Joshua Grant - 18

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Foi um dia incrível e uma noite maravilhoso, romântico e quente. Começamos com um bom papo sobre a vida de frente para a lareira, sentados no chão apenas de roupões do banho tomado, a taça de vinho para tornar a companhia mais agradável e a noite perfeita. Amamo-nos ali no chão, deitados sobre a pele felpuda de um animal, provavelmente um carneiro abatido a um bom tempo.

Pela manhã voltamos para Nova York, ela comigo naquela caminhonete. Acabei deixando o transporte para animais no ARAS, assim se precisassem transportá-la para algum lugar, poderiam usar.

Parei próximo á casa de Eve, me virei para ela e a beijei demoradamente para que ela não se esquecesse da minha boca e do que vivemos.

— Vou sentir a sua falta. — disse antes de dar mais um beijo.

— Você será bem vindo sempre que quiser aparecer

— Agora tenho um bom motivo para ir até lá. — sorri para ela. — Obrigado por abrigar Estrela.

— Você não entendeu! Não é só lá! Você pode vir aqui quando quiser. — ela me beijou. — Vamos nos esconder da imprensa, mas não preciso manter segredo quanto ao Thomas! — ela deu de ombros. — Eu não conseguiria mesmo. Sou muito transparente

— Muito bem. Só diga a ele para não comentar com quem não se confia. Não agora.

— Thomas é discreto!

— Tudo bem. — sorri para ela e dei mais um beijo. — Agora vai, tenho que ir para o meu apartamento e me arrumar para o trabalho.

— Eu também! — ela sorriu alvo e me beijou. — Até logo,garanhão

— Até! Não se esqueça de pedir para sua secretária marcar a reunião sobre o complexo do shopping.

— É bom ver que você ficou empolgado! — Ela me deu um novo beijo e deixou o carro.

Ela atravessou a rua com elegância e entrou no pátio de sua casa e eu segui para o meu apartamento em Manhattan. O maior problema foi estacionar aquela caminhonete, ela não cabia no estacionamento do edifício, tive que colocar em outro local.

Entrei em meu apartamento e dei de cara com Hary na cozinha, sobre o balcão o seu notebook passando algo que lhe interessava, puxei a cadeira e me sentei passando a mão na nuca.

— Pelo jeito deu certo... A égua não está andando pelo apartamento. — Hary brincou.

— Ela está feliz! — sorri me sentindo ansioso. — Eu... Pedi Evellyn em namoro.

— Puxa! Grande avanço. — ele riu e me deu uma xícara de café.

— Vamos construir um shopping juntos.

Hary me encarou surpreso, apoiou as duas mãos no balcão e riu.

— Isso eu diria que é um grande avanço.

Dei risada com ele dando um gole no meu café.

— O que está te incomodando?

— Há! Eu não sei! — repeti o gesto de antes, passando a mão na nuca. — Detesto essa sensação de felicidade... Sempre que sinto isso algo de ruim acontece e tudo desmorona. — encarei meu amigo como se pedisse socorro. — Por hora pedi para que não revele o nosso relacionamento para não ter vazamento para a imprensa. Manter nossa relação segura.

— Temos o irmão... — Hary lembrou.

— Temos. Mas acho que ele não é o problema, ainda mais se Eve contar que estamos namorando. Não estou jogando.

— E qual o medo? — Hary mais uma vez cutucou.

— Não sei se fiz o certo... Não sei se devia ter começado um relacionamento...

— Esqueça o passado e se de uma chance meu filho. — Hary deu a volta pela ilha e se sentou ao meu lado. — Desta vez não há amigos ou qualquer pessoa que queira te derrubar. Eliminou todos aqueles que te traíram.

Sorri para ele e apoiei a mão em seu ombro.

— Você é meu único amigo que posso contar.

Hary deu dois tapinhas no meu rosto feliz em saber que confiava nele.

— Você é o filho que não tive... O filho que ajudou-me a sair do buraco onde havia me enfiado.

— Mesmo tarde, descobri que pai não é aquele que gera, mas aquele que cuida... — rimos. Ele não me criou, e se tivesse criado, eu seria o filho dedicado dele.

— Seja feliz! — Hary finalmente disse com os olhos marejados. — Ela é uma linda mulher. Determinada e acho que gosta de você verdadeiramente.

— É o que acho também! Eu sinto seu amor... — fiz uma cara de quem não iria gostar muito do que iria dizer. — Cometi um deslize e não sei se foi sem querer ou foi por querer.

Hary fechou os olhos.

— Filho! Já disse que não se transa sem se prevenir.

— Eu sei... Agora me sinto como um adolescente de 15 anos. — passei a mão pelo rosto. — A possibilidade de ser pai é grande... A não ser que ela se previna que acho improvável já que está sozinha há muito tempo.

— Deus queira que ela seja esperta.

Levantei-me depois de dar o ultimo gole no meu café, caminhei em direção a porta para deixar o local.

— Vou me trocar. Temos muito trabalho á fazer.

— Estarei esperando na garagem...

— Me espere na sala...

Deixei a cozinha e entrei no meu quarto a alguns metros, abri meu closet, apanhei um conjunto de terno preto, uma camisa branca, gravata preta com detalhes vermelhos e cinza.

Assim que terminei de me arrumar apanhei o celular para colocar no bolso e antes disso resolvi mandar uma mensagem.

Joshua — "Tenha um ótimo dia"

Enviei e sorri ao mesmo tempo colocando ocelular no bolso, puxei meu paletó e saí, Hary aguardava na sala e seguimospara a empresa.

FINO TRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora