Sim é ela

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Lucía Carvajal

Depois daquelas tantas descobertas eu decidi me dar algumas horas, precisava pensar o que eu faria, em como contaria isso para diretoria, afinal Eva era parte da diretoria e filha, eu não tinha ideia de como contaria para o meu marido, faltavam 3 dias para o casamento, e não sabia o que fazer.

Tirei meus saltos e comecei a caminhar na areia da praia, o vento batia em meus cabelos o sol aquecia minha pele, e aqueles números não saiam da minha cabeça, 247 milhões esse era o valor do roubo de Eva, e se não bastasse isso ela lavou dinheiro também, isso era muito grave para ser guardado, pelo menos para o Leon eu precisava contar não podia esconder isso dele, nós fizemos um juramente de não esconder nada um do outro, e mesmo sendo algo tão sério era o meu dever contar para ele.

No caminho de volta para o carro, mexi no meu cabelo olhando para a esquerda e avistei uma mulher o jeito que ela andava era conhecido por mim, mais com tantas preocupações eu não dei muita atenção para o que estava bem na minha frente, entrei no carro e pedi o motorista que me levasse pra casa.

Eva Carvajal

Estava entediada naquele quarto de hotel e ainda faltavam 3 dias para o casamento daquelas duas, fiz algumas cirurgias e mudei o cabelo, não é possível que alguém me reconheceria, olhei da sacada do hotel e a praia estava linda, eu sentiria falta desse lugar, tá... mentira, não sentiria não, o Brasil era um lugar para pessoas comuns e eu não tinha nada de comum, peguei meu óculos e sai daquele quarto, comecei a andar na praia, comprei um coco e lembrei de quando conheci Juliana, não como Eva porém como Daniella, era o plano perfeito se não foi minha querida irmã.

Agradeci o coco e deixei o troco para aquele homem que com certeza não tinha onde cair morto, e eu tinha 247 milhões de reais, era muito dinheiro para gastar em apenas uma vida, e eu viveria mais de uma se preciso fosse, quando fui jogar o coco fora, avistei ela minha querida e amada madrasta, peguei meu celular e fiz uma ligação, pedi que o detetive seguisse a sonsa da esposa do meu pai, alguma coisa me dizia que ela estava preocupada, e não demorou muito para ela ligar alguns fatos, ela era chefe da contabilidade da empresa, era mais fácil o motorista descobrir do que aquela mulher, para desencargo de consciência eu apenas queria ter certeza.

Helena Valdez

Aquele apartamento onde minha filha morava era a coisa mais linda do mundo, ainda não me acostumei que aquele era meu novo lar, fui até a cozinha fazer um café, encostei no balcão e comecei a lembrar do quanto minha filha havia sofrido na vida, e eu precisava engolir o meu orgulho, por mais que aquilo fosse estranho duas mulheres se casando, eu precisava entender, não cabia a mim julgar, Deus nos ensina a amar o próximo, e jamais deixaria de amar minha filha.

Peguei o café daquela máquina que demorei um tempo pra aprender a usar, fui pra sala eu precisava me acostumar aquela era minha nova realidade, quando me sentei ouvi minha neta chorar, deixei meu café ao lado do sofá e caminhei até o quarto.

Juliana Valdez

Passei no shopping e comprei um presente, porque se eu não comprasse minha futura esposa antes mesmo de casar comigo me daria o divórcio, entrei no carro e dirigi pra casa dos meus pais, pelo horário só minha mãe estaria em casa, pois meu pai meu irmão e a Paula estariam trabalhando, estacionei e fui para o elevador eles fizeram questão de não mudar a senha de nada, e deixar minha entrada livre a qualquer momento.

Subi pelo elevador e adentrei naquela sala tão conhecida por mim, por tanto tempo foi meu lar.

-Julls: Mãe? Oieee Mãaae? (Chamei mais alto)
-Helena: Filha, entra alguém acordou acho que sabia que você viria, filha mais presente a Valentina vai gastar todo dinheiro dela desse jeito. (Falou com toda humildade que ela tinha)
-Julls: Mãe adianta falar algo pra Valentina?

Nós duas começamos a sorrir, peguei minha sobrinha, e minha mãe acariciou meu rosto me convidando pra sentar.

