OPOSTOS

84°

Matteo narrando

Acordo sentindo meu corpo pesado e uma dor de cabeça insuportável. Vejo que estou deitado no chão da sala, assim como Emma, a cabelo de fogo e Noah, e Lara no sofá.

_Quem ligou a luz?- acorda Emma.

_Ninguém, mas fala baixo por quê mimha cabeça está prestes a explodir.- falo.

Aos poucos, todos vão acordando, menos Lara.

_Minha cabeça doí.- resmunga Noah.

_Isso se chama ressaca.- fala a cabelo de fogo._Vamos procurar um remédio.

Nos levantamos e fomos para a cozinha, a cabelo de fogo nos entrega o remédio e nós bebemos.

_Gente, não lembro de ter visto o Guilherme na festa ontem.- fala Noah.

_Ele teve que resolver umas coisas no hotel.- fala Cristopher chegando na cozinha.

Voltamos para a sala e voltamos a nos deitar no chão. Quando eu começo a espirrar.

_Acho que vou ficar gripado.- falo.

_Bem provável mesmo.- fala Cristopher E nós o olhamos confusos._A Ámbar te empurrou no mar, estavam bêbados e a água estava gelada. Só não se afogou por quê te tirei de lá.

_Ai, meu Deus, desculpa amor.- fala a cabelo de fogo.

_Sem problemas.- sorrio._Mas sinto meu corpo pesado e mole ao mesmo tempo, acho que realmente vou gripar.

_Eu ouvi que alguém vai ficar gripado?- a mãe chega na sala.

_O Matteo está ficando gripado.- fala Noah.

_Deixa eu vê.- minha mãe toca em mim._Meu Deus, Matt, você está pelando em febre.

_Isso é culpa minha.- a cabelo de fogo me abraça.

_Você estava bêbada, Ámb.- fala Emma.

_Vamos subir lá pra cima? Acho melhor você deitar.- fala a cabelo de fogo e eu me levanto.

Entro no quarto e a cabelo de fogo senta na cama, me aproximo e deito em seu colo.

_Vou fazer uma sopinha e trazer pra você.- a mãe aparece no quarto e depois saí.

_Cabelo de fogo.- Noah entra no quarto e eu o fuzilo com o olhar._Quis dizer...Ámb.

_O quê Noah?- a cabelo de fogo rir.

_Tem um remédio pra vômito? A Em tá mau da ressaca.- ele fala.

_Tá grávida.- falo e ele e a cabelo de fogo me olham sérios._Tô brincando, eu hein.

_Tem sim, Noah, pede pra ela pegar na minha bolsa, lá no meu quarto.- a cabelo de fogo fala e Noah saí._Que brincadeira é essa, Matt?

_Calma.- rio.

_Tô calma mas, você deixou o Noah pálido.- ela rir.

_Tô nem aí para o Noah, só quero seu cafuné e ficar agarradinho com você o dia todo.- falo.

_Matteo? É você? A febre já tá te fazendo delirar.- ela brinca.

_Besta.- gargalho.

_Desculpa ter te empurrado na água, juro que se eu estivesse sóbria, não teria feito isso.- ela fala.

_Não se preocupa com isso, tá? Só é uma gripe, vai passar. E também nem sabemos se a causa foi isso, relaxa aí.- falo e ela volta a alisar meu cabelo.

_Ai, Matteo...- ela fala depois de alguns minutos.

_O que foi?- pergunto curioso.

_A última coisa que me lembro, foi do natal do ano retrasado, já que o do ano passado foi alguns dias atrás. Mas então, eu me lembro de ter virado a noite assistindo séries e comendo com a Emma e poxa, a única coisa que passava na minha mente era ser independente. Tipo, eu só queria sair de baixo das asas do meu pai. O mesmo me arranjava milhões de namorados arranjados e todos, eu negava, fugia, dava um jeito. Sei lá, eu já tinha todo o meu futuro planejado, escrito até em um diário mas, eu te juro, que eu nunca me imaginei, namorar com um menino todo tatuado, de piercing, enfim...mas aí você chegou e revolucionou tudo, mexeu com tudo. No momento em que acordei naquele hospital e vi você me chamando de amor, eu fui a loucura, aliás não te conhecia. Mas aí, tinha uma coisa, um imã, que fazia com que eu não quisesse me afastar de você.

_Nossa, eu não estava preparado.- admito e ela rir.

_Você dá cor a minha vida, Matteo, eu te amo tanto que palavras não podem descrever o que eu sinto por você, entende?- ela fala e eu beijo a sua mão.

_Sim, entendo, por quê eu sinto o mesmo.- falo e lhe dou um selinho.

_Opa, estou atrapalhando?- a mãe abre a porta.

_Não, jamais.- a cabelo de fogo levanta e eu coloco minha cabeça no travesseiro.

_Aqui está a sopa, Matt.- a mãe coloca no criado mudo.

_Valeu, mãe.- agradeço.

_Precisam de mais alguma coisa? Olha, daqui a um tempinho, venho medir sua temperatura e lhe dá um remédio, caso a febre não baixe.- fala a mãe.

_Pode deixar, vou cuidar direitinho dele.- a cabelo de fogo fala.

_Vocês acham que eu sou o quê? Sei me virar sozinho, tá?- falo.

_Oh coitado.- a mãe brinca.

_Mãe.- a repreendo.

_Tchau, tchau. - fala e sai do quarto.

_Ai, eu amo a Aurora.- a cabelo de fogo fala.

_Sabe quando a gente volta pra Londres?- pergunto.

_Provavelmente, amanhã. Meu pai sempre volta a trabalhar um dia depois do ano novo.- ela explica.

_Gostei daqui.- admito.

_Também, espero voltar em breve.- ela fala._Mas mudando de assunto, toma a sua sopa.

_Eu já falei que odeio verduras?- pergunto.

_Não mas, você vai comer tudinho, pra ficar bem.- ela me entrega o prato.

_Para de me tratar assim.- falo.

_Assim como?- ela pergunta.

_Como um bebê.- reviro os olhos.

_Quê? Jamais.- ela fala._Quer que eu te dê na boca?- ela pergunta sarcástica e eu a olho.

_Amor.- a repreendo.

_Tá, parei.- ela rir.

_Fecha a janela, por favor? Tô com muito frio.- falo.

_Frio? Mas está calor.- ela fala.

_Estou com febre, é normal.- falo.

_Tá, tá bom.- ela levanta e fecha a janela.

_Você nunca me falou.- solto.

_O quê?- ela pergunta curiosa.

_O nome da sua mãe.- falo sendo aleatório.

_Pra quê tocar nesse assunto, hein?- ela força um sorriso.

_Só quero saber, por curiosidade.- digo sincero.

_Catherine.- ela fala e sorri sem mostrar os dentes, como se estivesse se lembrando de algo._Lembro que ela me dizia que...o meu nome, foi escolhido por um vendedor de joias.

_Como assim?- pergunto dando uma colherada na sopa.

_Ela foi com meu pai, comprar joias, então o vendedor olhou para a barriga dela e perguntou se eu já tinha nome, ela respondeu que não. Então ele pegou uma joia bem bonita e disse, "Sabe, eu tenho essa joia guardada a muitos anos, coloquei o nome dela de Ámbar, e quero lhe dá ela." mamãe aceitou a joia e pôs o meu nome de Ámbar. - ela conta.

_E você já teve contato com esse joalhereiro?- pergunto.

_Não, nunca vi ele e nem a joia que ele deu a mamãe.- ela fala.

_Ué, então o que ela fez com a joia?- pergunto.

_Não sei, nunca vi ela usando e meu pai nunca tocou no assunto.- ela explica.

_Ah.- falo terminando a minha sopa.

C O N T I N U A . . .

"RETA FINAL"

ESTAMOS CHEGANDO AO FIM.