C A P Í T U L O 24

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															Lorena é uma incógnita, e isso é irrevogável

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Lorena é uma incógnita, e isso é irrevogável. Às vezes conquisto seu sorriso de maneira simples, e outras, fico sem entender o que fiz de errado para que se afaste tanto.

Maycon está quase dormindo encostado em mim, Lorena parece preocupada com algo e a todo o momento fica olhando para as janelas.

A chuva lá fora está longe de passar, as estradas estão escorregadias e pelo rádio ouvi várias notificações de alagamento. Acho pouco provável de que, em apenas uma hora, o tempo mude e eu possa os levar para casa em segurança.

—  Seu avô dormiu, acho melhor acordá-lo. —  Lorena avisa antes de levantar e tocar o braço dele. —  Ei Joaquim, vamos para o seu quarto?

Vovô assusta com o chamado, abre os olhos e os esfrega para tentar acordar direito. Lorena de forma carinhosa alisa seu braço e sorri em divertimento com a situação dele.

—  Aposto que meus filmes de romance são bem mais legais, o senhor  não dorme tanto com eles. —  Meu avô sorri. Está com os olhos inchados, provavelmente o sono estava bom.

—  Acho melhor eu me deitar!

Maycon adormeceu, percebo isso pela sua respiração.

—  Quer ajuda vô? —  Ofereço ainda abraçado a Maycon.

—  Não precisa, filho! Você tem um outro dorminhoco para tomar conta.

Lorena o ajuda a se levantar, e os dois caminham com os braços enganchados. Fico os olhando até entrarem no quarto. Lorena faz questão de acender todas as luzes e me lembro de quando Mirian me contou o medo que sente da casa escura.

Os créditos do filme começam a subir, depois de uns minutinhos, Lorena volta com as mãos no bolso da jaqueta. Está linda como sempre, gosto de como seus cabelos balançam presos a um laço, Lorena está evitando me olhar, mas não consigo e nem quero agir da mesma forma.

É inevitável olhar para ela, arranjo todos os dias uma desculpa para desfrutar da sua presença, nem que seja por poucos minutos. Não gosto de desperdiçar nossos momentos juntos para observar outras coisas, quando Lorena está aqui, nada a minha volta pode ser tão perfeito quanto ela.

—  Acha que a chuva vai demorar muito pra passar? —  Pergunta enquanto afasta um lado da cortina para olhar o lado de fora.

—  Tenho a impressão que sim. Não acho seguro levar vocês nessa tempestade. —  Aviso e logo já recebo seu olhar de preocupação.  —  Talvez seja melhor que durmam aqui, amanhã eu te levo para casa.

—  Acha que vai ficar a noite toda assim? —  Sua decepção fica bem nítida.

—  Acho sim, Lorena. —  Não tenho certezas, mas a ideia de fazê-la dormir aqui me parece bem empolgante. Ao menos para mim.

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