Joshua Grant - 27

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Durante o trajeto para Málaga Hestan ligou dizendo que Simon estava em Marbela, aquilo me deu um acesso de raiva e quase joguei o celular longe. Odiava ser feito de idiota. Sei que Hestan não tinha culpa pela informação errada.

— Ache uma casa para alugar para uma semana, que seja reservada e em condomínio fechado. — pedi para Hestan antes de desligar.

— Hary! Mudanças de planos... Temos que ir para Marbela. — enfiei o celular no bolso.

— Temos que fazer um novo plano de vôo. — Hary se levantou indo até a cabine do comandante.

Agora eram duas mudanças, a aeronave que traria Evellyn até mim teria que mudar seu plano de vôo.

Não foi fácil ficar no aeroporto de Málaga esperando pela liberação do vôo, sentado no saguão do embarque executivo, era noite e comecei a achar estranho que o motorista ou até mesmo o piloto do jato não ter ligado para avisar que estavam embarcando, Evellyn também não me enviou mensagem e nem agradecimentos pelas rosas. Comecei a achar que tinha algo errado, de muito errado e algo me dizia que não iria gostar quando descobrisse.

Chegamos a Marbela por volta das 3 horas da madrugada, nesse meio tempo tive a confirmação de que Evellyn não havia embarcado no jato e nem estava em casa quando o motorista passou para apanhá-la. Provavelmente ela deva estar se fazendo de difícil por não ter avisado no momento em que viajei. Provavelmente alguém já teria delatado a ela que vim para Espanha sem avisar, e aquele recado apenas pedindo para que ficasse pronto, a fez achar que estava brincando com seus sentimentos. Paciência, quando voltasse explicaria porque da urgência da viagem.

Acabei ficando em um hotel próximo ao aeroporto e pela manhã segui diretamente para o campo de Golf onde seria o torneio.

Ao chegar fui direto para me inscrever e fazer a minha doação de 18 milhões de dólares para a causa apanhei meu equipamento e segui com o carrinho para o campo e me juntei com o pessoal, Simon ao me ver riu não acreditando que estava lá.

— Você não desiste, não é!? — ele apertou a minha mão.

— Eu não vou forçá-lo a negociar. Apesar de estar louco para fazer isso. Dar os argumentos porque deveria vender sua empresa para mim. — dei um tapa em seu ombro. — Por hora vamos nos divertir... e quem sabe a noite aceite a jantar comigo em seu hotel que está hospedado.

— Admiro homens que sabem separar a diversão com os negócios.

Dei risada concordando.

— Isso não quer dizer que não alfinetarei sobre o assunto.

— Muito bem... — disse ele perdendo a fala ao ver alguém se aproximar.

Virei-me e lá estava ela, minha linda namorava secreta, vindo em nossa direção, abri a boca e creio que o chão tremeu embaixo dos meus pés.

— Olá, senhores! — ela cumprimentou—nos com aquele sorriso alvo e sexy. — Espero não estar atrasada para o início do torneio. — Como vão, Sr Grant? Sr Simon?

Encarei o Sr. Simon e ele para mim. Coloquei o meu taco nas costas e segurei firme olhando para ela.

— Bom dia, Sta. Kavanaugh! É uma grande surpresa em vê-la em um torneio completamente masculino. — eu tinha vontade de tira-la daquele lugar a base de palmadas naquele traseiro lindo.

— Bom dia! — Simon disse tranqüilo. — O torneio é misto... Minha esposa está jogando também. — Ele apontou para a loura dos peitos de silicone e cabelos falsos.

— Pode se juntar a ela. — disse a Eve.

— Eu preferia me juntar aos senhores! — ela sorria. — Falei com a diretoria e eles não fizeram nenhuma objeção, a menos que os nobres cavalheiros não queiram a minha companhia.

Olhei para Simon esticando a mão, ele segurou.

— Jantar hoje às 20 horas? — perguntei.

— Eu te digo até o final do dia.

— Vou esperar ansioso. — sorri para ele e acenei para Eve. — Se me dão licença! Vou ajudar uma linda mulher a ganhar esse torneio.

Dei as costas puxando minha bolsa de tacos e me juntei com a esposa de Simon. Melhor paparicar a esposa e deixar que o velho morra de vontade de terminar a negociação antes que ele perca a mulher.

— Senhora! — coloquei minha bolsa de taco em pé e a cumprimentei, dando uma olhada em Eve que me encarava desgostosa. — Vim me juntar a sua equipe.

— Nossa! Isso é maravilhoso. — Ela deslizou a mão em meu peito. — Tenho certeza que vamos ganhar esse torneio. — ela abriu um sorriso enorme, apanhei a sua mão.

— Joshua Grant! A seus serviços. — Beijei sua mão demoradamente.

— Rosana... — ela disse animada até demais.


FINO TRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora