

— É! Ela era muito boa em destruir tudo o que tocava.

Ele se voltou para o jogador a seguir.

— Este é o tipo de homem que sabe jogar. — Ele apontou para Grant que se preparava para a jogada.

— É, o Sr Grant também parece gostar muito de uma boa disputa!

Simon riu gostosamente e caminhou com seu taco em mãos deixando-me para trás, Josh apanhou seu equipamento indo para o carrinho elétrico para irem para a próxima jogada.

— É a sua vez. — Ele chamou a minha atenção, apontando para a bolinha.

Ajeitei o taco, pronta a efetuar a minha primeira tacada, sorri e finalmente consegui lançar a bola totalmente longe da sua trajetória.

— Acho que eu errei feio! — dei de ombros.

— Não se esqueça que está no time do Simon. E ele não gosta de perder. — Ele piscou para mim e entrou no carrinho.

— Eu vou ser mais cuidadosa da próxima vez, Sr Grant!

Ele olhou para as pessoas e me vou novamente.

— Devia ter avisado que pretendia vir.

— Achei que você soubesse-me mostrei confusa. — O que queria dizer aquele cartão?

Achei que fosse um convite.

Josh sorriu para mim, coçou a barba pensativa.

— Você tem até as 20 horas para convencer este homem a vender a empresa. Apareça no jantar no hotel em que ele está hospedado, aí quem sabe, te conto se era ou não um convite. — ele apertou o acelerador e saiu me deixando ali em pé.

FINO TRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora