Matteo narrando.
Eu beijei a cabelo de fogo, por que deu vontade e eu beijei, nada sério. Até por que quando eu quero beijar alguém, eu beijo. E cá entre nós, ela tá muito gostosa com minha camisa, então eu acabei não resistindo.
_Matteo.- ela me chama.
_Hum.- respondo ainda concentrado no notebook, vendo alguns desenhos para as promoções do estúdio.
_Esses desenhos na parede, foi você que fez?- ela pergunta e eu olho pra parede.
_Sim.- olho pra ela.
_Aquela mulher ali, é sua mãe?- pergunta novamente.
_Sim.- respondo.
_Você trabalha com isso? Tipo, fazendo artes em quadros e tals.- ela senta, interessada no assunto.
_Não exatamente em quadros, mas sim em pessoas.- falo e ela me olha confusa. Lerda.
_Em pessoas? Como assim?- ela me enche de perguntas e eu reviro os olhos.
_Tu não acha que tá perguntando de mais, não?- falo seco.
_Desculpa, é que eu queria saber, sei lá.- ela abaixa a cabeça mexendo na barra da camisa.
_Esquece.- balanço a cabeça negativamente e volto a olhar para o notebook.
_Matteo...
_Que é, porra?- pergunto já estressado. O que eu mais odeio, é que fiquem toda hora querendo saber de mim ou me chamando, não gosto de longos diálogos.
_Nada...desculpa, eu...não quis...
_Mas já querendo, fala logo.- digo sério.
_Nada, eu só pensei que poderíamos nos conhecer melhor, já que nos beija...
_Ah não, sério isso?- começo a ri e ela levanta uma das sobrancelhas._Olha, cabelo de fogo, o que aconteceu aqui, foi só um beijo, nada mais. Eu beijei você, e beijo qualquer outra. Se em algum momento você pensou, que com um beijo, se ganha a confiança de alguém, você estava errada. Não é por que a gente se beijou, que vou ficar contando vida alheia pra ti, entendeu?- ela fica inquieta e seus olhos enchem de lágrimas.
_Entendi, sim.- ela enxuga algumas lágrimas que tinham rolado.
_Você achou o quê? Que agora era a hora, que eu me ajoelho no chão pra te pedir em namoro, e em seguida ligo para seu pai...- calo a boca quando toco no nome do seu pai. Sei o quanto ela tá mau por isso.
_Tá, tá. Eu já entendi, Matteo.- ela levanta a cabeça._Eu não sei, se trouxe o meu celular, posso usar o seu? Preciso ligar para alguém, pra receber notícias do meu pai.- fala e eu concordo com a cabeça.
Entrego meu celular pra ela e a mesma começa a digitar o número, coloca o celular no ouvido em seguida.
_Alô? Pai?- ela fica apreensiva e com voz de choro._Ah, oi Sr Smith...sim, como ele está?...por favor, me conte a verdade.- algumas lágrimas voltam a rolar pelo seu rosto._Claro...eu vou aí para o hospital, assim que possível...não, eu estou na casa de...- ela me olha._Uma amiga.- eu ergo uma sombrancelha. Safada._Sim...mas eu quero vê-lo. Eu sou filha, tenho esse direito.- ela se altera._Tá...me manda notícias então.- ela me estende o celular._Obrigada.
_Não tem de quê.- pego o celular de sua mão._Amiga, é?- pergunto e ela abre um sorriso.
_Não podia contar que estou com um garoto, no quarto dele, com as roupas dele.- ela diz e eu concordo com a cabeça.
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OPOSTOS
RandomÁmbar Miller tem 19 anos e é uma jovem que acaba de se formar na faculdade de administração, por meio de seu pai, dono de uma empresa com bastante rendimentos. Ámbar vive com seu pai Cristopher Miller e sua irmã Lara, de 10 anos. Até então, tudo est...