-Helena: Filha me perdoa? (Disse ela olhando em meus olhos)
-Julls: Perdoar pelo o que mãe? Eu não tenho que lhe perdoar de nada, a senhora foi a melhor mãe do mundo, eu não poderia ter tido uma mãe melhor. (Falei acariciando aquele rosto cansado)

As lágrimas caiam do rosto de minha mãe, sequei e pedi que não chorasse, pois de agora em diante nós seríamos muito felizes.

-Julls: Mãe você já comprou seu vestido? O casamento está chegando. (Troquei de assunto)
-Helena: Filha Valentina mandou um homem aqui tirar minhas medidas fiquei morrendo de vergonha, ela é tão carinhosa e cuidadosa com as coisas né?
-Julls: Ah ela não fez isso mãe. (Falei sorrindo)

Minha mãe tinha razão Valentina era a mulher perfeita e eu não poderia estar mais feliz, comecei a brincar com minha sobrinha, e aquele sorriso tão doce me fazia sentir vontade de criar uma família com Valentina mais será que essa seria a vontade dela? Nunca conversamos sobre isso, e eu Juliana jamais havia pensado em ser mãe, meu Deus como as coisas mudaram pra mim, em breve me tornaria médica, esposa e se fosse da vontade de Valentina mãe.

Nem em meus maiores e melhores sonhos eu seria tão feliz assim.

Lucía Carvajal

Já dentro do carro a caminho de casa, aquele andado daquela moça não me saia da cabeça, pedi que o motorista desse meia volta e voltasse para a aquela praia.

-Motorista: Tem certeza Srta Lucía? (Indagou ele)
-Lucía: Tenho sim. Obrigada! (Falei dando certeza)

Ele fez a rotatória e começou a voltar depois de alguns minutos já podia avistar a praia, pedi que ele dirigisse devagar pela orla, e não abaixasse os vidros, olhei com atenção por sorte a praia estava vazia, meu olhar procurava aquela moça que a pouco tempo havia visto, e quando já tinha desistido e pedi que o motorista me levasse novamente pra casa, ele questionou se eu estava bem e se queria que ele ligasse para o meu marido, disse que não apenas achava que havia visto uma amiga.

Dei qualquer desculpa, o semáforo fechou e quando olhei para a faixa de pedestre lá estava ela o mesmo andado, era ela não podia ser outra pessoa.

-Motorista: Jacob estaciona em qualquer lugar eu já volto.

Não dei tempo para que ele falasse nada, sai do carro e comecei a caminhar atrás daquela mulher, que com certeza era Eva, ela atravessou a rua e entrou em um dos melhores hotéis da cidade, a cara da Eva e com 247 milhões ela compraria aquele hotel, esperei uns minutos para que ela entrasse e fui até a recepção.

-Recepcionista: Oi bom dia, em que posso ajudá-la? (Ela falou atenciosa)
-Lucía: Gostaria de saber se uma amiga está hospedada aqui, queria fazer uma surpresa pra ela. (Tentei ser convincente)
-Recepcionista: Qual o nome da sua amiga, vou ver o que posso fazer. (Falou sorrindo)
-Lúcia: Eva, Eva Carvajal. (enquanto ela mexia no computador fiquei dedilhando sobre o balcão)
-Recepcionista: Eu sinto muito, não tem ninguém com esse nome.

Eu tinha certeza que era ela, eu não podia está enganada, será que ela estaria com uma nova identidade, não é possível eu precisava descobrir.

-Lúcia: Ela acabou de entrar por essa porta, não a nada que eu possa fazer por você, para você me ajudar? (Eu odiava o que eu ia acabar de fazer, mais era necessário)

Tirei várias notas de cem da minha carteira de forma escondida dei para aquela moça.

-Lúcia: Você precisa me ajudar, só me diz qual o nome da moça que acabou de entrar. (Supliquei)

O olhar daquela moça era de medo, mais depois de uns segundos relutando, ela pegou aquele dinheiro e anotou um nome em um papel, me entregando falou.

-Recepcionista: Por favor eu nunca te falei nada, eu preciso desse emprego.

Agradeci e caminhei até a porta do hotel, com aquele papel em minhas mãos, avistei o Jacob fui até ele que abriu a porta para mim e eu entrei no carro, e quando abri aquele papel, pela minha surpresa realmente não era Eva que estava escrito e sim LUCRÉCIA SOARES.

Mais algo dentro de mim tinha certeza que aquela mulher era sim Eva Carvajal.

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Lucía está mexendo em algo perigoso demais.

Seria uma casualidade ou o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora