FINO TRATO

Joshua Grant - 30

Foi uma semana incrivelmente maravilhosa, num lugar onde era apenas eu e Evellyn. Sem ter que nos esconder ou vigiar.

Não voltamos para o torneio durante a semana, deixando Simon completamente irritado, pois ele queria ser bajulado até decidir o que iria fazer.

Simon era o típico ricaço falido que não conseguia admitir para si próprio que estava destruído e pobre. Queria manter as aparências, mas sabíamos que isso não seria possível. Eve mexeu seus pauzinhos para que o processo de falência andasse mais rápido, eu e ela tínhamos feito uma estratégia para que ele vendesse para nós por um preço menor ainda. Antes estávamos dispostos a pagar o que ele pedisse, agora, não mais.

Seguimos para Miami, compramos um vestido de noiva lindíssimo para ela e seguimos para uma igreja onde iríamos nos casar.

Parados na porta da igreja, eu a olhei e sorri feliz.

— Você é tudo que pedi na vida. — acariciei sua mão que estava segurando meu antebraço.

— Quero só ver quando eu estiver velha e gorducha! — ela riu e me beijou

— Vou continuar te amando... — olhei para o meu corpo. — Uma lipo e umas plásticas podem resolver. — dei risada com a cara que ela fez.

— Eu não vou fazer plástica! — ela riu

— Está bem. Prefiro que envelheça naturalmente... — dei um beijo em sua boca. — Você está linda... Esse vestido de renda ficou muito bem e você. Guarde-o para a nossa filha se casar.

— Filha? — ela me encarou sorrindo. — E se só tivermos filhos?

— Então teremos que doar a uma das noras que quiser usá-lo. — rimos.

— Estão prontos? — perguntou o padre passando por nós.

— Mais que pronto. — ele me olhou.

Eve concordou com um abano de cabeça.

— Estou ansiosa!

— Quer que o pianista toque alguma música em especial? — perguntou o padre.

Encarei Eve para que ela escolhesse algo, dei de ombros.

— A Quinta melodia de Bethoveen! — ela disse em tom de brincadeira— Mozart? Talvez Chopin? — Ela continuava rindo. — Eu não sei, Amor! — ela deu de ombros.

— Filhos da lua (Hijo de La Luna)... Por favor! — pedi e a encarei e dei risada. — Você é vibrante demais... Vamos de algo mais leve.

Ela concordou com um abano de cabeça.

— Eu amo você!

— Também te amo. — sorrimos um para o outro e o fotografo tirou nossas fotos.

'Sim'! Eu queria fotos deste momento e Eve aceitou de prontidão.

A música pedida começou a tocar e o padre fez sinal para que caminhássemos pelo tapete vermelho. E era engraçado, pois invertemos totalmente a ordem. Ela deveria ser trazida pelo irmão até mim, mas eu não teria ninguém para me trazer até o altar. Sei que minha mãe estava lá, nos assistindo e dando sua benção, então preferi entrar com ela, tomada nos meus braços, pois eu a amava e isso era perfeito para o momento.

Ajoelhamos-nos diante do padre e ele nos abençoou com o sinal da cruz e passou a fazer o sermão, coisa rápida até por não ter convidados. Apesar de que Hary era o único ali como testemunha de nossa união e uma senhora que trabalhava com o padre aceitou ser a madrinha do nosso casamento e testemunha junto com Hary.