Evellyn Kavanaugh - 36

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Ficamos um pouco mais de tempo na sala de estar após o jantar com Tom, Christina e o pequeno August. Mas eu resolvi me recolher mais cedo e arrastei Josh para o quarto comigo, queria passar um pouco mais de tempo com meu marido.

— Sabe que a minha ficha ainda não caiu que agora eu sou uma mulher casada. — Afirmei enquanto me desfazia das minhas roupas e substituía pelo meu pijama quentinho. — Não me olhe com essa cara de "O que?"! Agora que somos casados, você precisa conhecer meus pijamas confortáveis, quentinhos e brochantes! — eu ri. — A noite esfriou.

— Mesmo de pijamas você continua gostosa. — ele sorriu. — Vem para cama!

— Só um instante, Amor! — terminei de tirar a minha maquiagem e fui deitar ao seu lado. — Está pronto para olhar pra essa cara lavada todos os dias? — o puxei para um beijo.

— Deixe de bobagem. — ele riu.

Mordisquei o seu lábio e afaguei seus cabelos.

— Como foi o seu dia?

— Foi interessante. — ele disse afastando meus cabelos dos ombros. — Eu até me encontrei com uma mulher... — ele sorriu cafajeste.

— Espero que seja uma velhinha de setenta anos, totalmente imune ao seu charme. — eu sorri. — Me conte!

— A arquiteta... Quando voltarmos ao apartamento vai ver que tudo mudou. Até mesmo a cozinha. — Ele segurou o meu rosto e me beijou. — Porque colocou a calça do pijama... — ele apanhou a minha mão e me fez deslizar pelo seu peito até seu pau coberto pelo edredom macio.

— Porque está frio! — eu sorri. — Mas, estou pronta para ser aquecida.

— Senta aqui... Tira essa calça. Prometo que vai ser rápido para não atrapalhar o seu sono. — ele disse baixo, beijando meu pescoço, ajudando minha mão a subir e descer no seu pau ereto.

— E quem disse que eu quero que seja rápido?

— Então demore o quanto precisar. Hoje deixo com você se aproveitar de mim. — ele piscou para mim.

Levantei e fiz uma dancinha erótica, me desfazendo da minha camisa grossa e calçava, eu não usava nada por baixo. Josh me assistia admirado.

Afastei o cobertor do seu corpo e engatinhei sobre ele, o beijando.

— Eve, Eve! — ele me chamou duas vezes se deliciando com os beijos desferidos pelo meu corpo.

— Hoje eu tenho pressa, meu amor! Não me chupe, me coma!

Josh virou-me na cama e se deitou sobre mim, se encaixando devagar e se enterrando devagar, dando estocadas leves.

— Minha esposa! — Ele me beijou demoradamente.

— Meu marido! — Agarrei seus cabelos e o beijei fogosa

Josh acelerou num ritmo delicioso, metendo com vontade, tremendo em meus braços.

— Hum, como eu estava com saudades! - O abracei e gozei.

Josh gozou comigo inundando-me e desabou ao meu lado ofegante.

— Como é bom ter você em meus braços.

— Vai ser muito fácil me acostumar a isso todas as noites! — Beijei seu rosto e me aninhei a ele, estava prestes a dormir quando meu celular começou a tocar.

— Vou ter que atender, pode ser o Winston, meu advogado! Pedi pra ele ficar de olho nas finanças do Simon, quero ver se ele fax algo que possamos usar a nosso favor

— Evellyn! É Eliza! — disse ele parecendo desconfiado e me entregando o aparelho.

— O que será que essa maluca quer?

— Eve! Você está me escutando? — ela quase gritou do outro lado do aparelho.

Pedi a Josh que fizesse silêncio e respondi

— O que foi? Aconteceu alguma coisa pra você me ligar a essa hora?

— Garota, eu estava vendo algumas matérias no site da revista BELLA e fiquei chocada com as insinuações que fizeram a nosso respeito! — seu tom tinha um tom dramático e teatral. — Eles estão sugerindo que eu e você estamos em meio a uma disputa pelo coração de Joshua Grant?

— Como? — emendei rindo e encarei Josh.

— Vocês foram vistos juntos num leilão e eu passei um tempo com ele naquela festa. Você sabe! — ela insinuou e aquilo me irritou.

— A mídia gosta de especular, Lizzy! — a tranqüilizou.

— É que eu não quero que esses boatos abalem a nossa amizade!

— Não abalou, Lizzy!

— Eu posso ficar tranqüila quanto ao meu flerte com o Grant, então?

— Claro, querida! Tenha uma boa noite! — desliguei o aparelho e fui fazer uma busca no tal site de fofocas- Olha só isso! — passei o telefone pra Josh.

Josh se ajeitou na cama para ler a matéria.

[...] (Josh Grant) tem sido disputado por duas grandes amigas, (Eliza Warner) e (Evellyn Kavanaugh) do grupo KAVAN. Segundo fontes, as duas estavam num leilão de cavalos de corrida e foram vistos juntos. O rapaz parecia um pouco afoito para chamar a atenção das duas, dando um lance de 100mil dólares a uma égua que havia ganhado o grande premio.

Dias depois E.K. Estava jogando Golf com nada mais, nada menos Joshua Grant...

Josh me encarou erguendo uma das sobrancelhas.

— Entende porque odeio expor a nossa vida particular? — ele me devolveu o celular. - Bando de... - ele resmungou.

— Olha só essa "... Há socialite Eliza Warner, foi vista com o empresário numa festa beneficente e parecia bem íntima e descontraída ao lado dele. Logo depois os dois sumiram e voltaram à festa minutos depois em uma atitude digamos... suspeita! Será que o solteirão mais badalado de Manhattan está com o coração dividido entre as duas beldades?" — ri alto depois de ler aquilo. — Não leve tão a sério, Josh! A idéia de um triângulo amoroso rende jornais.

— Jesus! — ele passou as mãos ao rosto. — Eliza é a ultima mulher que gostaria estar... — ele me encarou desgostoso. — E quer apostar quanto essa moça vai ficar no meu pé.

— Eu não duvido! Você a ouviu, ela pretende continuar o "flerte"!

— Que continue... — ele se deitou na cama. — E o que vai fazer sobre isso?

— Eu? Absolutamente nada!

— Imaginei! — ele me encarou. —- Amanhã vou mandar flores para ela... — ele fechou os olhos se aconchegando no travesseiro.

— Ela vai dar um jeito da imprensa saber disso! — eu ri. — Eu realmente acho que qualquer esforço da nossa parte pra desmentir essa história, só vai atiçar ainda mais a curiosidade sobre as nossas vidas

— Concordo. Mandarei flores para você então! — ele sorriu. — Vem dormir.

Desliguei o celular e me aninhei a ele

— Boa noite, meu amor! Quero acordar com você todas as manhãs.

— Boa noite, meu amor! — ele beijou meus cabelos. — Com certeza vai enjoar da minha cara! — rimos.

— Vai ter de me agüentar! — sorri e bocejei.

FINO TRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora