Acordei naquele quarto com meu celular tocando olhei para o lado e nada de Evellyn, ela tinha ido embora sem ao menos deixar um bilhete. Levantei-me dando uma volta pelo apartamento e realmente constatei que ela não estava. Tomei um banho e fui para o heliporto do edifício para me levarem para o aeroporto e de lá para São Francisco.
Assim que entrei no jatinho, puxei o celular e vi que marcavam 9 horas da manhã, procurei o número de Evellyn e fiz uma ligação fechando os olhos, pois eu estava dando margem para ela saber que eu estava realmente interessado em sua pessoa, mas para a minha surpresa deu ocupado, olhei para o aparelho para ver se realmente era o número certo, disquei novamente e deu o mesmo problema. Desliguei o aparelho para podermos decolar e só fui tentar ligar novamente 5 horas depois, quando chegamos em São Francisco, e como antes deu ocupado.
A semana passou, enviei flores, enviei mensagem e não obtive retorno, deixando claro que foi apenas sexo.
— Sr. Grant! — Hary entrou no escritório.
— Então? — perguntei.
— As flores foram devolvidas... A empresa ainda tentou reenviar, mas parece que ela recusou.
Larguei a caneta sobre os papeis respirando fundo profundamente chateado.
— Não acredito que estou sendo dispensado desta maneira. — dei risada me achando um verdadeiro idiota. — Bem! Se ela não quer... — encarei meu amigo e motorista. — Não vou mais insistir. Vamos voltar ao trabalho, logo teremos que voltar para Nova York.
— A empresa de decoração quer saber se vai ficar com os móveis da cobertura Summer Times.
— Sim! Diga a Florence para efetuar o pagamento. — apanhei a caneta novamente. — Vamos deixar por conta da Sta. Kavanaugh decidir se vai manter o apartamento ou...
— Sim, senhor! — Hary saiu sem jeito do meu escritório.
Esperei que ele saísse dando a entender que tinha aceitado aquele jogo e a derrota pela primeira vez, mas no fundo estava puto com o desprezo depois de tudo que fiz para proporcionar a noite mais romântica que já tinha feito em toda a minha vida. E não teria mais volta, desprezo é desprezo.
Às 22 horas estava entrando no jatinho para voltar para Nova York e para a minha surpresa Elizabeth me ligou para dizer que sábado haveria uma comemoração do aniversário de sua esposa, David. Aceitei com prazer, pois eram uma família por demais alegre e gostava de estar em suas festas, sempre muito animada e cheia de mulheres lindas.
O jeito era voltar aos tempos de predador.
Cheguei em Nova York as 3:30 horas da madrugada, Nova York estava dormindo, quieta e com poucos carros na rua, chegamos até rápido ao meu apartamento em Manhattan, tirei a roupa e caí na cama, acordando no dia seguinte as 8 horas da manhã. Tomei meu café, me vesti para a corrida e para o treino diário na academia e saí.
— Temos o aniversário de David esta noite. Enquanto treino na academia, poderia ir até uma loja de antiguidades e comprar uma estátua, sei lá... — pedi a Hary.
— Claro, senhor! Vou a uma loja que tem muitas coisas que o Sr. Green gosta.
— Obrigado, Hary! Não sei como seria a minha vida sem você. — Toquei em seu ombro antes de descer do carro para entrar na academia
Treinei como um leão, deixando meus músculos cansados, mas a alma mais tranqüila depois de deixar toda a minha raiva na esteira, e aparelhos de musculação, voltou para casa numa corrida, com fones de ouvido nas orelhas escutando o jornal da manhã de NY.
Tomei um banho demorado em minha banheira, entre uma chamada ou outra, pois o mundo dos negócios não podia parar.
Às 18 horas estava pronto para seguir para a casa dos Green, entrei em meu Mercedes esportivo e segui para lá. Hary estaria de folga no final de semana, e hoje era dia de caçada, levar uma mulher para o hotel e fazê-la implorar pelo meu nome.
Na entrada da mansão havia muitos carros, parei e o manobrista veio pegar o meu carro.
— Deixe em um local de faço saída, não quero me demorar. — entreguei a chave para ele assim que concordou.
Apanhei o presente o banco do passageiro notando que era bem pesado para o tamanho da caixa. Segui para a porta principal.
— Joshua! — a Sra. Elizabeth veio cumprimentar-me com um abraço. — Você está lindo!
— Obrigado, Elizabeth! — dei um beijo em seu rosto. — Trouxe uma lembrança para o Sr. David.
Logo na entrada avistei Eliza, uma conhecida socialite, muito bonita e do tipo cabeça vazia que eu gostava levar para a cama. Adentrei com Elizabeth grudada no meu braço.
Cumprimentei algumas pessoas, conversei com outras até chegar a Eliza.
— Há quanto tempo. — Sorri para ela e dei um beijo em seu rosto. — Por onde esteve?
— Sr Grant! — ela sussurrou meu nome sensualizando e afastou a franja loura dos olhos. — Como vai? — ela tocou meu ombro
— Melhor agora com a sua presença. — sorri para ela. — Agora sei que esta festa não ficará chata, com convidados tagarelando o tempo todo e falando de negócios. — Dei o braço para ela. — Me acompanha até o jardim?
— Claro! — ela concordou, enlaçando o braço ao meu, era visível que ela estava a caça de um marido rico e me via como uma presa fácil. — Vamos respirar um pouco de ar fresco
— Veio acompanhada? — perguntei seguindo para a grande porta.
—Estava esperando por você! — Ela tinha uma voz irritante, ainda mais quando tentava soar sexy
— Mentira! Nem sabia que eu viria. — Parei próximo á piscina. — Soube que esteve em Veneza... Lançando outra coleção ou férias?
— Fui a passeio! Veneza é um lugar lindo, mas eu prefiro Dubai. Adoro fazer compras!
— Concordo. Eu já gosto do pólo comercial que Dubai nos trás. — Apanhei duas champanhe, uma entreguei a ela e a outra dei um gole, notando que a alguns metros um homem observávamos.
— Aquele é Thomas Kavanaugh? — perguntei a Eliza, pois sabia que ela conhecia esse pessoal muito bem.
— Sim! — ela disse com uma expressão não muito amigável — É estranho que ele tenha vindo e a Eve não. Ele não costuma ser muito sociável.
— Tem visto Evellyn? — perguntei curioso, a uma semana que não tinha notícias dela.
— Conhece a Eve? — ela pareceu desconfiada. Bobagem a minha! Eve é uma grande investidora, Claro que o senhor a conhece. Estive com ela ainda hoje. Ela estava um pouco indisposta! Acho que ela não veio por outros motivos, mas não vou ser indiscreta ao ponto de comentar isso. Ela não conseguiria manter o silêncio por muito tempo então emendou. — Dizem as más línguas que ela já andou dando uns amasso com o Paul! — era o filho mais velho do Sr David. — Mas acho que são apenas boatos.
— Bem! A vida pessoas não me interessa muito. — disse me virando. — Eu já volto. — disse dando um jeito de sair de perto, pois não gostei do jeito em que disse de Evellyn.
Deixei Eliza com outro convidado que se aproximou e fui em busca de outras conversar um par melhor para levar para a cama, encontrando-me com o Sr. David.
— Meu jovem! Eu adorei a escultura de um lindo cavalo árabe. —ele disse contente. — Venha! Quero lhe mostrar aonde mandei colocar.
— Claro! — O segui para o escritório e lá estava a escultura de frente para a janela, deixando um charme no ambiente.
Sentamos e começamos a conversar sobre os negócios e política, o Sr. David adorava falar em política, sempre envolvido nessas questões até que sua esposa o chamou e eu fiquei sentado, olhando para aquela escultura e imaginando ela maior para enfeitar o ARAS de Evellyn.
— Não! Ela não merece... — disse baixo para mim mesmo.
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FINO TRATO
RomanceJoshua Grant e Evellyn Kavanaugh, dois empresários destemidos que apostam todas as suas fichas no poder e na sedução. O que começou com uma atração terminou em um romance para lá de fino TRATO, tanto no amor como nos negócios.