Seria uma casualidade ou o destino

Indecisão

Leon Carvajal

Naqueles minutos que mais pareciam horas Lucía apenas permanecia ao meu lado, sem dizer uma vez palavra mais eu não tinha dúvidas que independentemente da minha decisão ela estaria ao meu lado, meu coração estava em pedaços ao saber tudo que minha filha havia feito, e o fato de Eva estar usando outro nome, ela estava pensando em fazer algo grave, eu não conseguia não pensar em Juliana o amor que Eva inventou na cabeça dela por Juliana era doentio, até que ponto Eva chegaria para evitar o casamento.

-Leon: O casamento, amor o casamento!! (repeti aquela frase me levantando e olhando pra Lucía que me olhava sem entender)
-Lucía: Amor calma o que tem haver tudo que te falei com o casamento? (Ela me questionou confusa)
-Leon: Qual outro motivo Eva usaria outra identidade a não ser evitar o casamento de Valentina e Juliana?
-Lucía: Temos que fazer alguma coisa, as meninas já sofreram demais.

Minha esposa tinha razão eu precisava fazer alguma coisa, meu coração apertava ao falar o nome de Valentina, será um aviso ou apenas sentimentos que surgiram depois que descobri a verdadeira face da minha própria filha Eva.

-Leon: Amor fique aqui ao lado de Valentina não faça nada, não diga nada a ela por favor, me manda o endereço do hotel pelo celular, confia em mim eu vou resolver. (Falei aquelas palavras dando um selinho em Lúcia e saindo pela porta, meus passos eram cada vez mais rápidos)

Desci até o estacionamento entrei em meu carro, e antes de dar partida confirmei o endereço do hotel, e por algum motivo eu não estava surpreso, ela escolheu o melhor é mais caro hotel da cidade, comecei a dirigi até aquele hotel, eu precisava pelo menos tentar salvar minha filha dela mesma, e convence-lá a se entregar.

Ao chegar naquele hotel fui até a recepção.

-Leon: Boa tarde Srta, tenho uma reunião marcada com a Srta Lucrécia Soares. (Falei o nome no qual Lúcia me disse que ela estava usando)
-Recepcionista: Boa tarde Sr, qual o seu nome?
-Leon: Carvajal, sou Leon Carvajal. (A moça se arrumou na cadeira ao ouvir meu nome)
-Recepcionista: Eh.. claro sim vou avisa-lá só um momento Sr Carvajal. (Ela gaguejava)

Fiquei ali olhando aquela moça que ligava insistentemente para o quarto da minha filha.

-Recepcionista: Sr Carvajal, ninguém está atendendo. (Falou me olhando)
-Leon: Eu preciso falar com ela, me diga qual o quarto que ela está? (Eu não podia desistir)
-Recepcionista: Sr eu não posso te dar essa informação, e contra a ética do hotel. (Ela falava desapontada)
-Leon: EU QUERO SABER QUAL O QUARTO QUE ELA ESTÁ, E QUERO AGORAAA!!! (falei socando o balcão e alterando minha voz quase em gritos)
-Recepcionista: Sr me perdoe, calma por favor. (Aquela moça que não tinha culpa de nada estava assustada)

Respirei fundo e pedi perdão para ela, afinal que culpa ela tinha, a agradeci dizendo que esperaria a Srta Soares no hall do hotel, me afastei caminhando até uns sofás que havia naquele lugar e me sentei, olhando para a tela do meu celular, mandei uma mensagem para o advogado da família.

Mensagem On

Doutor Henrique, boa noite me encontre nesse endereço abaixo agora, não demore é urgente.

Anexo localização.

Mensagem Off

Não podia negar o fato de não conseguir reconhecer  minha própria filha, a pessoa que eu mal conhecia era um pedaço de mim, ela iria precisar de um bom advogado.

Juliana Valdez

O grande dia chegou, o dia do meu casamento meu estômago está todo revirado, até parece que a alguns dias atrás eu não havia passado por essa situação, tomei um belo café da manhã, Valentina havia dormido na casa de seu pai, segundo ela daria azar ver a noiva antes do casamento.