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Matteo narrando.

Sim, eu provoquei ela, mas ela deveria ter ficado quieta. Não deveria ter levantado o dedo na minha cara, e muito menos, ter me dado um tapa.

Eu tava suportando, tava aguentando a chatice dela pra caralho, mas agora ela passou dos limites.

_Fique sabendo, que eu vou denunciar você, isso é sequestro, ok?- ela chorava e tentava abrir a porta do carro, enquanto eu a ignoro._TÁ ME OUVINDO, IDIOTA?- ela grita e eu a ignoro novamente.

Parei em frente ao estúdio e vou até a porta dela, abrindo pra ela poder descer.

_Desce.- mando e ela cruza os braços.

_O que a gente tá fazendo aqui? Eu vou gritar.- ela ameaça e eu rio.

_Vamos logo.- puxo ela de dentro do carro.

_Você tá me machucando, imbecil.- ela fica emburrada.

Pego no seu braço novamente e entro dentro do estúdio. Não tinha ninguém, já que dia de sábado não trabalhamos.

_O quê? Vai me matar agora?- ela provoca e eu ponho as mãos na cabeça.

_Ai, você me irrita.- puxo meu cabelo de leve, pelo nervosismo.

_Se você é um babaca, idiota, imbecil, otário e etc.- ela se senta no banco._Me leva pra casa, agora.

_CALA A BOCA, PORRA.- grito.

Não sei de fato o que estávamos fazendo alí, só sei que eu quis tirar ela de lá e trouxe a mesma pra cá.

_Por quê me trouxe pra cá?- ela pergunta._Você tem permissão pra estar aqui?- ela fala e eu rio.

_Isso aqui, é meu.- falo.

_Ah, agora entendi, por isso você disse que trabalha fazendo arte nas pessoas. Ou seja, você tatua elas.- ela diz.

_Não me diga.- debocho.

_Matteo, vamos parar com isso, me leva de volta pra casa.- ela insiste.

_Não quero.- digo sincero.

_Acontece, que você não manda em mim. E muito menos, tem poder sobre mim, então eu exijo, que você me leve pra casa.- ela se levanta e cruza os braços.

_Não e acabou.- falo ríspido.

_Por favor, Matteo. Eu te imploro, me leva pra casa, e nunca mais, a gente se vê.- ela junta as mãos suplicando.

_Eu já falei que não, porra.- falo estressado.

_Você é muito babaca, um idiota. Que acha que tem poder sobre as pessoas.- ela fala com a voz de choro.

_Não começa a chorar não, na boa.- eu peço._Já tá chato isso de ficar chorando, toda hora.

_Eu sou muito emotiva, e você ainda me pirraça.- ela concerta a voz.

_Me poupe, você que me irrita com suas frescuras.- me sento em um banco.

_Você me chama de fresca, mas você é um brutamonte, babaca.- fala se aproximando.

_E por quê você me beijou?- pergunto sarcástico.

_N-não s-sei.- ela gagueja.

_Eu sei, sou irresistível.- falo e ela estreita os olhos. Mania.

_Convencido.- ela me dá língua.

_Já ouviu falar, que quem dá língua, pede beijo?- me levanto e dou um passo na sua direção.

OPOSTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora