Eva Carvajal
Dando passos em direção ao Lucho, sinto que naquele instante toda prepotência havia esvaído, apenas vejo o medo e pavor em seu olhar, ao virar seu rosto em minha direção.
-Lucho: Eva, por favor me tira daqui, graças a Deus que é você, esse maluco me....
-Eva: Cala essa boca Lucho, talvez você não tenha percebido que eu não estou aqui pra te ajudar.Senti tanto ódio subindo pelo meu corpo, imaginar como ele atropelou friamente Juliana e nem se quer parou, caminhei atéo Alacrán encostei em um balcão e pedi que terminasse o trabalho, que fizesse bem feito, cada soco e chute que Lucho recebia ainda se ouvia os gritos de fúria:
-Lucho: SEU FILHO DE UMA ..... AIIIIII EU VOU TE MATAR SEU OTÁRIO E VOCÊ EVA EU JURO, VOCÊ VAI PAGAR.
Naquele instante a única coisa que me preocupava era o que Lucho faria depois que ele se recuperasse, no momento de raiva não pensei que seria uma péssima ideia deixar Lucho conhecer o rosto por trás de cada soco que ele recebia.
-Lucho: Eu me arrependo tanto de não ter matado aquele idiota do seu irmão.
-Alacrán: Cala a boca seu idiota.Apenas ouvia os gemidos de dor, Alacrán batia com tanta força, que de repente o silêncio se fez naquele balcão.
-Eva: Chega Alacrán, ele vai morrer desse jeito!
-Alacrán: Eva mais...
-Eva: Mais nada, chega! Vamos dar um jeito, solte ele agora. Anda Alacrán faça o que eu mando.Que droga o que vou fazer, andando de um lado para o outro meu nervosismo transpiravam pelo suor do meu rosto, ouço o barulho do corpo de Lucho tocar o chão, estava todo ensanguentado me virei de costas com as mãos na cabeça, me assustei ao senti o toque das mãos de Alacrán eu meu ombro.
-Alacrán: Eva, ele viu seu rosto!
-Eva: eu sei, mais não podemos fazer mais nada a não ser ameaça e torcer pra ele acreditar.
-Alacrán: isso não vai dar certo Eva.
-Eva: Aiiiiii...Como em um impulso levei as mãos em minha perna na altura da coxa, e ao mesmo tempo que senti aquela ardência, ouvi um barulho de um tiro, Alacrán havia acabado de atirar em Lucho, ele tinha se arrastado e ao pegar a faca que se encontrava no chão, tentou me ferir mas más pela falta de força não conseguiu me machucar, a não ser um corte superficial.
Eu não aguentei saber que havíamos tirado a vida de um rapaz, meu estômago começou a revirar, senti minha pulsação acelerar, sai às pressas para fora daquele galpão, com as mãos na altura da barriga comecei a vomitar, não consigo explicar os sentimentos que eu estava sentindo, eu era mandante e cúmplice de um crime!! Que droga Eva onde estava com a cabeça?
-Alacrán: Eva você está bem?
Limpando a boca olhei para ele, incrédula com o que acabei de escutar.
-Eva: Como assim você está bem? O que você tem na cabeça? Ficou maluco seu idiota, porque matou ele.
-Alacrán: Sinceramente Eva foi melhor assim, ele te feriu eu precisava fazer algo, e outra Eva o que você acha que ele iria fazer depois que se recuperasse dessa surra que você mandou dar nele. Hein me diz?
-Eva: Eu não sei Alacrán, eu não sei!Estávamos com os ânimos alterados, eu estava surtando, minha respiração estava descompasada, meu coração acelerado já nem sentia a dor daquele corte em minha perna, tinha preocupações maiores.
-Eva: O que vamos fazer, precisamos fazer algu...
Fui interrompida pelas mãos de Alacrán em meu rosto.
-Alacrán: Calma, calma Eva! Fica calma, vai embora eu resolvo isso, e ninguém nunca saberá do que aconteceu aqui.
-Eva: Mas...
-Alacrán: Mas nada, por favor vai embora eu resolvo isso.Senti as mãos de Alacrán em minhas costas me empurrando até o carro, vi ele abrir a porta do carro e pedir que eu entrasse, estava realmente nervosa, por fim fiz o que ele pediu e ouvi o barulho da parta se fechando.
-Eva: Alacrán você prome...te...
-Alacrán: Eva não precisa pedir, eu te amo e faço tudo por você, tudo mesmo agora vai pra casa, você precisa cuidar desse corte na perna.Assenti com a cabeça, fechando o vidro que ainda estava aberto, liguei o carro e comecei a dirigir de volta pra casa, comecei a senti o corte que já estava ardendo, não sei explicar se meu sangue estava esfriando com a adrenalina indo embora, mais estava ardendo bastante, chegando em casa estacionei o carro e fiquei ali com as mãos no volante por um uns minutos respirando e tentando me recompor, arrumei meu cabelo olhei no retrovisor e respirei fundo.
Caminhei até meu quarto e fui direto para o banheiro eu precisava tomar um banho, liguei o chuveiro tirei toda minha roupa, peguei a calça e olhei para o tamanho do rasgo que a faca fez, essa calça já era, joguei a calça do lado e entrei de baixo da água, aquela água quente me relaxava, repeti em voz alta algumas vezes:
-Acabou ninguém nunca saberá sobre o que aconteceu hoje.
Terminando meu banho deitei em minha cama e fiquei ali pensando em tudo que acabara de acontecer, fiquei tentei entender onde eu estava com a cabeça, quando deixei a raiva me cegar a ponto de mostrar meu rosto, que droga Eva ,você já foi mais inteligente, fiquei ali por horas e não sei bem a que momento peguei no sono.
Valentina Carvajal
Que semana longa meu Deus, ainda era quarta feira, realmente aquela rotina estava pesada, eu estava me acostumando com a nova vida, as novas responsabilidades, entrando na empresa caminho até o elevador, havia pedido a Eva alguns documentos espero encontrar todos em minha mesa, subindo até minha sala encontrei com a secretária de Eva.
-Secretária: Senhorita Valentina, aqui está os documentos que a senhorita pediu, a senhorita Eva pediu que eu a entregasse.
-Valentina: Obrigada, pedi a Eva pra vir até minha sala.
-Secretária: a senhorita Eva não está, disse que chegaria depois do almoço tinha algumas coisas pra resolver.
-Valentina: Ah obrigada! Deu um sorriso de canto.Eva e seus dramas, não quero saber de nada já tem muita coisa em minha cabeça, todas essas coisas da empresa, o jantar de noivado no sábado, pelo menos espero que Juliana aceite o pedido, com as férias de Renata ela estava encarregada pelo jantar, afinal tinha que ser perfeito e eu só confiaria isso a ela, pedi que Chivis a ajudasse em tudo.
Entrei na minha sala e meu pai estava em pé ao lado de minha mesa.
-Valen: Papai bom dia, chegou cedo hoje!
-Leon: Filha você precisa sentar.
-Valen: Pai que cara é essa, por favor está me assustando.
-Leon: Calma senta aqui por favor? Falou se sentando naquele sofá que tinha em minha sala.
-Valen: claro pai o que houve? Meus irmãos estão bem? E a Lúcia?
-Leon: filha calma, seus irmão e a Lúcia estão todos bem, é o Lucho.
-Valen: Ah pai o que aquele mimado fez, eu já disse que não quero mais falar com ele. (Me levantei passando as mãos no cabelo)
-Leon: filha ele está morto!
-Valen: queeee??? Ele o que pai?
-Leon: Filha eu sinto muito, os pais dele nos contaram que ele foi encontrado na rua todo machucado, foi uma briga ele estava em um bairro perigoso, estão achando que foi envolvimento com droga.Sinto meu pai me abraçar, por mais que eu nunca tivesse amado o Lucho, eu não desejaria nada de mal a ele, apenas queria ele fosse feliz, encostei minha cabeça do meu peito de meu pai e deixei as lágrimas rolar.
-Leon: Tudo bem meu amor, pode chorar estou aqui com você, se quiser te acompanho ao velório.
-Valen: claro pai eu preciso e quero que vá comigo.Sai do abraço do meu pai, e caminhei até a mesa, meu pai saiu da sala falando que se eu quisesse poderia ir pra casa, mais tudo que eu menos precisava era ficar sozinha, sentei na minha mesa e liguei pra Juliana e comecei a contar tudo que meu pai havia me contado.
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Eva tem um coração será???
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Seria uma casualidade ou o destino
Fiksi PenggemarSeria um encontro de almas que Valentina e Juliana estaria prestes a viver, ou seria mais uma peça do destino, elas são opostas porém o destinos gosta de dizer que os opostos se atraem, mais seria esse um desses casos, onde o amor vence tudo, não sa...