Christina Green - 26

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Entrei no banheiro ofegante e me sentindo sufocada, parei diante do espelho e me olhei para tentar me acalmar.

E o que vinha na minha mente era o rosto de Zach, com aquele sorriso sarcástico de quem estava vibrando pela minha derrota em mais uma tentativa amorosa.

Virei-me ficando de costas para o espelha, pois não adiantava, seria para sempre assombrada por ele. Segurei minha bolsa e saí do banheiro, me espremendo entre as mesas até alcançar a saída às pressas.

O vento frio me fazia caminhar o mais rápido possível e nem pensei em pegar um táxi até que um esbarrão e acordei do meu pesadelo.

— Droga! — olhei em volta.

Ainda estava num local movimentado de Manhattan, olhei para o transito me colocando na beirada da calçada, abanando a mão para que um único táxi parasse para me levar de volta para a minha casa.

— Christina! — ouvi a voz de Tom as minhas costas.

— Não se preocupe comigo... — disse tentando fazer um maldito carro parar, mas sem sucesso, me virei para ele. — Você não precisa sentir pena de mim ou... Achar que sou uma completa idiota. Já entendi que é apenas amizade, eu confundi tudo, me desculpe.

— Do que você está falando, Christina? Eu só quero convencê-la melhor, para não ser precipitado! Eu fiz algo que te ofendeu? — ele tomou minha mão

— Eu não sei... Não sei! — agora estava tremendo e o olhei querendo chorar. — Estraguei tudo não é?

— Não! — ele sorriu e tomou minha mão. — Você é incrível! — ele acarinhou meu rosto. — O Tonio vai ficar triste se formos embora sem desfrutar do tempero dele.

Segurei firme a sua mão tentando decidir em voltar, só que estava tão desestabilizada.

— Perdi a fome completamente. — o olhei angustiada. — Quero ir para um lugar calmo... Por favor!

— Tudo bem! — ele deu de ombros e emendou. — Onde você quer ir?

— Podemos ir para a sua casa? — encarei aqueles olhos verdes. — Não estou querendo te seduzir ou algo do tipo... — sorri nervosamente.

— Eu não me incomodo se quiser me seduzir! — ele riu e me guiou na direção do restaurante. — Vou pagar a conta e pedir ao Tonio pra embalar a comida. Você realmente precisa provar a comida do Tonio.

— Está bem. — depois que pegou a minha mão não soltou mais até chegar ao restaurante.

Logo ele estava do lado de fora com a sacola de delivery do restaurante, apanhou a chave do carro e entrei sem esperar que ele abrisse a porta do carro e a fechei, Thomas se acomodou no banco do motorista colocando a sacola no banco de trás, nos olhamos e eu sorri para ele me sentindo uma verdadeira idiota, dando chiliques como uma garotinha mimada.

Mas já foram tantas tentativas que até perdi a conta.

— Sofri muito durante a faculdade... — comentei enquanto namorava as flores nos meus braços. — Tentei namorar, tentei paquerar, tentei e tentei... Mas não conseguia me soltar... — O olhei. — Zech foi o único que me teve e eu... Tenho pavor de me apaixonar novamente e não ser mais que sexo para o parceiro.

— Não vou magoar você, prometo! — ele sorriu e tomou minha mão, me puxando suavemente pra si, ele acarinhou meu rosto e me deu um beijo leve.

Tocar aqueles lábios pela primeira vez me causou um formigamento e meu coração se aqueceu, deitei a cabeça em seu ombro e ele dirigiu por Manhattan.

— É linda! — disse olhando para aquela fachada moderna. — E bem segura. — Olhei para os seguranças.

— Sou paranóico com segurança, admito! — ele afirmou e guiou o carro até a garagem, estacionando-o ao lado de um lamborghini amarelo. — Acho que a Eve está em casa. — ele afirmou apontando para o carro.

FINO TRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora