C A P Í T U L O 25

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																			Antes de subir os degraus, encaro cada um deles, observando a escuridão que vem do segundo andar

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Antes de subir os degraus, encaro cada um deles, observando a escuridão que vem do segundo andar. Maycon puxa minha mão sem entender muito porque estou plantada no pé da escada como uma menina assustada.

Gustavo nos alcança depois de desligar a TV, seus olhos exalam uma certa diversão, não fico muito contente com isso, ele nota, mas não se importa.

—  Vou mostrar o quarto de vocês, quer ir na frente, Lorena? —  Oferece com um sorrisinho irritante.

—  Não, muito obrigada, Gustavo! —  Respondo dando alguns passos para trás após soltar as mão do Maycon.

—  Não acredito que você seja assim tão medrosa. —  Cruza os braços.

—  Ela não é medrosa, tio! —  Maycon responde. Aponto para o garoto enquanto olho para Gustavo.

—  Está vendo?!... Só não me sinto bem no escuro. —  Ergo os ombros tentando fingir que não estou a ponto de correr.

—  Fique tranquila, vou acender as luzes quando chegarmos lá em cima, tudo bem?

—  Tudo bem, vou esperar aqui em baixo, daí quando você acender eu subo.

Gustavo ri baixinho, mas sobe os degraus a minha frente para cumprir com sua palavra.

—  Tia, eu vou subir...

—  Nem pense em me deixar sozinha aqui, Maycon!! De jeito nenhum. —  Seguro sua mão outra vez quando me aproximo.

—  Vocês já podem subir!

Maycon outra vez me puxa, mas desta vez o acompanho. Quando chegamos no topo, Gustavo abre os braços demonstrando que está tudo bem, e claro, não tem nada de assombrações ou fantasmas, e confesso que o espaço é muito bonito. São várias portas, Gustavo abre uma delas, a segunda do corredor.

—  Esse é o quarto de vocês, tem duas camas.  —  Aponta para nos mostrar.

Fico meio receosa, guardo minhas mãos nos bolsos traseiros da calça, Maycon já entra se jogando na cama de casal, sinto-me tentada a fazer o mesmo, mas por alguma razão não quero parecer ainda mais maluca na frente do Gustavo, tenho a impressão que já estourei o meu limite.

—  Se precisarem de outros lençóis, vão encontrá-los no guarda-roupa, quero que fiquem à vontade! —  Avisa sem desencostar da porta. Caminho até ele outra vez. 

—  Obrigada...

—  Se precisar de qualquer coisa: sabe onde fica meu quarto. —  Gustavo solta uma piscadela se divertindo em me ver constrangida. —  Sério, pode me chamar, inclusive minha cama é bem grande, se quiser pode me fazer uma visita no meio da noite, juro que não vou me importar.  —  Seu sorriso cínico é inacreditável.

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