Um ponto final

368 37 20
                                    


Juliana Valdez

Como é bom está em casa, respirei fundo e soltei o ar levemente, aquele envelope ainda me tirava a calma, eu queria contar para Valentina mais primeiro eu precisava saber o que tinha dentro daquele envelope, senti os braços dela me envolvendo em um abraço quente, me virei pra ela olhando em seus olhos, fiz aquela carinha de cachorro que caiu da mudança.

-Julls: Amorzinho você tem certeza que não pode dormir aqui comigo?

Falei com voz de manha e ela selou nossos lábios.

-Valen: não meu amor, preciso assinar uns documentos da empresa, e tenho reunião bem cedo amanhã, se eu dormir aqui tenho certeza , que vou fazer tudo menos dormir.

Senti os lábios quente de Valentina em meu pescoço, ela tinha o poder de me tirar do chão, meu corpo inteiro arrepiou com seu toque, perdi a noção que ainda sentia dores em alguns lugares do meu corpo, fiz manha por mais alguns minutos, mais tudo que eu fiz foi em vão, ela tinha que ir pra casa.

Valentina preparou minha cama enquanto tomei um banho, separou meus remédios e colocou ao lado da cama, ela cuidava tão bem de mim, nunca em meus melhores sonhos eu conseguiria alguém tão perfeita assim, separou um pijama e ajudando a me vestir olhou em meus olhos.

-Valen: Amor você pode jantar sábado lá em casa? Vou chamar minhas amigas pra você conhecer.
-Julls: Claro amor, será um prazer posso levar Renata?
-Valen: Rê já está me ajudando com os preparativos amor.

Olhamos assustadas para porta do quarto, o sorriso se fez em meus lábios.

-Renata: Estão falando da mulher mais linda do mundo, porque ela acabou de chegar.

Não aguentamos e caímos na risada, o senso de humor de Renata era maravilhoso, Valentina tinha chamado Renata pra dormir comigo segundo ela precisava de cuidados especiais e como ela estaria muito ocupada, chamou minha enfermeira de plantão.

-Valen: Meu amor eu preciso ir, vai ficar bem?
-Julls: Vou sim meu amor prometo!
-Valen: Então tá bom meu amor, agora descansa.

Senti o abraço de Valentina mais uma vez, só que desta vez  mais apertado, cheio de saudade toda vez que me afastava, eu sentia um aperto no peito na verdade, era um tipo de dor estranha que eu nunca havia sentido por ninguém, nossa tristeza era quase palpável, me deitei devagar senti ela arrumar a coberta em cima de mim.

-Renata: Vem vou te acompanhar até a porta!
-Valen: Obrigada Rê, cuida dela pra mim e me liga a qualquer horário.

Vi as duas sair pela porta e sumir, fiquei ali olhando para o teto, olhei para o lado e o envelope estava ali, segurei em minhas mãos, eu não sabia decifrar todas aquelas sensações que estava sentindo, Renata pulou na cama, fazendo eu murmurar.

-Renata: Volteeeei
-Julls: Aiii, cuidado Renataaaa.
-Renata: Desculpa esqueci por um segundo do acidente. Que envelope é esse?
-Julls: É do meu chefe,
-Renata: Não vai abrir?
-Julls:: Então eu to com medo, lembra que eu falei que pedi demissão, porque não queria perder Valentina por esse emprego idiota?

Renata assentiu com a cabeça em afirmação.

-Renata: O que de tão ruim pode ter aí dentro? Talvez ele possa pedir que você fique mais um tempo, então é só você negar, simples assim.

Renata tinha a facilidade de resolver as coisas, sempre admirei essa virtude dela, ela tinha o dom de transformar momentos difíceis em coisas simples, eu amava isso nela, olhei para o lado a encarando.

Seria uma casualidade ou o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora