"Uma leitura leve e marcante, com personagens queridos que vão conquistar seu coração."
Lorena Medeiros é uma jovem que carrega consigo grandes responsabilidades. Desde a dolorosa morte de sua irmã, Lorena se tornou responsável pelo pequeno Maycon...
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É difícil conseguir pregar os olhos, aquele beijo foi de longe o mais incrível que já provei na vida. Gustavo me fez perder a capacidade de pensar, aqueles olhos azuis são claramente irresistíveis e quando dei por mim, já estava me entregando, derretendo em seus braços com o calor do seu corpo.
Me afastar dele foi difícil, ainda mais ouvindo suas palavras doces que soavam tão bem aos meu ouvidos. Tenho completa certeza de que me lembrarei desse momento por uma eternidade, ele disse que pensaria em mim ao menos essa noite, e fico me perguntando se isso realmente está acontecendo.
Gustavo é um homem lindo, tem uma boa vida financeira e deixou bem claro que não pretende ter relacionamentos. Ele é o tipo de homem que pode conseguir a mulher que assim desejar, entendo perfeitamente que não somos compatíveis, e mesmo que estivesse disposta a me apaixonar por alguém, não me permitiria idealizar um futuro com ele.
Foi só um beijo, muito bom, mas só um beijo.
[...]
Maycon está eufórico, correndo de um lado para o outro dizendo que vai andar no carro grande do tal tio Gustavo. Maycon não teve muito contato com adultos do sexo masculino, e Gustavo ter surgido em sua vida parece significar muito. Tenho medo que um dia, quando não puder estar por perto do garoto, isso venha resultar em um problema, não quero que Maycon se entristeça, espero que possam ser bons amigos, e que se um dia Gustavo precisar se afastar, desejo que Maycon já saiba entender.
Fico passando suas roupas, enquanto ele dita os planos que têm para o dia, acho graça porque ele parece ter esquecido que temos só vinte e quatro horas, é pouquíssimo tempo para fazer tudo o que tem em mente.
— Parece que tem alguém que gosta mais do tio Gustavo... — Tento imitar sua voz fininha. — Do que da tia Lorena!!
— É diferente, tia! Ele é homem né?! — Replicou, como se eu fosse uma boba.
— E qual a diferença? Eu posso fazer as mesmas coisas que ele. Só não tenho o carro grande.
— E nem é tão forte. — Complementa.
— Olha só isso?! Duvido que ele aguente pegar no pesado tanto quanto eu, ok? A única diferença é que ele tem músculos mais definidos, um porte físico mais... — Franzo o cenho. — Não sei porque entramos nesse assunto, sinceramente. — Volto a passar sua camiseta.
— Ele é bem grandão, será que eu vou ser do tamanho dele, tia?
— Pode ser, é só comer mais espinafre.
— Você nunca deve ter comido isso, né tia?! — Percebo sua intenção em caçoar de mim.
— Você é tão engraçadinho né Maycon?! Vai logo se trocar, garoto. — Estendo a roupa para ele que vem pegar entre risos.
Depois de vê-lo sair, começo a rir baixinho.
Estamos prontos, falta alguns minutos para o horário que combinamos, Maycon já está sentado na escada, eu fico do lado de dentro tentando imaginar como será a reação do Gustavo, se ele vai tentar me beijar ou se está arrependido do que fizemos ontem. Novamente o beijo vem em minha mente, só os pensamentos já são o suficiente para me fazer ter as mesmas sensações ardentes que senti nos seus braços.
