Evellyn Kavanaugh - 9

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Loucura! Era assim que eu poderia classificar o que diz com aquele homem no estábulo e eu não podia esperar até a hora do jantar.

Com certeza, agora Joshua Grant acreditava que eu era uma presa fácil, que ele desfrutaria de todo o prazer que pudesse sentir com o meu corpo e quando estivesse farto de mim, ele ia me dispensar. O que Joshua não sabia era que dois podiam jogar aquele jogo.

Segui para a casa depois daquela tarde deliciosa e tomei um banho relaxante, relembrando o toque daquele "Deus grego" em meu corpo, seria uma pena por fim aquele caso.

— Onde você estava? — Thomas indagou quando eu saí do banheiro, vestindo um roupão felpudo. Meu irmão nunca foi muito bom em respeitar o meu espaço.

— Fui ao Jockey Club.

— Ganhou? — ri de soslaio e Tom parecia estar tentando me decifrar.

— Dessa vez, não!

— O Trovão é temperamental! — ele pareceu se desculpar.

— Está tudo bem! Não dá pra ganhar todas.

Tentei esconder minha expressão de satisfação, Thomas tinha um radar, pra qualquer coisa que dissesse respeito a mim. Meu irmão era extremamente super-protetor!

— Você está estranha! — Thomas emendou e apontou para o vestido prato que eu havia escolhido e estendido sobre a cadeira. — Vai sair?

— Vou jantar fora?

— Com quem?

— Eu já estou grandinha,Tom!

— E essa sua resposta irônica só reitera o fato de que eu acho que você vai fazer besteira.

— Tom, não seja bobo! Vou sair para jantar com a Eliza. Eu te convidaria, mas...

— Não, obrigada! — eu já esperava esse tipo de resposta, meu irmão não suportava minha amiga, principalmente quando ela se insinuava pra ele a maior parte do tempo. Ela era a "mentira" perfeita!

Tom beijou minha testa e deixou o meu quarto, então aproveitei para ligar no número que Grant havia me passado, me certificando antes de trancar a porta, para não ser surpreendida pelo meu perdigueiro, porque Tom conseguia ser pior que cão de caça

— Grant. — ele disse do outro lado formalmente.

— Olá Sr Grant! Aqui é a Eve! — cumprimentei-o, deitando na minha cama.

— Sta. Kavanaugh! Sabia que estava pensando em mim. — ele disse parecendo relaxar.

— Como é pretensioso, Sr Grant!

Ele riu gostosamente.

— Espero que sua ligação seja para me dizer que está louca para o jantar de logo mais e pela noite que pretendo te proporcionar. — ele foi direto ao assunto.

— Na verdade, eu só liguei para confirmar o meu endereço.

— Muito bem... Estou com papel e caneta na mão.

Ri de lado e lhe passei o endereço, observando o vestido que eu havia preparado para a nossa noite memorável.

— Anotou direitinho, Sr Grant?

— Anotado... E tenho uma exigência a fazer. — ele disse com a voz maliciosa.

— Exigência? — estranhei. — Acho que não estava nos termos da nossa aposta.

— Não é nada demais. — ele riu. — Quer ouvir ou não?

— Você me parece um tantinho ansioso!

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