Christina Green - 23

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Já havia se passado quase duas semanas e o Sr. Kavanaugh tinha desaparecido do mapa, não havia me ligado como tinha prometido. Fiquei triste, pois havia gostado dele verdadeiramente.

Meus pais me chamaram para almoçar na Ave 56 Wst, num dos restaurantes preferidos dele, onde serviam a melhor lagosta.

— Oi! — dei um beijo em cada um deles. — Perdoe-me pelo atraso. A empresa está agitada. — Me sentei colocando o guardanapo no colo.

— Tudo bem! — disse papai. — Acabamos de chegar.

Sorri para ele e passamos a conversar sobre coisas cotidianas da casa, do meu filho e sobre a viagem que faria em quinze dias para a Itália.

— É a quinta vez que vão para a Itália! Porque não outro país? — eu queria entender o porquê daquela paixão pela Itália.

— Adoramos Santorini. — disse mamãe...

Virei para pedir ao garçom para trazer outra taça de vinho quando vi ao fundo o Sr. Kavanaugh conversando com outro senhor e não sei por que motivos ele olhou em minha direção, sorri sem jeito e acenei para ele. O garçom surgiu tirando toda aquela magia nos olhares.

— Mais uma taça de vinho, por favor! — pedi e me voltei para meus pais.

— É o Sr. Kavanaugh? — perguntou minha mãe observando.

— É sim, mamãe! — sorri para ela.

— Ficaram um bom tempo conversando no aniversário de seu pai. — ela me olhou. — Está acontecendo alguma coisa entre vocês?

Encarei minha mãe soltando os talheres.

— Mãe! Somos apenas colegas. E ele estava sozinho e eu fui gentil, apenas isso. — voltei a comer, papai ficou calado.

— Espero que você arrume um bom homem. — Mamãe deu um leve tapinha na minha mão e voltou a comer.

Confesso que às vezes eu olhava discretamente para a mesa dele, que parecia bem interessado no assunto que o senhor discutia no momento, achei que teria um possível encontro na saída, mas comecei a ter duvidas se isso seria bom, creio que era ilusão da minha cabeça em achar que sentia algo por mim como eu por ele. Não! Não era amor! Era algo como admiração e vontade de estar perto.

Encarei minha mãe soltando os talheres.

— Mãe! Somos apenas colegas. E ele estava sozinho e eu fui gentil, apenas isso. — voltei a comer, papai ficou calado.

— Espero que você arrume um bom homem. — Mamãe deu um leve tapinha na minha mão e voltou a comer.

Confesso que às vezes eu olhava discretamente para a mesa dele, que parecia bem interessado no assunto que o senhor discutia no momento, achei que teria um possível encontro na saída, mas comecei a ter duvidas se isso seria bom, creio que era ilusão da minha cabeça em achar que sentia algo por mim como eu por ele. Não! Não era amor! Era algo como admiração e vontade de estar perto.

Terminamos de almoçar e deixamos o restaurante, ajudei meus pais a entrarem no carro, acenei para eles e os vi se afastarem, agora precisava voltar ao trabalho e me pus a andar.

— Christina! — escutei uma voz me chamar e virei para ver quem era.

— Há! Olá! — voltei para cumprimentar Kavanaugh. — Como vai?

— Oi, eu esperava revê-la em breve! — ele afirmou sorrindo— Desculpa não ter te ligado, esses dias foram tão corridos. Você quer dar uma volta comigo?

— Há! Claro. — apontei para a direção para onde estava indo. — Se incomoda de irmos para a Helena Grant?

— Helena Grant?! Claro, como quiser. — ele concordou — E o seu filho?

— Está bem! — sorri. — Sapeca como sempre. E sua irmã, não está com você?

— Não, Eve está na empresa, parece que tentando passar o amado dela pra trás

— Não sabia que ela tinha um namorado. — o olhei curiosa. — É bem discreta.

— É recente! — ele deu de ombros. — Me preocupava muito, sabe? Mas, sei lá... Ele parece ser diferente do que a maioria

— Isso é bom ou é ruim? — indiquei a sorveteria e ele entrou comigo.

— É bom!Acho que é um cara legal! E eles rivalizam o tempo todo. É engraçado, e eu percebi que faz bem a Eve!

Dei risada e lhe entreguei um Magnum com chocolate suíço e peguei um de chocolate branco para mim.

— Eu pago. — disse querendo ser simpática. — dei o dinheiro para o caixa e saímos. — Quanto a você? Não está se envolvendo com alguém?

— Não! Uns casinhos eventualmente.

— Hum! — me fiz de espantada. — Está certo! — abocanhei meu sorvete.

Era difícil achar um homem que quisesse um compromisso. Parecia o meu chefe, vivia de casos, pulando de galho em galho.

— Não é o que você está pensando! — ele riu. — Você tem de concordar que as maiorias das mulheres do nosso meio quase sempre são frívolas, mesquinhas, cheia de si!

— Como a sua amiga Eliza! — disse r depois ri me arrependendo. — Desculpa! Sei que não tenho o direito de julgá-la.

— Amiga da Eve! — Ele deu de ombros e riu. — Nunca tive nada com a Eliza, se é o que quer saber!

— Não perguntei. — eu o olhei e ri, adorando aquela conversa. — Mas fiquei feliz em saber. — Parei de andar assim que chegamos próximo do Edifício. — Espero não ter te tirado do seu caminho.

— Não tirou! Eu ia almoçar e voltar para a empresa.

— Então não almoçou? — uma pontinha de esperança bateu, ele largou o almoço para me acompanhar, olhei no relógio. — Gostaria de te acompanhar em seu almoço, mas... Fica para a próxima. — Obrigada pela companhia.

Segurei em seu braço para poder ficar na ponta dos pés e dei um beijo em seu rosto.

— Você não pode me acompanhar no almoço, mas quem sabe um jantar?

— Bem! Vou me atrever e perguntar quando seria esse jantar, já que se esqueceu do meu número de meu celular gravado no seu aparelho. — ele riu achando graça mordeu o lábio inferior e me olhou.

— Hoje! — ele esboçou com um sorriso. — Não vou deixar a oportunidade passar de novo.

— Muito bem. Diga-me lugar e hora que estarei lá!

— Eu ainda sou um cavalheiro, Srta Green. Por que não me dá o seu endereço e eu vou buscá-la?

— Você já foi a minha casa! — dei risada pegando-o de calça curta. — Aniversário de meus pais... Eu moro com eles.

— Deus! Que cabeça a minha! — ele riu. — Posso ir buscá-la as oito? Você não vai mandar os seguranças soltarem os pastores-alemães sobre mim, né?

— Não se preocupe, é bem vindo. Agora preciso ir. Até a noite, Sr. Kavanaugh! — Sorri para ele e segui para a empresa, deixando aquele belo rapaz plantado olhando eu entrar.


FINO TRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora