FINO TRATO

Joshua Grant - 17

Parado diante daquela égua e me vendo ter que dirigir uma caminhonete F4000 com engate para cavalo, nunca tinha imaginado que chegaria a esse ponto por uma mulher. Provocar Evellyn era a coisa mais deliciosa do mundo.

— Sr. Grant! — Hary me tirou dos meus devaneios. — tem certeza que não que vá junto?

— Não! — sacudi a cabeça acariciando o focinho do animal. — Não me faça desistir, porque essa égua nem cabe no elevador do apartamento. — Ele riu e concordou se afastando. — Aproveite e descanse.

— Claro! — ele disse entrando no Jaguar. — Vamos lá garota! Você vai conhecer seu novo lar.

— Enfiei o celular no bolso da calça, fechei a baia do transporte e segui estrada a fora para o ARAS de Evellyn.

Durante o trajeto me senti até confortável em dirigir aquela F4000, ela era bem macia e Hary fez um ótimo trabalho em escolher uma caminhonete que gostaria de ter, e ela seria mais uma na minha garagem.

Depois de duas horas entrei na estrada de terra que dá para o ARAS, por sorte a porteira estava aberta indicando que Eve estava na casa. O lugar era maravilhoso e no pasto estavam sete animais correndo curiosos em me ver chegar. E a égua branca de Eve estava entre eles.

Avistei a casa e estacionei próximo, Eve saiu e começou a rir quando coloquei o chapéu de cowboy, usando uma camisa xadrez azul e botas de couro de jacaré.

— Achei que estaria a caráter! — Fui até ela segurei o seu rosto. — Oi! — E a beijei sem esperar que cumprimentasse.

— Oi! — ela gemeu entre meus lábios e sorriu. — Você está um belo cowboy!

— Trouxe a Estrela para brincar com seus filhos. — A olhei. — Não trouxe a sua amiga sem cérebro, não é?

— Você queria que a trouxesse? Posso ligar pra ela!

— Não faça isso... Se quisesse ficar com ela, não teria mandado vir para cá. — Peguei em sua mão e a puxei para o transporte da Estrela. — Preciso de um lugar para ela ficar... Ela não cabe dentro do elevador e nem na minha cama. Uma pena, porque ela é linda! — abri o transporte e ela nos olhou confusa.

— Pagou 100 mil por uma égua e nem sabe o que fazer com ela? Você é inacreditável!

Suspirei e encarei aquele rosto dando de ombros para o assunto.

— Eu gosto do desafio e gosto de te desafiar. — rimos. — Eu pago pelo aluguel do estábulo, a comida, veterinário. Eu só não quero mais que ela corra. Digo! Correr para encher as burras de dinheiro. Quero que ela corra livre aqui ou no rancho que eu comprar.

— Claro! — ela concordou com um sorriso. — Vou cuidar pra que sua égua tenha tudo o que precisa. O Tom vai adorá—la!

— Vai contar a ele que é minha? — Desamarrei a guia e a puxei para fora, exibindo o lindo animal que ela era.

— Eu ou a égua? — ela riu de lado.

Olhei para ela e sorri.

— Quer ser minha? — perguntei sentindo o coração disparar.

— Vamos alojar a sua égua e discutimos sobre isso depois, de preferência na cama com uma taça de vinho.

— ótima idéia. — rimos e seguimos com ela para as coxias. — Aqui é bem mais cheiroso que no Jockey. — elogiei vendo Eve dar a égua para um dos seus funcionários.

—Cuide bem dela, Luigi! É nossa convidada de honra.

— Não use essa coisa nela, por favor! — Pedi o vendoele segurar um chicote.